quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Política externa de Milei é contrária ao Brasil

Charge: Miguel Paiva/247
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:

Durante a campanha eleitoral, Javier Milei prometeu uma política externa profundamente ideologizada, tal qual a política externa de Bolsonaro na gestão de Ernesto Araújo.

Milei, que segue confessadamente os ensinamentos de Conan, o mastim inglês, afirmou, entre outras coisas, que não manteria relações com países “comunistas”, como China, e que se afastaria do Brasil de Lula.

Também deixou claro que suas absolutas prioridades em política externa seriam os EUA e Israel.

Em nenhum momento, mencionou, como relevante, a integração regional, bem como o Mercosul, a Celac e a Unasul, principais instrumentos de cooperação e de articulação de interesses da América Latina.

2024 será um ano de extremos do mundo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Flávio Aguiar, no site da RFI:

Todos os meteorologistas concordam quanto à previsão de que 2024 será um ano mais quente do que 2023, que já foi o ano mais quente da história pelo menos desde que os registros regulares de temperatura começaram a ser feitos no século 19.

Há divergências quanto ao nível de aumento da temperatura. Os mais extremados afirmam que 2024 pode ser o ano em que a média dos 12 meses ultrapasse 1,5°C acima da chamada média pré-industrial. O limite de 1,5°C foi o acordado em Paris, no ano de 2015, para impedir uma catástrofe climática maior, que aumente o risco de vida do nosso já combalido planeta.

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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Tentativa de golpe no 8/1: Jamais esquecer

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O mito da democracia inabalada

Foto: Rubens Gallerani Filho/Audiovisual/PR
Por Igor Felippe Santos

O novo mito que ganha impulso com a efeméride de um ano do ataque às instituições republicanas de 8 de janeiro de 2023 é que a democracia brasileira venceu e está “inabalada”.

Não há dúvidas de que a tentativa de golpe com a ação de destruição das hordas fascistas não conseguiu impor uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que entregasse o poder às Forças Armadas e afastasse o então empossado presidente Lula.

No entanto, a democracia brasileira enfrenta uma profunda crise e continua agonizando. A derrota dos golpistas não representou, definitivamente, a redenção do nosso sistema político.

Essa normalização da crise política nacional serve somente a quem quer manter o atual estado das coisas. Talvez por se beneficiar do crescente conflito entre poderes. Talvez por temer que as suas raízes venham à tona e ensejem mudanças.

Lula conseguirá tourear o Congresso em 2024?

Foto: Ricardo Stuckert
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Para um presidente de esquerda, eleito por escassa margem de votos e minoritário num Congresso amplamente conservador, Lula foi inegavelmente vitorioso em seu primeiro ano de mandato.

Mesmo negociando pauta a pauta, cedendo espaços no governo, pagando pedágio com a liberação de emendas e engolindo algumas derrotas, ele conseguiu aprovar o essencial de sua agenda política. Os bons resultados econômicos coroam uma travessia que parecia mais difícil. Mas, em 2024, a relação com o Congresso promete ser mais desafiante.

Um sinal disso está sendo dado nestas últimas horas do ano, com as primeiras reações políticas (e empresariais) às medidas fiscais compensatórias anunciadas nesta quinta-feira, 28, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A cara do Brasil e a “reforma perfeita”

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Em pronunciamento ao Congresso Nacional, quando festejava com Artur Lira e Rodrigo Pacheco a promulgação da Reforma Tributária, que seu ministro da Fazenda qualificou de “perfeita”, o presidente Lula sentiu-se no dever, que as circunstâncias talvez expliquem, de saudar os parlamentares, esses que vêm coartando o governo em sua inclinação progressista. Com as vistas voltadas para o Plenário, afirmou: “O Congresso é a cara do Brasil”. O presidente não se referia a um Congresso in abstrato saltado das páginas dos manuais de ciência política, mas a um colegiado específico, precisamente a este que aí está, ao fim de seu primeiro e deletério ano de legislatura. Lula referia-se claramente ao caráter sociológico da composição parlamentar. Errou. Como ter a cara do Brasil um Congresso de homens brancos e majoritariamente ricos, quando 55% de nossa gente se declara de cor parda ou preta, quando 51% da população é constituída de mulheres que ocupam apenas 8% das cadeiras na Câmara dos Deputados?

Breno Altman e sua luta contra o sionismo

Ilustração: Omar Bdoor
Por Jair de Souza

Ao constatar a implacável perseguição que o jornalista Breno Altman vem sofrendo por iniciativa das principais organizações sionistas em nosso país, uma coisa fica evidente: os sionistas estão dispostos a não abrirem mão de seus interesses de classe e a usarem de todos e quaisquer recursos para preservá-los.

A ferocidade com a qual se lançaram contra esse conhecido e respeitado jornalista com o objetivo de enquadrá-lo como antissemita está embasada numa lógica fria e cruel. É que o fato de o próprio Breno Altman ser de origem judaica e não renegar isto põe em cheque toda a estratégia que o sionismo desenvolveu para fazer prevalecer os interesses de classe da grande burguesia judaica e seus associados.

Os figurantes abandonados do 8 de janeiro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Moisés Mendes, em seu blog:

O 8 de janeiro de 2023 ainda é um desatino a ser melhor compreendido a partir do conjunto de protagonistas, coadjuvantes e figurantes, considerando-se os falsamente ocultos, os visíveis e os que se consideram disfarçados ou dissimulados.

O governo faz bem em se precaver, diante da proximidade da data, mas é improvável que grupos se organizem para comemorar a invasão e fazer provocações, mesmo em aglomerações do zap.

Não há como se repetir um 8 de janeiro, porque não há como juntar tantas coisas improváveis. Começando pelo número, e não só pelo perfil dos participantes.

A massa golpista que circulou por Brasília naquele dia foi calculada, na maioria das estimativas, em algo ao redor de 4 mil pessoas.

Os acampamentos pós-eleição, no entorno da delegacia da Capitania dos Portos, na catarinense Itajaí, chegaram a reunir 5 mil golpistas, pelo menos mil a mais do que o número de invasores de Brasília.