sábado, 23 de abril de 2011

O PPS e o exercício da hipocrisia

Reproduzo artigo de Luis Nassif, publicado em seu blog:

Da parte do Estadão e da Folha, a escandalização do meu contrato com a EBC teve causas, ainda que mesquinhas: retaliação pelas críticas que faço às matérias mais exageradas dos dois veículos.

Da parte do PPS de Roberto Freire – ameaçando convocar Helena Chagas para “dar explicações” – deve-se unicamente à posição servil em relação a José Serra.



Aqui no blog jamais publiquei comentários sobre as indicações de Freire e Roberto Jungmann para conselhos de estatais paulistas. Mesmo porque, entre os inúmeros vícios deles, não consta o da desonestidade financeira, apenas a intelectual.

Os ataques da bancada ao meu contrato apenas confirmam minha percepção, que se reforçou após o email que recebi de um leitor.

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Olá, Nassif

Tenho acompanhado a reação histérica do PPS em relação à contratação da sua empresa pelo governo. A hipocrisia é tão grande, que resolvi te escrever e te passar umas informações importantes sobre a conduta daquele partido por baixo dos panos da pretensa retidão ética.

O deputado Roberto Freire, aquele que volta e meia acusa o governo de aparelhar o Estado, não é a Maria Bethânia, mas produz o site do seu partido com recursos públicos. Mais de meio milhão de reais anualmente, pra ser mais preciso. É que Freire decidiu estatizar a comunicação do PPS.

Pois é, pra manter seu "Portal Nacional", cujas postagens tem em média 20 acessos diários, o PPS utiliza 10 servidores lotados em cargos comissionados na liderança do partido na Câmara dos Deputados.

E é da conta da viúva que sai o dinheiro pra pagar a "equipe" do Portal, cujos salários variam de mais de R$ 9.000 a R$ 4.000 reais. Salários bem superiores aos pagos por agências de notícias de verdade, é bom frisar.

Estou mandando, em anexo, uma lista com todos os cargos em comissão da liderança do PPS na Câmara, com nome do cargo, número de ponto e data de nomeação. Os nomes grifados em verde são daqueles que aparecem apenas para assinar ponto mas trabalham na sede do PPS em Brasília e nem na Câmara ficam. Incluindo aí, o Adão Cândido, secretário de comunicação do partido.

Já os grifados em vermelho são daqueles que, apesar de cumprirem expediente na Câmara, trabalham exclusivamente para a máquina partidária, produzindo o site do PPS. Como técnicos de suporte e de áudio (Lairsson e Saulo) e como "repórteres" do Portal (Diógenes Botelho, Luis Zanini, Nadja Rocha e William Passos, esse último é marido da repórter Roseann Kennedy, da CBN. Aí vc pode conferir com os nomes que assinam as matérias no site.

Detalhe: Eles costumam assinar como "da redação" quando não se trata de notícias sobre os deputados da bancada, mas o site é 100% produzido por gente paga pela Câmara dos Deputados.

Em anexo, também vai a lista com os valores dos salários dos cargos em comissão, que com as gratificações e horas extras (É, nós contribuintes também pagamos as horas extras de quem escreve no site do PPS) são cifras que às vezes até dobram.

1 comentários:

Ari Miguel disse...

O Roberto Freire, se dizia comunista, esquerdista, não passa de um oportunista. Juntou-se ao PSDB e ao DEM, (Quem diria) mudando totalmente suas convições. Tentou quando da eleição do presidente LULA, uma boquinha para ele e para a sua turma, como não conseguiu, migrou para a direita com o objetivo de arranjar um lugar no governo paulista. Ficou o tempo todo babando ovo do Serra e companhia sem contudo conseguir qualquer colocação. Vendo que não seria eleito em Pernambuco (não seria eleito nem para vereador), onde reside e possui seus apartamentos, mudou o domicílio eleitoral (parece inexplicável) para São Paulo, por que? lá em São Paulo, aproveitaria a coligação para através dos votos dos outros (não teria votos suficientes para ser eleito) se colocar no meio da coligação, e como é presidente do PPS, lhe daria os votos que sobraria daqueles que alcançasse o coeficiente eleitoral. Uma jogada para ser eleito. o Roberto Freire não teve votos suficientes para ser eleito. Diferentemente do seu irmão o Marcos Freire, (falecido em acidente aéreo) homem competente, honrado, digno, de caráter inabalável, tinha a confiança de todo o povo pernambucano, era um exemplo de político sério, já este crápula, o Roberto Freire, desocupado (nunca trabalhou na vida), fica pousando de honesto, do partido sério, que não participa de corrupção e o que vemos é a prática de todo o tipo de fraude, de corrupção, de roubalheira, de desvios e outros delitos como este relatado abaixo.

Roberto Freire - Político sem vergonha