Por Daniel Dantas Lemos, no blog De olho no discurso:
Nos últimos anos, dois crimes contra jornalistas foram destaques no Rio Grande do Norte. Em 2010, foi assassinado o jornalista F. Gomes. Em junho passado, Ednaldo Filgueira foi morto no município de Serra do Mel - as investigações mostraram o viés político do crime. O prefeito Josivan Bibiano (PSDB) foi indiciado e chegou a ser preso como mandante.
Os dois crimes mostram como o conceito de liberdade de expressão é relativo no nosso estado. Nossa liberdade de nos expressarmos - mesmo a noção de liberdade de imprensa - é relativa.
Como jornalista, já senti na pele a pressão pelo meu silêncio. No meu caso, ela partiu da Assembléia Legislativa - ou de alguém de lá - que pressionou a empresa em que trabalho. O processo terminou por me levar a uma punição disciplinar no trabalho - uma suspensão, que foi finalmente modificada para uma advertência escrita.
Semanas atrás o cartunista Amâncio foi demitido do jornal Tribuna do Norte, do deputado federal Henrique Alves (PMDB), por ter publicado uma charge denunciando a ingerência do primeiro-cavalheiro Carlos Augusto Rosado no governo do Estado: "Aqui quem manda sou ele", diz a governadora Rosalba Ciarlini no desenho. Segundo consta, Carlos Augusto pediu a cabeça de Amâncio.
Na noite de obtém, um jornalista e blogueiro - Décio Sá - foi executado com três tiros em São Luís. Decio fazia cobertura de política e investigou vários casos de corrupção.
A morte de Décio alerta para esse cenário de violência, seja ela simbólica ou não. Atualmente, um jornalista - de quem ainda não tenho autorização de citar o nome - tem sido pressionado e ameaçado devido a qualidade de suas denúncias nos últimos casos de corrupção. Uma das ameaças foi o envio de um email descrevendo todas as suas atividades no dia a dia - e só.
Como nos preservar diante disso? Pergunta que deve interessar a toda sociedade - que precisa e merece ser bem informada. Com liberdade.
Nos últimos anos, dois crimes contra jornalistas foram destaques no Rio Grande do Norte. Em 2010, foi assassinado o jornalista F. Gomes. Em junho passado, Ednaldo Filgueira foi morto no município de Serra do Mel - as investigações mostraram o viés político do crime. O prefeito Josivan Bibiano (PSDB) foi indiciado e chegou a ser preso como mandante.
Os dois crimes mostram como o conceito de liberdade de expressão é relativo no nosso estado. Nossa liberdade de nos expressarmos - mesmo a noção de liberdade de imprensa - é relativa.
Como jornalista, já senti na pele a pressão pelo meu silêncio. No meu caso, ela partiu da Assembléia Legislativa - ou de alguém de lá - que pressionou a empresa em que trabalho. O processo terminou por me levar a uma punição disciplinar no trabalho - uma suspensão, que foi finalmente modificada para uma advertência escrita.
Semanas atrás o cartunista Amâncio foi demitido do jornal Tribuna do Norte, do deputado federal Henrique Alves (PMDB), por ter publicado uma charge denunciando a ingerência do primeiro-cavalheiro Carlos Augusto Rosado no governo do Estado: "Aqui quem manda sou ele", diz a governadora Rosalba Ciarlini no desenho. Segundo consta, Carlos Augusto pediu a cabeça de Amâncio.
Na noite de obtém, um jornalista e blogueiro - Décio Sá - foi executado com três tiros em São Luís. Decio fazia cobertura de política e investigou vários casos de corrupção.
A morte de Décio alerta para esse cenário de violência, seja ela simbólica ou não. Atualmente, um jornalista - de quem ainda não tenho autorização de citar o nome - tem sido pressionado e ameaçado devido a qualidade de suas denúncias nos últimos casos de corrupção. Uma das ameaças foi o envio de um email descrevendo todas as suas atividades no dia a dia - e só.
Como nos preservar diante disso? Pergunta que deve interessar a toda sociedade - que precisa e merece ser bem informada. Com liberdade.
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