Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Publico aqui, com autorização do autor, email que recebi do meu xará, Miguel Freitas, comentando as últimas peripécias da Veja.
Fala xará!
Uma pequena contribuição para você, uma rápida reflexão sobre essa última barriga da Veja…
Eu estava respondendo a uma amiga que comentou como o caso “Control C + Control Veja” era péssimo para a credibilidade da revista. E é mesmo! Só que o episódio é bem pior que apenas um “copy-paste”, é um escárnio completo que revela muito sobre como é praticado o jornalismo na Veja:
1) INCOMPETÊNCIA: Ainda que se dê o benefício da dúvida (apesar do histórico nada favorável da revista) de que o jornalista não sabia que o documento obtido furtivamente era, na realidade, um “clipping” de notícias publicadas em vários jornais, isso revela a incompetência do jornalista: ele não fez nem mesmo uma checagem básica sobre o conteúdo do documento. Nem mesmo o estilo jornalistico do texto teria levantado a mínima suspeita?
2) A ESCANDALIZAÇÃO DO NADA: Obviamente se os textos já eram públicos, jornalísticos e não haviam causado nenhum furor na época de sua publicação, por que a mera mudança de autoria os transformaria agora em bombásticos? Escandalosos? Conspiratórios? Capa da Veja? É claro que o texto não tinha nada de mais e Veja está mais uma vez colocando chifre na cabeça de cavalo, tentando criar uma notícia que não existe.
3) MANIPULAÇÃO: Você já percebeu que um trailer de filme sempre mostra as melhores partes de ação? E o de um filme de comédia mostra as partes mais engraçadas? Pois é, a matéria da Veja mostra apenas uns 3 ou 4 trechos de um documento que deve ser muito maior. A Veja escolheria justamente os trechos menos comprometedores pra mostrar? É claro que não. É uma mera conclusão lógica que se realmente houvesse algo comprometedor eles mostrariam na matéria, mas não: mostram apenas aqueles pequenos fragmentos de matérias e a partir daí induzem o leitor a pensar que ele estaria diante de “um plano de ataque” e um “manual para instrumentalizar a CPI”. É claro que as partes mais picantes devem estar em algum outro lugar…
É tudo muito ridículo? É sim.
Se você retirar os anúncios (maior parte da revista), as matérias plantadas pelo Cachoeira para derrubar os bandidos concorrentes (denúncia dos correios) ou favorecer a própria quadrilha (derrubar a diretoria do DNIT que estaria multando a Delta), as matérias inventadas (dólares de Cuba, dossiê de contas de autoridades no exterior…), as matérias estranhas de beleza (como a capa que dizia que um remédio de diabetes fazia as pessoas emagrecer – motivo de nota de repúdio da Anvisa) e as futilidades… O que sobra?
abraços,
Miguel Freitas
* PS: Ok, ok… Já sei o que sobra: o guia de restaurantes que eles publicam uma vez por ano!
Fala xará!
Uma pequena contribuição para você, uma rápida reflexão sobre essa última barriga da Veja…
Eu estava respondendo a uma amiga que comentou como o caso “Control C + Control Veja” era péssimo para a credibilidade da revista. E é mesmo! Só que o episódio é bem pior que apenas um “copy-paste”, é um escárnio completo que revela muito sobre como é praticado o jornalismo na Veja:
1) INCOMPETÊNCIA: Ainda que se dê o benefício da dúvida (apesar do histórico nada favorável da revista) de que o jornalista não sabia que o documento obtido furtivamente era, na realidade, um “clipping” de notícias publicadas em vários jornais, isso revela a incompetência do jornalista: ele não fez nem mesmo uma checagem básica sobre o conteúdo do documento. Nem mesmo o estilo jornalistico do texto teria levantado a mínima suspeita?
2) A ESCANDALIZAÇÃO DO NADA: Obviamente se os textos já eram públicos, jornalísticos e não haviam causado nenhum furor na época de sua publicação, por que a mera mudança de autoria os transformaria agora em bombásticos? Escandalosos? Conspiratórios? Capa da Veja? É claro que o texto não tinha nada de mais e Veja está mais uma vez colocando chifre na cabeça de cavalo, tentando criar uma notícia que não existe.
3) MANIPULAÇÃO: Você já percebeu que um trailer de filme sempre mostra as melhores partes de ação? E o de um filme de comédia mostra as partes mais engraçadas? Pois é, a matéria da Veja mostra apenas uns 3 ou 4 trechos de um documento que deve ser muito maior. A Veja escolheria justamente os trechos menos comprometedores pra mostrar? É claro que não. É uma mera conclusão lógica que se realmente houvesse algo comprometedor eles mostrariam na matéria, mas não: mostram apenas aqueles pequenos fragmentos de matérias e a partir daí induzem o leitor a pensar que ele estaria diante de “um plano de ataque” e um “manual para instrumentalizar a CPI”. É claro que as partes mais picantes devem estar em algum outro lugar…
É tudo muito ridículo? É sim.
Se você retirar os anúncios (maior parte da revista), as matérias plantadas pelo Cachoeira para derrubar os bandidos concorrentes (denúncia dos correios) ou favorecer a própria quadrilha (derrubar a diretoria do DNIT que estaria multando a Delta), as matérias inventadas (dólares de Cuba, dossiê de contas de autoridades no exterior…), as matérias estranhas de beleza (como a capa que dizia que um remédio de diabetes fazia as pessoas emagrecer – motivo de nota de repúdio da Anvisa) e as futilidades… O que sobra?
abraços,
Miguel Freitas
* PS: Ok, ok… Já sei o que sobra: o guia de restaurantes que eles publicam uma vez por ano!
1 comentários:
O Guia de Restaurantes traz a listagem dos restaurantes chiques que sofrem arrastão em SP?
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