Por Renato Rovai, na revista Fórum:
A jornalista Cynara Marques, da CartaCapital, publicou ontem um artigo no site da revista denunciando como farsa a matéria que ilustra a capa da última edição da revista Veja.
No artigo, Cynara aponta que o documento apresentado pela Veja, com exclusividade, como uma produção do PT para orientar a atuação de seus parlamentares na CPI do Cachoeira, na verdade não passa de um conjunto de recortes de reportagens de jornais, revistas e sites.
A inspiração para o artigo de Cynara partiu de um e-mail enviado por um leitor que colocava a seguinte questão: “manual do PT ou matéria do 247?”. Apurando a informação, a jornalista percebeu que o leitor tinha razão e que a reportagem de capa da Veja era uma fraude.
Segundo Cynara, a revista copiou e colou trechos de reportagens de terceiros, sem mudar uma virgula, e afirmou, no estilo Veja de tentar enganar trouxas, que eles fariam parte de um “documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira”.
No artigo, Cynara apresenta os trechos publicados pela revista e os trechos originalmente publicados pelo site Brasil 247 e pelos jornais Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo.
A repercussão da denúncia levou o artigo ao Trending Topics do Twitter. Durante todo o dia de ontem, a hashtag #CtrlCCtrlVeja figurou entre os assuntos mais comentados do serviço de microblogs no Brasil.
Veja a íntegra do artigo:
Control C + Control Veja
No centro do furacão desde que vieram à tona suas relações no mínimo pouco éticas com os bandidos da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, a revista Veja parece ter perdido toda a noção de ridículo. Sua capa desta semana é uma farsa: o “documento” que a semanal da Abril alardeia ter sido produzido pelo PT como estratégia para a CPI de Cachoeira é, na verdade, um amontoado de recortes de reportagens de jornais, revistas e sites brasileiros.
Confira neste link (clique AQUI) os fac-símiles do suposto “documento” que a revista apresenta com “exclusividade” e compare com os outros links no decorrer deste texto.
Segundo a revista, os trechos que exibe fariam parte de um “documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira”. Mas são na realidade pedaços copiados e colados diretamente (o manjado recurso Ctrl C+ Ctrl V dos computadores) de reportagens de terceiros, sem mudar nem uma vírgula. O primeiro deles: “Uma ala poderosa da Polícia Federal, com diversos simpatizantes nos meios de comunicação, não engole há muito tempo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal” saiu de uma reportagem de 6 de abril do site Brasil 247, um dos portais de notícia, aliás, que os colunistas online de Veja vivem atacando com o apelido de “171″ (número do estelionato no código penal). Mas quem é que está praticando estelionato com os leitores, no caso? (confira clicando AQUI).
Outro trecho do “documento exclusivo” de Veja é um “copiar e colar” da coluna painel da Folha de S.Paulo do dia 14 de abril: “Gurgel optou por engavetar temporariamente o caso. Membros do próprio Ministério Público contestam essa decisão em privado. Acham que, com as informações em mãos, o procurador-geral tinha de arquivar, denunciar citados sem foro privilegiado ou pedir abertura de inquérito no STF”. (Confira AQUI)
Mais um trecho do trabalho de jornalismo “investigativo” com que a Veja brinda seus leitores esta semana: “Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal (…)”, é o lead de uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo do dia 28 de abril (leia AQUI).
Pelo visto, os espiões da central Cachoeira de arapongagem, que grampeavam pessoas clandestinamente para fornecer “furos” à Veja, estão fazendo falta à semanal da editora Abril…
No artigo, Cynara aponta que o documento apresentado pela Veja, com exclusividade, como uma produção do PT para orientar a atuação de seus parlamentares na CPI do Cachoeira, na verdade não passa de um conjunto de recortes de reportagens de jornais, revistas e sites.
A inspiração para o artigo de Cynara partiu de um e-mail enviado por um leitor que colocava a seguinte questão: “manual do PT ou matéria do 247?”. Apurando a informação, a jornalista percebeu que o leitor tinha razão e que a reportagem de capa da Veja era uma fraude.
Segundo Cynara, a revista copiou e colou trechos de reportagens de terceiros, sem mudar uma virgula, e afirmou, no estilo Veja de tentar enganar trouxas, que eles fariam parte de um “documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira”.
No artigo, Cynara apresenta os trechos publicados pela revista e os trechos originalmente publicados pelo site Brasil 247 e pelos jornais Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo.
A repercussão da denúncia levou o artigo ao Trending Topics do Twitter. Durante todo o dia de ontem, a hashtag #CtrlCCtrlVeja figurou entre os assuntos mais comentados do serviço de microblogs no Brasil.
Veja a íntegra do artigo:
Control C + Control Veja
No centro do furacão desde que vieram à tona suas relações no mínimo pouco éticas com os bandidos da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, a revista Veja parece ter perdido toda a noção de ridículo. Sua capa desta semana é uma farsa: o “documento” que a semanal da Abril alardeia ter sido produzido pelo PT como estratégia para a CPI de Cachoeira é, na verdade, um amontoado de recortes de reportagens de jornais, revistas e sites brasileiros.
Confira neste link (clique AQUI) os fac-símiles do suposto “documento” que a revista apresenta com “exclusividade” e compare com os outros links no decorrer deste texto.
Segundo a revista, os trechos que exibe fariam parte de um “documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira”. Mas são na realidade pedaços copiados e colados diretamente (o manjado recurso Ctrl C+ Ctrl V dos computadores) de reportagens de terceiros, sem mudar nem uma vírgula. O primeiro deles: “Uma ala poderosa da Polícia Federal, com diversos simpatizantes nos meios de comunicação, não engole há muito tempo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal” saiu de uma reportagem de 6 de abril do site Brasil 247, um dos portais de notícia, aliás, que os colunistas online de Veja vivem atacando com o apelido de “171″ (número do estelionato no código penal). Mas quem é que está praticando estelionato com os leitores, no caso? (confira clicando AQUI).
Outro trecho do “documento exclusivo” de Veja é um “copiar e colar” da coluna painel da Folha de S.Paulo do dia 14 de abril: “Gurgel optou por engavetar temporariamente o caso. Membros do próprio Ministério Público contestam essa decisão em privado. Acham que, com as informações em mãos, o procurador-geral tinha de arquivar, denunciar citados sem foro privilegiado ou pedir abertura de inquérito no STF”. (Confira AQUI)
Mais um trecho do trabalho de jornalismo “investigativo” com que a Veja brinda seus leitores esta semana: “Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal (…)”, é o lead de uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo do dia 28 de abril (leia AQUI).
Pelo visto, os espiões da central Cachoeira de arapongagem, que grampeavam pessoas clandestinamente para fornecer “furos” à Veja, estão fazendo falta à semanal da editora Abril…
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