Por Vivian Fernandes, no jornal Brasil de Fato:
No centro da cidade de São Paulo, na Praça Ramos, movimentos sociais e organizações políticas realizaram na segunda-feira (23) um ato denunciando o processo de privatizações que assolou o Brasil na década de 1990. Com jornais sendo distribuídos gratuitamente, os manifestantes criticaram as gestões de governos do PSDB e o que foi chamado de “privataria tucana”.
Para a militante do Levante Popular da Juventude, Lira Alli, é sempre importante e, também, atual debater este tema. “A privatização aconteceu no passado, só que ela continua acontecendo em muitos lugares; como, por exemplo, nos hospitais universitários, na educação. A privatização tem se alastrado. Mas a privatização central é a das riquezas naturais, como foi a da Vale do Rio Doce. É um tipo de privatização que rouba cotidianamente as riquezas que deveriam pertencer ao povo brasileiro”, afirma.
Além dos jovens do Levante, a ação contou com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a Consulta Popular. Através de uma edição especial do jornal Brasil de Fato, distribuída durante a manifestação, foram popularizadas as denúncias do livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.
A publicação dessa edição especial do jornal foi feita para trazer uma visão crítica sobre as privatizações de empresas públicas e provocar a sociedade para esse debate. Isso é o que afirma Carla Bueno, da Consulta Popular.
“Nesse momento, em especial, perto das eleições municipais, nós fizemos uma avaliação coletiva com o jornal, de que era importante se manifestar com relação ao processo das privatizações, que foi e tem sido ainda, na nossa cidade de São Paulo, um processo muito devastador para a nossa população”, relata a militante.
Com um exemplo atual de privatizações na capital paulista, a integrante da Marcha Mundial das Mulheres, Sônia Maria dos Santos, comenta o caso das políticas para mulheres.
“Os Centros de Referência [e Apoio] das Mulheres que trabalham com as vítimas de violência doméstica em São Paulo, praticamente, estão no limite, porque se coloca um serviço que é do Estado nas mãos de terceiros. O Estado tira toda a sua responsabilidade. As nossas mulheres estão morrendo, estão sendo assassinadas, estupradas, maltratadas por esse governo Serra/Kassab e pelo governo Alckmin”, analisa.
Eleições
No contexto das eleições municipais, não poderiam ficar de fora as críticas dos manifestantes aos governos tucanos no estado e na cidade de São Paulo, como ao candidato à prefeitura José Serra. Várias pessoas que passavam pelo local também manifestaram sua opinião, como o vendedor Sanatiel da Cunha Vieira, que vive no bairro Cidade Tiradentes, Zona Leste da capital.
“No caso do PSDB, que é o mais comentado, ele é um partido que procura beneficiar mais as pessoas que têm [dinheiro], ou seja, a periferia, por exemplo, é toda esquecida. E o povo só ampara e só abraça um governo que realmente está trabalhando em prol dele, o que o governo tucano não faz”, disse o vendedor.
O integrante da Comissão de Direitos Humanos do Sindicato de Advogados de São Paulo, Thiago Barison, também acredita que as gestões tucanas ao invés de solucionar, pioram os problemas enfrentados pela população.
“Para cada um dos problemas sociais, o PSDB tem uma resposta ruim, que agrava os problemas sociais. Então, para segurança pública, o PSDB ao invés de tentar ajudar os jovens que precisam de oportunidades, ele oferece só cadeias, presídios e repressão; empurrando a juventude da periferia para a criminalidade”, descreve.
Também concorda com essa avaliação o estudante e trabalhador do setor de seguros, Marcus Vinícius França, que critica o governo estadual de Geraldo Alckimin.
“A educação piorou. Cotas para negros [nas universidades], não têm. A polícia está matando mais, está matando muito agora. Mataram até um amigo meu. A polícia está matando sem pedir licença, parou na rua eles estão matando, estão executando. Quanta gente de bem está morrendo”, desabafa.
Esperança
Sobre o que se esperar de um próximo governo municipal, tanto militantes de movimentos sociais quanto os cidadãos em geral definem que é necessária uma transformação na política, que venha a melhorar as condições de vida da população.
Essa é a expectativa de Vilma Ribeiro de Souza, conhecida como Preta, da União de Mulheres de São Paulo. Moradora da Vila Esperança, Zona Leste, ela acredita que mudanças são necessárias em uma próxima gestão.
“Que tenham políticas públicas para mulheres, que o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher seja realmente implantado na cidade de São Paulo. Que tenha moradia popular para as pessoas, porque se elas têm moradia, elas conseguem trabalho, elas conseguem tudo. O primeiro passo é a moradia”, defende.
No mesmo tom é a fala da trabalhadora do setor de telemarketing e moradora da Região Central, Gilvanete da Silva Batista, que conta suas expectativas para o momento eleitoral.
“O que a gente espera, sinceramente, o que a gente espera todo o tempo, todas as eleições, a gente alimenta essa esperança de que os novos que vêm aí pela frente tenham um novo olhar para aquelas pessoas menos favorecidas, aquelas pessoas realmente necessitadas”, afirma.
No centro da cidade de São Paulo, na Praça Ramos, movimentos sociais e organizações políticas realizaram na segunda-feira (23) um ato denunciando o processo de privatizações que assolou o Brasil na década de 1990. Com jornais sendo distribuídos gratuitamente, os manifestantes criticaram as gestões de governos do PSDB e o que foi chamado de “privataria tucana”.
Para a militante do Levante Popular da Juventude, Lira Alli, é sempre importante e, também, atual debater este tema. “A privatização aconteceu no passado, só que ela continua acontecendo em muitos lugares; como, por exemplo, nos hospitais universitários, na educação. A privatização tem se alastrado. Mas a privatização central é a das riquezas naturais, como foi a da Vale do Rio Doce. É um tipo de privatização que rouba cotidianamente as riquezas que deveriam pertencer ao povo brasileiro”, afirma.
Além dos jovens do Levante, a ação contou com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a Consulta Popular. Através de uma edição especial do jornal Brasil de Fato, distribuída durante a manifestação, foram popularizadas as denúncias do livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.
A publicação dessa edição especial do jornal foi feita para trazer uma visão crítica sobre as privatizações de empresas públicas e provocar a sociedade para esse debate. Isso é o que afirma Carla Bueno, da Consulta Popular.
“Nesse momento, em especial, perto das eleições municipais, nós fizemos uma avaliação coletiva com o jornal, de que era importante se manifestar com relação ao processo das privatizações, que foi e tem sido ainda, na nossa cidade de São Paulo, um processo muito devastador para a nossa população”, relata a militante.
Com um exemplo atual de privatizações na capital paulista, a integrante da Marcha Mundial das Mulheres, Sônia Maria dos Santos, comenta o caso das políticas para mulheres.
“Os Centros de Referência [e Apoio] das Mulheres que trabalham com as vítimas de violência doméstica em São Paulo, praticamente, estão no limite, porque se coloca um serviço que é do Estado nas mãos de terceiros. O Estado tira toda a sua responsabilidade. As nossas mulheres estão morrendo, estão sendo assassinadas, estupradas, maltratadas por esse governo Serra/Kassab e pelo governo Alckmin”, analisa.
Eleições
No contexto das eleições municipais, não poderiam ficar de fora as críticas dos manifestantes aos governos tucanos no estado e na cidade de São Paulo, como ao candidato à prefeitura José Serra. Várias pessoas que passavam pelo local também manifestaram sua opinião, como o vendedor Sanatiel da Cunha Vieira, que vive no bairro Cidade Tiradentes, Zona Leste da capital.
“No caso do PSDB, que é o mais comentado, ele é um partido que procura beneficiar mais as pessoas que têm [dinheiro], ou seja, a periferia, por exemplo, é toda esquecida. E o povo só ampara e só abraça um governo que realmente está trabalhando em prol dele, o que o governo tucano não faz”, disse o vendedor.
O integrante da Comissão de Direitos Humanos do Sindicato de Advogados de São Paulo, Thiago Barison, também acredita que as gestões tucanas ao invés de solucionar, pioram os problemas enfrentados pela população.
“Para cada um dos problemas sociais, o PSDB tem uma resposta ruim, que agrava os problemas sociais. Então, para segurança pública, o PSDB ao invés de tentar ajudar os jovens que precisam de oportunidades, ele oferece só cadeias, presídios e repressão; empurrando a juventude da periferia para a criminalidade”, descreve.
Também concorda com essa avaliação o estudante e trabalhador do setor de seguros, Marcus Vinícius França, que critica o governo estadual de Geraldo Alckimin.
“A educação piorou. Cotas para negros [nas universidades], não têm. A polícia está matando mais, está matando muito agora. Mataram até um amigo meu. A polícia está matando sem pedir licença, parou na rua eles estão matando, estão executando. Quanta gente de bem está morrendo”, desabafa.
Esperança
Sobre o que se esperar de um próximo governo municipal, tanto militantes de movimentos sociais quanto os cidadãos em geral definem que é necessária uma transformação na política, que venha a melhorar as condições de vida da população.
Essa é a expectativa de Vilma Ribeiro de Souza, conhecida como Preta, da União de Mulheres de São Paulo. Moradora da Vila Esperança, Zona Leste, ela acredita que mudanças são necessárias em uma próxima gestão.
“Que tenham políticas públicas para mulheres, que o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher seja realmente implantado na cidade de São Paulo. Que tenha moradia popular para as pessoas, porque se elas têm moradia, elas conseguem trabalho, elas conseguem tudo. O primeiro passo é a moradia”, defende.
No mesmo tom é a fala da trabalhadora do setor de telemarketing e moradora da Região Central, Gilvanete da Silva Batista, que conta suas expectativas para o momento eleitoral.
“O que a gente espera, sinceramente, o que a gente espera todo o tempo, todas as eleições, a gente alimenta essa esperança de que os novos que vêm aí pela frente tenham um novo olhar para aquelas pessoas menos favorecidas, aquelas pessoas realmente necessitadas”, afirma.
0 comentários:
Postar um comentário