Por Altamiro Borges
O sítio Comunique-se, especializado em mídia corporativa, publicou nesta semana que o portal do jornal Folha de S.Paulo perdeu 16% da sua audiência no trimestre. A queda abrupta ocorreu depois que o diário da famiglia Frias passou a cobrar pelo seu conteúdo online. Com base em dados do sítio Alexa, que mede a popularidade das páginas da internet no mundo, “a análise mostra que a Folha teve no período 14% menos de visitantes únicos”, informa Nathália Carvalho.
Ainda segundo a matéria, “o rival Estadão perdeu 1,73% de audiência no mesmo trimestre e aumentou em 2% o número de visitantes únicos. Os blogs lideram entre as páginas mais visitadas”. Estas informações não devem ter agradado a direção do Grupo Folha, que aposta tudo na cobrança do conteúdo online para tentar superar a crise que atinge a mídia impressa. A Folha, a exemplo de outros jornalões, tem perdido tiragem com a “revolução” do mundo digital e está desesperada com o declínio do seu modelo de negócios.
A aposta desesperada no "paywall"
O modelo de cobrança por acesso às edições digitais, o chamado “paywall” (muro de pagamento), vem sendo testado em várias partes do mundo. Mas os monopólios midiáticos ainda não estão seguros de que ele é a solução para crise da mídia imprensa – expressa nas quedas vertiginosas de tiragens e, inclusive, na extinção de inúmeros jornais. Recente pesquisa do Ibope aponta que apenas 50% dos leitores brasileiros mantêm a fidelidade ao veículo após a sua migração para as plataformas digitais.
Com o avanço da internet, a tendência é que os jornalões sofram ainda mais. Nos últimos dois anos e meio, o número de pontos de acesso à banda larga fixa e móvel quase quadruplicou no país. Segundo a Telebrasil, que reúne as empresas de telecomunicações, hoje já são 78,8 milhões de computadores, notebooks, tablets e celulares conectados à internet rápida – alta de 292% ante os 20,1 milhões do fim de 2009. Somente no primeiro semestre deste ano, foram 19,2 milhões de novas conexões – 1,2 novo acesso por segundo.
Avanço da internet no Brasil
O segmento móvel é o que mais cresce. Há dois anos e meio, ele tinha apenas 8,7 milhões de acessos (43,3% do total), menos que os 11,4 milhões de acessos à banda larga fixa (56,7%). Hoje, três em cada quatro acessos de banda larga são feitos a partir de dispositivos móveis – 60,1 milhões de conexões móveis (76,3%), ante 18,7 milhões fixas (23,7%). O crescimento da internet móvel é de expressivos 590% em dois anos e meio, enquanto a alta da banda larga fixa foi de 64% no período. Isto apesar dos péssimos serviços das teles!
Diante desta explosão da internet, a velha mídia presencia a desintegração do seu velho modelo de negócios. O Globo, Estadão, Folha e outros jornalões não conseguem conter a queda das suas tiragens. O índice de leitura de veículos impressos no país ainda se mantém no mesmo patamar de alguns anos atrás graças aos jornais gratuitos e populares e ao aumento do poder aquisitivo dos brasileiros. Daí a aposta no “paywall”. A Folha foi a primeira a apostar neste caminho e os resultados não parecem animadores. A conferir!
O sítio Comunique-se, especializado em mídia corporativa, publicou nesta semana que o portal do jornal Folha de S.Paulo perdeu 16% da sua audiência no trimestre. A queda abrupta ocorreu depois que o diário da famiglia Frias passou a cobrar pelo seu conteúdo online. Com base em dados do sítio Alexa, que mede a popularidade das páginas da internet no mundo, “a análise mostra que a Folha teve no período 14% menos de visitantes únicos”, informa Nathália Carvalho.
Ainda segundo a matéria, “o rival Estadão perdeu 1,73% de audiência no mesmo trimestre e aumentou em 2% o número de visitantes únicos. Os blogs lideram entre as páginas mais visitadas”. Estas informações não devem ter agradado a direção do Grupo Folha, que aposta tudo na cobrança do conteúdo online para tentar superar a crise que atinge a mídia impressa. A Folha, a exemplo de outros jornalões, tem perdido tiragem com a “revolução” do mundo digital e está desesperada com o declínio do seu modelo de negócios.
A aposta desesperada no "paywall"
O modelo de cobrança por acesso às edições digitais, o chamado “paywall” (muro de pagamento), vem sendo testado em várias partes do mundo. Mas os monopólios midiáticos ainda não estão seguros de que ele é a solução para crise da mídia imprensa – expressa nas quedas vertiginosas de tiragens e, inclusive, na extinção de inúmeros jornais. Recente pesquisa do Ibope aponta que apenas 50% dos leitores brasileiros mantêm a fidelidade ao veículo após a sua migração para as plataformas digitais.
Com o avanço da internet, a tendência é que os jornalões sofram ainda mais. Nos últimos dois anos e meio, o número de pontos de acesso à banda larga fixa e móvel quase quadruplicou no país. Segundo a Telebrasil, que reúne as empresas de telecomunicações, hoje já são 78,8 milhões de computadores, notebooks, tablets e celulares conectados à internet rápida – alta de 292% ante os 20,1 milhões do fim de 2009. Somente no primeiro semestre deste ano, foram 19,2 milhões de novas conexões – 1,2 novo acesso por segundo.
Avanço da internet no Brasil
O segmento móvel é o que mais cresce. Há dois anos e meio, ele tinha apenas 8,7 milhões de acessos (43,3% do total), menos que os 11,4 milhões de acessos à banda larga fixa (56,7%). Hoje, três em cada quatro acessos de banda larga são feitos a partir de dispositivos móveis – 60,1 milhões de conexões móveis (76,3%), ante 18,7 milhões fixas (23,7%). O crescimento da internet móvel é de expressivos 590% em dois anos e meio, enquanto a alta da banda larga fixa foi de 64% no período. Isto apesar dos péssimos serviços das teles!
Diante desta explosão da internet, a velha mídia presencia a desintegração do seu velho modelo de negócios. O Globo, Estadão, Folha e outros jornalões não conseguem conter a queda das suas tiragens. O índice de leitura de veículos impressos no país ainda se mantém no mesmo patamar de alguns anos atrás graças aos jornais gratuitos e populares e ao aumento do poder aquisitivo dos brasileiros. Daí a aposta no “paywall”. A Folha foi a primeira a apostar neste caminho e os resultados não parecem animadores. A conferir!
0 comentários:
Postar um comentário