Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Harakiri (腹切り) foi um ritual suicida japonês do período medieval que consistia em pessoas que queriam pôr fim à própria vida estriparem-se com uma espada samurai. A frieza e a metodologia daquela forma de suicídio a torna perfeita, como analogia, para caracterizar o que a mídia vem fazendo consigo mesma na questão da geração de energia hidrelétrica.
Na última segunda-feira, cumpriu-se uma semana da veiculação de manchete de primeira página do jornal Folha de São Paulo que alarmou a sociedade induzindo-a à crença de que estaria à beira de um racionamento de energia nos moldes daquele que o país experimentou entre o penúltimo e o último anos do governo Fernando Henrique Cardoso (2001/2002).
Nos sete dias seguintes, o Brasil foi de um pânico que fez ações das empresas geradoras de energia perderem gorda fatia de seu valor para a literal demolição daquele alarma social, com a conseqüente tranquilização e até euforia do setor empresarial com uma medida do governo Dilma que deve produzir efeitos altamente benfazejos à sociedade.
Na noite da última segunda-feira, o principal autor do pânico econômico e social que fustigou o Brasil (leia-se Rede Globo) teve que anunciar, em seu principal telejornal, que, contrariando as suas teses catastrofistas sobre “racionamento” de energia e “aumento nas contas de luz”, a partir de março o preço da energia elétrica deve cair, em média, 20%.
As empresas irão pagar 28% a menos pela energia e os consumidores residenciais, 16%. E, devido ao verdadeiro dilúvio que cai sobre o país, a tal ameaça de “racionamento”, que nunca passou de empulhação, teve que ser literalmente extirpada do noticiário.
Eis que beira a perfeição a analogia entre essa estratégia de ataque da mídia partidarizada (atucanada) ao governo federal e o método suicida japonês, pois tal “estratégia” se torna verdadeiro harakiri de imagem pública.
É ou não suicídio martelar, sob razão pífia, uma suposta incompetência gerencial do governo e uma desgraça como a que seria o Brasil, além de ter que racionar energia elétrica, pagar mais por ela?
Afinal, era enorme a fragilidade da “razão” midiática para aquele alarde, pois escassez de chuvas e reservatórios de hidrelétricas baixos, após uma década inteira de fortes investimentos do governo Lula em geração de energia, não produziriam racionamento nem se não chovesse.
Além disso, nota-se que a mídia subestimou, de forma inexplicável, uma presidente que, antes de se eleger, ganhou notoriedade e importância justamente pelo desempenho que teve na área energética quando integrou o governo do Rio Grande do Sul e o governo Lula.
Há poucos meses, Dilma Rousseff foi à televisão anunciar queda no preço da energia elétrica. Seus adversários destro-midiáticos, porém, acreditaram que ela seria uma estúpida que anunciaria medida de tal importância para o país sem ter certeza de que poderia implementá-la.
Mesmo quem se informa mal (só pela “grande imprensa”) e não viu os telejornais noticiarem o barateamento da energia, a partir de março, quando as contas de luz tiverem sensível queda de valor, seguramente haverão de se lembrar do noticiário e, mais uma vez, aprofundarão o conceito de que a mídia promove alarmismo sob razões politiqueiras.
A própria reportagem do Jornal Nacional que noticiou a iminente redução das contas de luz após dizer exatamente o contrário poucos dias antes, deu um exemplo do potencial de beneficiamento da economia com a queda do preço da energia elétrica. Mostrou o caso de uma pequena lavanderia que gasta R$ 1,3 mil com a conta de luz e que irá economizar R$ 200.
A reportagem ainda mostrou que alguns setores da economia terão um benefício altíssimo. No setor de produção de alumínio, por exemplo, 30% dos custos são com energia elétrica. Ora, um desconto de quase 30% nessa energia tornará mais competitivas não só as empresas que produzem essa matéria-prima, mas, também, aquelas que a consomem.
O potencial econômico e social da medida do governo Dilma, assim, será sentido fortemente pela sociedade, pois o famigerado “custo Brasil” será consideravelmente reduzido para as empresas e para os setores mais pobres da sociedade, para os quais a conta de luz pesa muito.
Foi suicídio, portanto, promover alarmismo subestimando não apenas a capacidade da presidente, mas a inteligência dos brasileiros. Desse modo, o termo “harakiri” só não é perfeito porque o ritual suicida japonês era intencional e constituía pedido de desculpas por erros cometidos, enquanto que o harakiri midiático foi praticado sem querer.
Na última segunda-feira, cumpriu-se uma semana da veiculação de manchete de primeira página do jornal Folha de São Paulo que alarmou a sociedade induzindo-a à crença de que estaria à beira de um racionamento de energia nos moldes daquele que o país experimentou entre o penúltimo e o último anos do governo Fernando Henrique Cardoso (2001/2002).
Nos sete dias seguintes, o Brasil foi de um pânico que fez ações das empresas geradoras de energia perderem gorda fatia de seu valor para a literal demolição daquele alarma social, com a conseqüente tranquilização e até euforia do setor empresarial com uma medida do governo Dilma que deve produzir efeitos altamente benfazejos à sociedade.
Na noite da última segunda-feira, o principal autor do pânico econômico e social que fustigou o Brasil (leia-se Rede Globo) teve que anunciar, em seu principal telejornal, que, contrariando as suas teses catastrofistas sobre “racionamento” de energia e “aumento nas contas de luz”, a partir de março o preço da energia elétrica deve cair, em média, 20%.
As empresas irão pagar 28% a menos pela energia e os consumidores residenciais, 16%. E, devido ao verdadeiro dilúvio que cai sobre o país, a tal ameaça de “racionamento”, que nunca passou de empulhação, teve que ser literalmente extirpada do noticiário.
Eis que beira a perfeição a analogia entre essa estratégia de ataque da mídia partidarizada (atucanada) ao governo federal e o método suicida japonês, pois tal “estratégia” se torna verdadeiro harakiri de imagem pública.
É ou não suicídio martelar, sob razão pífia, uma suposta incompetência gerencial do governo e uma desgraça como a que seria o Brasil, além de ter que racionar energia elétrica, pagar mais por ela?
Afinal, era enorme a fragilidade da “razão” midiática para aquele alarde, pois escassez de chuvas e reservatórios de hidrelétricas baixos, após uma década inteira de fortes investimentos do governo Lula em geração de energia, não produziriam racionamento nem se não chovesse.
Além disso, nota-se que a mídia subestimou, de forma inexplicável, uma presidente que, antes de se eleger, ganhou notoriedade e importância justamente pelo desempenho que teve na área energética quando integrou o governo do Rio Grande do Sul e o governo Lula.
Há poucos meses, Dilma Rousseff foi à televisão anunciar queda no preço da energia elétrica. Seus adversários destro-midiáticos, porém, acreditaram que ela seria uma estúpida que anunciaria medida de tal importância para o país sem ter certeza de que poderia implementá-la.
Mesmo quem se informa mal (só pela “grande imprensa”) e não viu os telejornais noticiarem o barateamento da energia, a partir de março, quando as contas de luz tiverem sensível queda de valor, seguramente haverão de se lembrar do noticiário e, mais uma vez, aprofundarão o conceito de que a mídia promove alarmismo sob razões politiqueiras.
A própria reportagem do Jornal Nacional que noticiou a iminente redução das contas de luz após dizer exatamente o contrário poucos dias antes, deu um exemplo do potencial de beneficiamento da economia com a queda do preço da energia elétrica. Mostrou o caso de uma pequena lavanderia que gasta R$ 1,3 mil com a conta de luz e que irá economizar R$ 200.
A reportagem ainda mostrou que alguns setores da economia terão um benefício altíssimo. No setor de produção de alumínio, por exemplo, 30% dos custos são com energia elétrica. Ora, um desconto de quase 30% nessa energia tornará mais competitivas não só as empresas que produzem essa matéria-prima, mas, também, aquelas que a consomem.
O potencial econômico e social da medida do governo Dilma, assim, será sentido fortemente pela sociedade, pois o famigerado “custo Brasil” será consideravelmente reduzido para as empresas e para os setores mais pobres da sociedade, para os quais a conta de luz pesa muito.
Foi suicídio, portanto, promover alarmismo subestimando não apenas a capacidade da presidente, mas a inteligência dos brasileiros. Desse modo, o termo “harakiri” só não é perfeito porque o ritual suicida japonês era intencional e constituía pedido de desculpas por erros cometidos, enquanto que o harakiri midiático foi praticado sem querer.
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