Por Altamiro Borges
Segundo Caio Junqueira e Murillo Camarotto, “a ala do PSDB
ligada ao ex-governador de São Paulo José Serra intensificou nos últimos dias
conversas com interlocutores do PSB de Eduardo Campos sobre o cenário
presidencial de 2014. O movimento foi impulsionado por uma divisão crescente na
bancada federal do PSDB paulista. Parte dela está incomodada com o papel secundário
dispensado a Serra no debate sobre os rumos do partido e o consequente
protagonismo assumido pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG)”.
A oposição midiática - e o seu dispositivo partidário formado
por PSDB, DEM e PPS – fez de tudo para inflar a candidatura de Eduardo Campos,
governador de Pernambuco e presidente do PSB. A tática era cristalina:
rachar a base governista para viabilizar um postulante da direita na eleição de
2014. Até agora, porém, a jogada deu xabu! O fortalecimento de Eduardo Campos
está esvaziando a candidatura de Aécio Neves, o cambaleante presidenciável
tucano. Artigo do jornal Valor desta semana confirma a desgraceira!
Outra parte, ainda segundo o jornal Valor, sente-se
desprestigiada por Geraldo Alckmin. “Acusam-no de contemplar com espaços no
governo e no partido apenas os mais próximos a ele. Diante disso, há receio
quanto às condições eleitorais que esses parlamentares vão enfrentar em 2014”.
Neste cenário de violentas bicadas, a convenção do PSDB marcada para maio pode
resultar num novo racha na legenda. “Basta que Serra não concorde com o arranjo
que lhe for oferecido. Aí pode ganhar corpo a hipótese Serra-Eduardo”.
Num PSB que também não é homogêneo, a ala ligada ao
governador pernambucano já percebeu as fraturas no ninho tucano e se movimenta para
atrair os serristas. Conta nesta missão com a ajuda do Roberto Freire,
presidente do PPS, que investe na ideia de montar um novo partido para abrigar o seu amigo José Serra e para viabilizar o apoio a Eduardo Campos.
“Se pudesse juntar essas duas forças, seria interessante”, antecipa o chefão do
PPS. Na semana passada, Campos e Freire se reuniram para tratar do assunto.
Toda esta movimentação deve dar uma baita ressaca no mineiro
Aécio Neves. Caso os serristas migrem para a provável candidatura do cacique
do PSB, o cambaleante presidenciável tucano ficará pendurado na brocha. Na
semana passada, Aécio telefonou para Serra convidando-o a participar de um
seminário do PSDB em Goiânia. O paulista não foi. O clima é de desconfiança. Em
2010, Aécio não fez muito esforço na campanha de Serra; agora, a vingança seria
maligna. A manobra da oposição midiática e partidária pode dar xabu!
4 comentários:
Boa noite Miro.
"Violentas bicadas " foi ótimo !!!!!
Forte Abraço.
Irineu Yahia.
O problema desta turma é que todos têm certeza que será o cabeça de chave.
Pelo que me consta Aécio tem variadas fontes de ressacas atualmente...
Eduardo Campos confiar em Serra faria Miguel Arraes revirar no túmulo! Serra é o maior desagregador político da História do Brasil, trai e combate qualquer correligionário, parceiro, aliado. Serra é o famoso "Partido do Eu Sòzinho", quem não sabe?
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