quinta-feira, 21 de março de 2013

Yoani desmoraliza cineasta brasileiro

Yoani Sánchez com Ileana Ros-Lehtienen, em Washington

Por Altamiro Borges

A visita da dissidente cubana Yoani Sánchez ao Brasil, no mês passado, teve como justificativa o lançamento do filme “Conexão Cuba-Honduras”, do cineasta Dado Galvão, ativo colaborador do Instituto Millenium. Ela virou estrela da mídia colonizada, foi ciceroneada pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), teve como guarda-costas o fascistóide Jair Bolsonaro (PP-RJ), recebeu beijos dos demotucanos, paralisou uma sessão ordinária da Câmara Federal e até pediu “ajuda” ao mineiro Aécio Neves, o cambaleante presidenciável do PSDB.

Agora, porém, surgem novos detalhes sobre a turnê mundial da bajulada “blogueira” cubana. Poderosas empresas, como a Telefônica da Espanha, ligada à seita Opus Dei, aparecem como financiadoras da sua viagem. ONGs manietadas pelo governo dos EUA também ajudam a pagar sua conta. Grupos vinculados à máfia cubana de Miami recebem a dissidente em vários países. O mais curioso, porém, foi a recepção a Yoani Sánchez nos EUA nesta semana. Uma notória apoiadora do golpe em Honduras esteve sempre ao seu lado.

O atento blogueiro cubano Iroel Sánchez registrou o fato inusitado no seu blog “La Pupila Insomne”. Irônico, ele mandou um recado ao cineasta brasileiro Dado Galvão. Reproduzo abaixo seu texto e fico no aguardo da resposta do colaborador do Instituto Millenium, o antro que reúne os barões da mídia nativa.

*****

Enviar, por favor, a @DadoGalvao

O cineasta brasileiro Dado Galvão fez um documentário intitulado Conexão Cuba Honduras.

A obra de Galvão faz uma polêmica entre a liberdade de expressão em Cuba – centralizada na blogueira Yoani Sánchez – e a situação vivida pelos jornalistas em Honduras após o golpe de estado protagonizado por Roberto Micheletti.

Como é conhecido, uma das figuras que mais apoiou Micheletti e as suas atrocidades foi a congressista cubano-americana Ileana Ros-Lehtienen, do partido Republicano. Na ocasião, ela era a presidenta do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes dos Estados Unidos.

Gostaria de saber o que pensa agora o senhor Galvão, quando vê a sua protagonista junto à mesma pessoa que viajou explicitamente a Honduras para apoiar o golpe de Micheletti, enquanto os jornalistas hondurenhos eram reprimidos e assassinados.

0 comentários: