Marina Silva, você sabe, saiu numa defesa atabalhoada do deputado Marco Feliciano. Como afirmamos no Diário, num post que se tornou viral, foi o fim de uma promessa de renovação. Numa longa e confusa peroração sobre o estado laico, em que cita a Bíblia algumas vezes, ela disse o seguinte no auditório da Universidade Católica de Pernambuco:
“Feliciano está sendo criticado por ser evangélico e não por suas posições políticas equivocadas”.
“Se porventura ele fosse ateu, eu não gostaria de dizer que as posições equivocadas dele eram porque ele é ateu”. Fez analogias semelhantes com judeus e espíritas.
Diante da reação negativa, tentou se emendar. Disse no Twitter que suas palavras foram distorcidas e deu o link de uma matéria do mês passado, em que afirmava que o pastor é despreparado para a Comissão de Direitos Humanos.
Embora se apresente como uma alternativa a “tudo isso que está aí”, num partido que não é, segundo ela mesma, de direita e nem de esquerda, Marina não é, essencialmente, diferente de Feliciano em suas convicções. Feliciano talvez seja apenas mais tosco e transparente em seu obscurantismo.
Marina foi ordenada evangelista da Assembleia de Deus — aliás, Silas Malafaia é da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Segue a orientação de sua igreja: é contra pesquisas com células tronco embrionárias, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o aborto e a legalização da maconha.
Defendeu também o ensino do criacionismo nas escolas. Quando confrontada, procura sempre uma saída marota para aliviar suas posições conservadoras. A tal “crise civilizatória” que ela vive mencionando não é nada além de uma crença apocalíptica.
Marina já se mostrou empolgada com o crescimento da bancada evangélica em 2006, numa reunião com líderes protestantes. “Você pode escolher ser um político que tem a esperteza do mundo ou um político que tem o Espírito de Deus. A esperteza do mundo é passageira e se você a escolher saiba que a primeira coisa que vai acontecer é que o Espírito de Deus irá se afastar de você.”
E ainda: “Temos nossa parcela para oferecer para a política, para a economia e para todos os setores da sociedade. A Palavra de Deus nos ensina em quem devemos votar. Basta olharmos o que diz e compararmos com os candidatos. Se ele se encaixar nos princípios bíblicos merece nosso voto.”
Que parcela para oferecer? Que princípios bíblicos? Que estado laico sobreviveria a isso? Marina quer o voto dos evangélicos. Seja como for, ela precisa combinar melhor o jogo com seu time. Num texto do site oficial da Rede, lê-se o seguinte: “O grosso do voto evangélico é orientado por lideranças das mais pragmáticas. Sempre de olho em boquinha no governo seguinte, bispos e pastores mostram-se tarimbados pelegos ao negociar com os favoritos ao segundo turno”.
“Feliciano está sendo criticado por ser evangélico e não por suas posições políticas equivocadas”.
“Se porventura ele fosse ateu, eu não gostaria de dizer que as posições equivocadas dele eram porque ele é ateu”. Fez analogias semelhantes com judeus e espíritas.
Diante da reação negativa, tentou se emendar. Disse no Twitter que suas palavras foram distorcidas e deu o link de uma matéria do mês passado, em que afirmava que o pastor é despreparado para a Comissão de Direitos Humanos.
Embora se apresente como uma alternativa a “tudo isso que está aí”, num partido que não é, segundo ela mesma, de direita e nem de esquerda, Marina não é, essencialmente, diferente de Feliciano em suas convicções. Feliciano talvez seja apenas mais tosco e transparente em seu obscurantismo.
Marina foi ordenada evangelista da Assembleia de Deus — aliás, Silas Malafaia é da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Segue a orientação de sua igreja: é contra pesquisas com células tronco embrionárias, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o aborto e a legalização da maconha.
Defendeu também o ensino do criacionismo nas escolas. Quando confrontada, procura sempre uma saída marota para aliviar suas posições conservadoras. A tal “crise civilizatória” que ela vive mencionando não é nada além de uma crença apocalíptica.
Marina já se mostrou empolgada com o crescimento da bancada evangélica em 2006, numa reunião com líderes protestantes. “Você pode escolher ser um político que tem a esperteza do mundo ou um político que tem o Espírito de Deus. A esperteza do mundo é passageira e se você a escolher saiba que a primeira coisa que vai acontecer é que o Espírito de Deus irá se afastar de você.”
E ainda: “Temos nossa parcela para oferecer para a política, para a economia e para todos os setores da sociedade. A Palavra de Deus nos ensina em quem devemos votar. Basta olharmos o que diz e compararmos com os candidatos. Se ele se encaixar nos princípios bíblicos merece nosso voto.”
Que parcela para oferecer? Que princípios bíblicos? Que estado laico sobreviveria a isso? Marina quer o voto dos evangélicos. Seja como for, ela precisa combinar melhor o jogo com seu time. Num texto do site oficial da Rede, lê-se o seguinte: “O grosso do voto evangélico é orientado por lideranças das mais pragmáticas. Sempre de olho em boquinha no governo seguinte, bispos e pastores mostram-se tarimbados pelegos ao negociar com os favoritos ao segundo turno”.
2 comentários:
"Se ele se encaixar nos princípios bíblicos merece nosso voto.".
Se isso o que a Marina Silva disse for colocado em prática o Brasil se transformará numa Teocracia, do tipo que existe na Arábia Saudita.
E dizer que muitos jovens 'moderninhos', universitários, das classes médias, votam nela porque ela seria um avanço para o Brasil.
Brincou, né?
Tá louco, véio.
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