Por Cadu Amaral, em seu blog:
A Fundação Perseu Abramo (FPA) divulgou pesquisa de opinião pública realizada em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) sobre a mídia no Brasil, quais os tipos mais acessados e como as pessoas percebem sua atuação. Foram entrevistadas 2400 pessoas, sendo 344 nas áreas rurais. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
A televisão é acessada por 94% das pessoas. O rádio vem em segundo lugar com 79%. consumidos diariamente tevê e rádio têm consumo de 82% e 55%, respectivamente. Jornais impresso e internet empatam com 43%, superando as revistas semanais que somaram 24%. A tevê fechada somou 37%, sendo que para 30% seu consumo é diário.
Entre as revistas semanais, a Veja é lida por metade dos entrevistados. Enquanto na internet o Facebook (38,4%) é o site mais acessado. Como fonte de informação, os jornais diários crescem, mas o ranqueamento não se altera. Destaque para a força dos jornais locais que, segundo a pesquisa, são a fonte de informação para 46,2% dos entrevistados. A internet é mais usada como fonte de informação habitual sobre o Brasil e o mundo do que os jornais impressos.
Outro detalhe interessante, é que para 35% dos entrevistados, os veículos representam apenas os interesses de seus donos e para 32%, os interesses dos mais ricos. Apenas 8% acreditam que a mídia representam os interesses da maioria da população. Sobre a veiculação de notícias, apenas 21,9% acreditam que elas são divulgadas de forma neutra e imparcial. Concordam em partes com essa premissa 35,8%, não concordam nem discordam 15,5% e discordam em partes 13,7%. Discordam totalmente, 11,5% dos entrevistados.
Sobre a cobertura do governo Dilma, 28,8% dos entrevistados acham que ela é feita de forma equilibrada, noticiando o que ela faz de bom ou de ruim. Concordam em partes, 29,8%; não concordam nem discordam, 16,7%; discordam em partes 12,9% e discordam totalmente, 10,7%.
A FPA também fez a seguinte pergunta: Quando os meios de comunicação noticiam um fato político, geralmente eles ouvem todas as correntes políticas envolvidas? Para 17,7% há a total concordância; concordam em partes 27,6%; nem concordam nem discordam 17,6; discordam em partes 17,3 e discordam totalmente, 16,9%.
Para 43% das pessoas, os meios de comunicação cobrem mais ou menos os acontecimentos importantes e 45,1% acham que a liberdade de publicação é parcial. Sete em cada dez pessoas não sabem que canais de televisão são concessões públicas. Para 60% são um negócio como outro qualquer. A maioria das pessoas pensa que o número de grupos que controlam as emissoras de tevê é grande (55%) e apenas 12% pequeno. Para 35% o tamanho dos grupos deve ficar como está. Para 32% aumentar e para 22% diminuir.
Quando os entrevistados foram informados que dez famílias controlam os meios de comunicação no Brasil, 40% avaliaram isso como sendo ruim para o país. 30% pensam ser essa característica indiferente e para 23% isso é bom para o Brasil.
Mais da metade dos entrevistados (52%) afirma saber que existem regras para definir que tipo de programação é exibida na televisão, mas 36% acreditam que as emissoras transmitem o que querem. Para 71% deveria ter mais regras para a programação, para 16% as regras são suficientes e apenas para 10% as regras deveriam diminuir. Sobre a publicidade, os índices são parecidos.
Quarenta e seis por cento são favoráveis à regulamentação através de controle social - criação de um conselho –, 31% acreditam que a autorregulação, como acontece hoje, é suficiente e, 19% pensam que o governo deveria regular a mídia.
Se manifestaram contrários à exposição gratuita o corpo da mulher, 61% dos entrevistados. E 54% são contra a exposição de conteúdos que humilhem a população negra, contra gays e lésbicas. Não se reconhecem na tevê, 43% dos entrevistados e 25% se veem retratados negativamente. 61% acreditam que a tevê dá mais espaço para empresários e apenas para 18% para trabalhadores. Para 44% o que é veiculado na televisão vem de São Paulo e Rio de Janeiro.
Pode-se perceber algumas confusões sobre como os temas são tratados no Brasil. Talvez pelo crescente aceso à internet. De todo jeito, é perceptível que as pessoas querem mudar a comunicação que recebem. A força dos jornais locais é algo a ser considerado, visto que, segundo a pesquisa, são eles os mais consumidos pelos que usam esse tipo de veículo como fonte de informação.
A maioria das pessoas não sabia que a mídia eletrônica – rádio e tevê – são concessões públicas. Por isso que muita gente pensa que regulamentação é o mesmo que censura. Mas sua maioria, 67% (35% interesse dos donos e 32% dos mais ricos), tem consciência de que a televisão atende os interesses da elite.
A pesquisa também mostra por que é fácil espalhar um boato no Facebook. Ele é o site mais acessado. E como há várias denúncias de controle do que circula nessa rede social, o controle a bel prazer da empresa torna-se estratégico para a disputa política e ideológica das pessoas.
A Fundação Perseu Abramo (FPA) divulgou pesquisa de opinião pública realizada em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) sobre a mídia no Brasil, quais os tipos mais acessados e como as pessoas percebem sua atuação. Foram entrevistadas 2400 pessoas, sendo 344 nas áreas rurais. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
A televisão é acessada por 94% das pessoas. O rádio vem em segundo lugar com 79%. consumidos diariamente tevê e rádio têm consumo de 82% e 55%, respectivamente. Jornais impresso e internet empatam com 43%, superando as revistas semanais que somaram 24%. A tevê fechada somou 37%, sendo que para 30% seu consumo é diário.
Entre as revistas semanais, a Veja é lida por metade dos entrevistados. Enquanto na internet o Facebook (38,4%) é o site mais acessado. Como fonte de informação, os jornais diários crescem, mas o ranqueamento não se altera. Destaque para a força dos jornais locais que, segundo a pesquisa, são a fonte de informação para 46,2% dos entrevistados. A internet é mais usada como fonte de informação habitual sobre o Brasil e o mundo do que os jornais impressos.
Outro detalhe interessante, é que para 35% dos entrevistados, os veículos representam apenas os interesses de seus donos e para 32%, os interesses dos mais ricos. Apenas 8% acreditam que a mídia representam os interesses da maioria da população. Sobre a veiculação de notícias, apenas 21,9% acreditam que elas são divulgadas de forma neutra e imparcial. Concordam em partes com essa premissa 35,8%, não concordam nem discordam 15,5% e discordam em partes 13,7%. Discordam totalmente, 11,5% dos entrevistados.
Sobre a cobertura do governo Dilma, 28,8% dos entrevistados acham que ela é feita de forma equilibrada, noticiando o que ela faz de bom ou de ruim. Concordam em partes, 29,8%; não concordam nem discordam, 16,7%; discordam em partes 12,9% e discordam totalmente, 10,7%.
A FPA também fez a seguinte pergunta: Quando os meios de comunicação noticiam um fato político, geralmente eles ouvem todas as correntes políticas envolvidas? Para 17,7% há a total concordância; concordam em partes 27,6%; nem concordam nem discordam 17,6; discordam em partes 17,3 e discordam totalmente, 16,9%.
Para 43% das pessoas, os meios de comunicação cobrem mais ou menos os acontecimentos importantes e 45,1% acham que a liberdade de publicação é parcial. Sete em cada dez pessoas não sabem que canais de televisão são concessões públicas. Para 60% são um negócio como outro qualquer. A maioria das pessoas pensa que o número de grupos que controlam as emissoras de tevê é grande (55%) e apenas 12% pequeno. Para 35% o tamanho dos grupos deve ficar como está. Para 32% aumentar e para 22% diminuir.
Quando os entrevistados foram informados que dez famílias controlam os meios de comunicação no Brasil, 40% avaliaram isso como sendo ruim para o país. 30% pensam ser essa característica indiferente e para 23% isso é bom para o Brasil.
Mais da metade dos entrevistados (52%) afirma saber que existem regras para definir que tipo de programação é exibida na televisão, mas 36% acreditam que as emissoras transmitem o que querem. Para 71% deveria ter mais regras para a programação, para 16% as regras são suficientes e apenas para 10% as regras deveriam diminuir. Sobre a publicidade, os índices são parecidos.
Quarenta e seis por cento são favoráveis à regulamentação através de controle social - criação de um conselho –, 31% acreditam que a autorregulação, como acontece hoje, é suficiente e, 19% pensam que o governo deveria regular a mídia.
Se manifestaram contrários à exposição gratuita o corpo da mulher, 61% dos entrevistados. E 54% são contra a exposição de conteúdos que humilhem a população negra, contra gays e lésbicas. Não se reconhecem na tevê, 43% dos entrevistados e 25% se veem retratados negativamente. 61% acreditam que a tevê dá mais espaço para empresários e apenas para 18% para trabalhadores. Para 44% o que é veiculado na televisão vem de São Paulo e Rio de Janeiro.
Pode-se perceber algumas confusões sobre como os temas são tratados no Brasil. Talvez pelo crescente aceso à internet. De todo jeito, é perceptível que as pessoas querem mudar a comunicação que recebem. A força dos jornais locais é algo a ser considerado, visto que, segundo a pesquisa, são eles os mais consumidos pelos que usam esse tipo de veículo como fonte de informação.
A maioria das pessoas não sabia que a mídia eletrônica – rádio e tevê – são concessões públicas. Por isso que muita gente pensa que regulamentação é o mesmo que censura. Mas sua maioria, 67% (35% interesse dos donos e 32% dos mais ricos), tem consciência de que a televisão atende os interesses da elite.
A pesquisa também mostra por que é fácil espalhar um boato no Facebook. Ele é o site mais acessado. E como há várias denúncias de controle do que circula nessa rede social, o controle a bel prazer da empresa torna-se estratégico para a disputa política e ideológica das pessoas.
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