Por Altamiro Borges
Na noite de sábado (28), a Polícia Militar do Rio de Janeiro agiu novamente de forma truculenta – o que respinga sobre sua badalada imagem de “pacificadora” - para retirar 150 professores que estavam acampados no plenário da Câmara Municipal há três dias. Como resposta à violência, os docentes em greve montaram barracas na lateral do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo, e várias entidades da sociedade civil planejam novos atos de protesto contra os governos estadual e municipal para esta semana.
Segundo a coordenadora do Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), Gesa Corrêa, a desocupação do plenário da Câmara Municipal foi arbitrária. Ela estava presente no momento da operação e garante que “foi uma truculência, um caos”. O comandante da PM nem sequer apresentou a ordem judicial de reintegração de posse. “Ele acabou dizendo que era ordem do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes. Não tinha nada escrito, foi autoritarismo mesmo”.
A sindicalista informa que dois professores foram autuados e levados para a 5ª Delegacia de Polícia e que quatro feridos foram encaminhados ao Hospital Souza Aguiar. O sindicato vai recorrer à Justiça contra a operação policial. “Vamos entrar com ações judiciais em todas as instâncias. Eles não podiam retirar a gente de lá e nem dar voz de prisão”. A entidade também promete manter as barracas na lateral da Câmara Municipal como forma de pressão pelo atendimento das reivindicações da categoria.
Diante do lamentável episódio, o governador Sérgio Cabral (PMDB) – alvo de protestos quase diários que afundam de vez a sua popularidade – ainda tentou justificar a truculência da PM. Segundo a Agência Brasil, ele “não quis comentar se houve excessos da polícia” – “não vi as imagens” – e ainda criticou a luta dos professores. “Ocupar o plenário do Poder Legislativo não é a melhor forma de se dialogar e de se acompanhar qualquer tipo de debate”. Pelo jeito, o governador ainda não aprendeu nada com os protestos de rua iniciados em junho passado.
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Na noite de sábado (28), a Polícia Militar do Rio de Janeiro agiu novamente de forma truculenta – o que respinga sobre sua badalada imagem de “pacificadora” - para retirar 150 professores que estavam acampados no plenário da Câmara Municipal há três dias. Como resposta à violência, os docentes em greve montaram barracas na lateral do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo, e várias entidades da sociedade civil planejam novos atos de protesto contra os governos estadual e municipal para esta semana.
Segundo a coordenadora do Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), Gesa Corrêa, a desocupação do plenário da Câmara Municipal foi arbitrária. Ela estava presente no momento da operação e garante que “foi uma truculência, um caos”. O comandante da PM nem sequer apresentou a ordem judicial de reintegração de posse. “Ele acabou dizendo que era ordem do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes. Não tinha nada escrito, foi autoritarismo mesmo”.
A sindicalista informa que dois professores foram autuados e levados para a 5ª Delegacia de Polícia e que quatro feridos foram encaminhados ao Hospital Souza Aguiar. O sindicato vai recorrer à Justiça contra a operação policial. “Vamos entrar com ações judiciais em todas as instâncias. Eles não podiam retirar a gente de lá e nem dar voz de prisão”. A entidade também promete manter as barracas na lateral da Câmara Municipal como forma de pressão pelo atendimento das reivindicações da categoria.
Diante do lamentável episódio, o governador Sérgio Cabral (PMDB) – alvo de protestos quase diários que afundam de vez a sua popularidade – ainda tentou justificar a truculência da PM. Segundo a Agência Brasil, ele “não quis comentar se houve excessos da polícia” – “não vi as imagens” – e ainda criticou a luta dos professores. “Ocupar o plenário do Poder Legislativo não é a melhor forma de se dialogar e de se acompanhar qualquer tipo de debate”. Pelo jeito, o governador ainda não aprendeu nada com os protestos de rua iniciados em junho passado.
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5 comentários:
Só acho que as ocupações são, na realidade, estratégia política de partido, só que não declarada. O movimento 'Ocupa' tem donos e todo mundo sabe quem são. Fica uma coisa meio 'camuflada', mas falsa, tipo um urso atrás de uma árvore.
Então, o governador falou uma coisa sensata. Ocupar pra usar o evento como forma de alavancar partido de oposição, apropriando a luta de trabalhador, não é legal. Privatizar a assembléia legislativa ou reitorias a mando de partidos? Isso é legítimo? Os professores ganham o quê com isso?
Qual a diferença entre a ação de ocupação forçada da Câmara pelos professores, e a ação da PM de enxotá-los de lá? E se o PM tivesse apresentado o documento de reintegração de posse, eles sairiam pacificamente? Eu sou a favor da luta dos professores, mas uma passeata com apoio da população não seria mais viável, mais visível, mais produtivo? Não entendo o argumento legalista da coordenadora do SEPE: "não havia ordem judicial nenhuma." Papagaio!
Enquanto isto, nós que trabalhamos nesta Rua, estamos sem poder trabalhar em virtude da algazarra dos professores. Nós também temos que pagar nossas contas.
A policia fez o que tinha que ser feito!
Esses opositores do governo travestidos de professores ja estavam perdendo a linha!
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