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As palavras de JB depois da espetacular - e merecida - derrota na questão da quadrilha mostram alguma coisa que está entre dois extremos.
Ou ele foi muito calculista ou sucumbiu a uma explosão patética ao insultar os colegas do Supremo que ousaram não acompanhá-lo em sua louca cavalgada.
Ele ofendeu também Dilma, por sugerir que ela colocou Barroso e Teori no SFT para mudar as coisas no julgamento.
Um dia os pósteros olharão para o destempero de JB e pensarão: como um presidente do STF pôde descer a tal abismo de infâmia?
Se havia sinais de que o grupo de ministros do Supremo é uma orquestra completamente desafinada, agora ficou claro. E isto é uma tragédia para o país.
Suspeito que a alternativa certa para o rompante de JB seja a falta real de controle, que em certa ocasião o fez ameaçar um colega velho. Ali ouviu uma frase notável: depois de bater na mulher, só faltava bater num velho, disse o ameaçado. (É fato que JB agrediu a ex-mulher na separação.)
A hipótese de cálculo demandaria um refinamento intelectual que ele está longe de ter.
Certas frases que pronunciamos na vida são irrevogáveis. A catilinária de Barbosa é um destes casos.
Ele é, hoje, um elemento altamente desagregador na corte mais importante do país. Não une, não influencia, não encanta os pares: apenas briga com quem não o segue.
Está claro que a carreira no Supremo acabou, tecnicamente, para ele.
Barbosa vai abraçar a política, que aliás já faz vestindo a toga que deveria supor neutralidade absoluta.
Vai levar uma surra monumental se se atrever a tentar a presidência. Logo descobriria que a mídia dá holofote e bajulação desde que ele faça o que ela quer, mas não dá voto.
Senador seria um caminho mais seguro.
Seria um ganho para os brasileiros. É mais fácil para a sociedade aturá-lo no Senado, em que vai ser uma voz a mais numa pequena multidão, do que no colegiado restrito do Supremo.
A mídia tenderá a abandoná-lo, porque faleceu a esperança de que ele galvanizasse o país e tirasse o PT do poder.
E então ele vai enfrentar a dura realidade de que chegou, viu e perdeu.
1 comentários:
Caro Paulo
Pelo visto o tiro da Direita saiu pela culatra, e esse ex-relator do mensalão do PSDB já cumpriu seu papel que a Direita esperava dele. Agora virou murcha de laranja, vai ser descartado como sempre acontece. Nota-se que a Direita não coloca cara de seus correligionários na briga, pois já são figuras carimbadas do povão, como traidores da Pátria. Aí sempre aparece alguém disposto a fazer favores a esses celerados. O que resta saber qual será o próximo JB a aparecer no cenário para tentar derrubar a candidatura da sra. Dilma. Ah sim, não nos esqueçamos que o Itaú banca a sra. Marina, aquela que dá entrevista sem olhar nos olhos das pessoas e com um tom de voz insuportável (acho que ela fosse ao fonoaudiólogo Simon Wajntraub para resolver esse seu probleminha, seria ótimo para os nossos ouvidos). Então vamos aguardar para ver quem será o próximo Laranja.
enganado
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