Por Altamiro Borges
A oposição demotucana e a mídia venal levaram um baita susto no final da tarde de terça-feira (3). Os integrantes da CPI da Petrobras aprovaram o pedido de acesso a documentos que envolvem a situação na estatal no triste reinado do PSDB – inclusive sobre o grave acidente da plataforma P-36. Chocado, o Estadão registrou: “Oposição ‘cochila’ e CPI da Petrobras pede papeis da gestão FHC”. A comissão foi criada com o objetivo de desgastar o governo Dilma num ano de eleição presidencial. Diante da arapuca, a base governista decidiu dar o troco e partir para a ofensiva. Uma investigação profunda sobre a trajetória recente da poderosa estatal poderia resultar num tiro no pé dos partidos da direita.
Segundo Ricardo Brito, do jornal Estadão, os demos – fiéis aliados dos tucanos – ainda tentaram evitar o contragolpe. “Durante os debates, o deputado de oposição Onyx Lorenzoni (DEM-RS) pediu a exclusão de votação de quatro requerimentos que pediam cópia de relatórios e demais documentos referentes ao acidente da plataforma P-36, que afundou em março de 2001 durante o governo FHC, e dos processos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça, que envolvem a troca de ativos entre a Petrobrás e a companhia ibero-americana Repsol YPF, referente à refinaria de Bahia Blanca, no mesmo ano. Eles foram numerados como 440, 447, 525 e 528”. Mas a manobra não deu certo!
O pedido de investigação foi feito pelos relatores das CPIs mista e exclusiva do Senado - deputado Marco Maia (PT-RS) e o senador José Pimentel (PT-CE). Eles argumentaram que a tragédia da P-36 tirou a vida de 11 trabalhadores e gerou um custo para a estatal de US$ 2,2 bilhões. Já sobre a refinaria Bahia Blanca, eles alegaram que a operação pode ter causado um prejuízo de US$ 2,5 bilhões à Petrobrás. Diante da pressão do demo, os relatores até aceitaram excluir os pedidos. “Ocorre que não foi retirado da lista o requerimento de número 520, que pedia à Agência Nacional de Petróleo (ANP) cópia de relatórios relativos ao acidente na P-36. Ou seja, esse pedido foi aprovado sem que os oposicionistas percebessem”.
A decisão da CPI deve jogar os tucanos da defensiva. Aécio Neves, o cambaleante presidenciável do PSDB, terá maiores dificuldades para atrair os holofotes da mídia com os seus falsos discursos sobre “ética”. A tendência, segundo os próprios jornalões, é a do esvaziamento das duas comissões de inquérito. É uma pena! Seria uma ótima oportunidade para analisar o desastre causado pelo governo FHC na Petrobras, que quase foi privatizada. Também seria uma excelente chance para desvendar os crimes cometidos pelo tucanato. O parlamento até poderia solicitar uma impressão extra do livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que ajudou a desvendar os crimes dos PSDB.
*****
Leia também:
- O mau negócio da CPI da Petrobras
- CPI da Petrobras: o direito é a política
- CPI da Petrobras é o novo "mensalão"
- Aécio e Campos se unem na CPI
- A CPI e o contra-ataque do governo
- CPI da Petrobras e a privataria tucana
A oposição demotucana e a mídia venal levaram um baita susto no final da tarde de terça-feira (3). Os integrantes da CPI da Petrobras aprovaram o pedido de acesso a documentos que envolvem a situação na estatal no triste reinado do PSDB – inclusive sobre o grave acidente da plataforma P-36. Chocado, o Estadão registrou: “Oposição ‘cochila’ e CPI da Petrobras pede papeis da gestão FHC”. A comissão foi criada com o objetivo de desgastar o governo Dilma num ano de eleição presidencial. Diante da arapuca, a base governista decidiu dar o troco e partir para a ofensiva. Uma investigação profunda sobre a trajetória recente da poderosa estatal poderia resultar num tiro no pé dos partidos da direita.
Segundo Ricardo Brito, do jornal Estadão, os demos – fiéis aliados dos tucanos – ainda tentaram evitar o contragolpe. “Durante os debates, o deputado de oposição Onyx Lorenzoni (DEM-RS) pediu a exclusão de votação de quatro requerimentos que pediam cópia de relatórios e demais documentos referentes ao acidente da plataforma P-36, que afundou em março de 2001 durante o governo FHC, e dos processos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça, que envolvem a troca de ativos entre a Petrobrás e a companhia ibero-americana Repsol YPF, referente à refinaria de Bahia Blanca, no mesmo ano. Eles foram numerados como 440, 447, 525 e 528”. Mas a manobra não deu certo!
O pedido de investigação foi feito pelos relatores das CPIs mista e exclusiva do Senado - deputado Marco Maia (PT-RS) e o senador José Pimentel (PT-CE). Eles argumentaram que a tragédia da P-36 tirou a vida de 11 trabalhadores e gerou um custo para a estatal de US$ 2,2 bilhões. Já sobre a refinaria Bahia Blanca, eles alegaram que a operação pode ter causado um prejuízo de US$ 2,5 bilhões à Petrobrás. Diante da pressão do demo, os relatores até aceitaram excluir os pedidos. “Ocorre que não foi retirado da lista o requerimento de número 520, que pedia à Agência Nacional de Petróleo (ANP) cópia de relatórios relativos ao acidente na P-36. Ou seja, esse pedido foi aprovado sem que os oposicionistas percebessem”.
A decisão da CPI deve jogar os tucanos da defensiva. Aécio Neves, o cambaleante presidenciável do PSDB, terá maiores dificuldades para atrair os holofotes da mídia com os seus falsos discursos sobre “ética”. A tendência, segundo os próprios jornalões, é a do esvaziamento das duas comissões de inquérito. É uma pena! Seria uma ótima oportunidade para analisar o desastre causado pelo governo FHC na Petrobras, que quase foi privatizada. Também seria uma excelente chance para desvendar os crimes cometidos pelo tucanato. O parlamento até poderia solicitar uma impressão extra do livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que ajudou a desvendar os crimes dos PSDB.
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