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Publicado na Folha no último domingo (15), o artigo intitulado "Filhos da Ku-Klux-Klan" confirma que a sociedade estadunidense está totalmente doente. O império em declínio faz crescer o número de grupos fascistas, que pregam o ódio aos negros, imigrantes e homossexuais. Segundo a reportagem, assinada por Isabel Fleck, "o número dos grupos de ódio, que defendem a supremacia branca nos Estados Unidos, cresceu 56% desde 2000 e chegou a 940 em todo o país". Talvez sem a intenção, a jornalista ajuda a destruir o mito dos EUA como a "pátria da democracia" e da tolerância, que ainda ilude muita gente manipulada pela mídia colonizada.
Ela lembra que "a imagem de uma cruz incendiada por homens sob túnicas e capuzes brancos, para muitos, representa um ódio racial que ficou para trás nos EUA, após meio século da aprovação da Lei dos Direitos Civis no país. A cena, no entanto, segue sendo repetida a cada ano, por homens também encapuzados e identificados com a ideologia da Ku Klux Klan, durante congressos nacionais de grupos como o The Knights Party (Partido dos Cavaleiros), fundado em 1975".
Esta organização reúne 940 grupos de ódio em atividade nos EUA, segundo o Southern Poverty Law Center (SPLC), centro que mapeia esse tipo de atividade no país. De 2000 a 2013, o número dessas organizações subiu 56%. "O 'boom' ocorreu, na verdade, após a eleição de Barack Obama, o primeiro presidente negro do país, em 2008. Mark Potok, pesquisador do SPLC, no entanto, pondera: 'Não foi simplesmente pela eleição de Obama, mas principalmente pelos fatores que o levaram até lá, como a mudança na demografia nos EUA'. E tudo isso agravado pela crise econômica". A diminuição da população branca também ajudou a radicalizar o discurso racista. Estudo recente mostra que, até 2060, esta parcela cairá para 43%. Em 1960, os brancos representavam 85%.
"Hoje, o mapa do ódio é composto, principalmente, por grupos que pregam a supremacia branca e cristã, se opondo não só a negros, mas a tudo que 'foge' ao seu padrão de nação: imigrantes, judeus, muçulmanos e gays. Entre os supremacistas, estão os nacionalistas brancos, os chamados 'skinheads racistas', neonazistas e os próprios 'herdeiros' da Ku Klux Klan - estes com mais de 150 grupos e entre 5.000 e 8.000 membros. A maior presença dos supremacistas ainda é, como há 50 anos, em Estados do sul, como Mississippi, Tennessee e Geórgia", relata a jornalista.
William Johnson, presidente do American Freedom Party e líder de um ativo grupo de ódio, defende a proibição de casamentos entre brancos e negros e o separatismo, a fim de criar uma "nação branca". Para este maluco, "diversidade e multiculturalismo são sinônimos de genocídio branco. Eu quero que as nossas escolas primárias tenham só crianças loiras, de olhos claros, crescendo e aprendendo a ser boas para a comunidade. Eu não quero que nos tornemos o Brasil", afirmou à jornalista da Folha. O seu partido tem cerca de 2.000 membros e um candidato ao Senado na Virgínia Ocidental.
Esta visão fascista, amplamente difundida nos EUA, ajuda a explicar os bárbaros crimes que ocorrem frequentemente neste país. Segundo Matthew Drake, diretor da Unidade de Direitos Civis do FBI, "os grupos que defendem o ódio, certamente, têm um impacto sobre a prática de crimes nos EUA. Mas enquanto alguns dos mais notórios criminosos têm laços com esses grupos, outros agem por conta própria". No início de junho, um casal matou dois policiais em Las Vegas e deixou uma suástica sob os corpos. O império em declínio é realmente uma sociedade doente!
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1 comentários:
Uma observação interessante que li em outro site: Essas organizações racistas como a KKK estão tentando se repaginar (na maior cara-de-pau)como organizações "pró-direitos civis" dos brancos (supostamente marginalizados por "feministas" e "politicamente corretos").
Se perguntar para um encapuzado desses ele vai mentir na maior cara-dura que "não é racista", e vai argumentar que só está protegendo os direitos de seu povo.
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