Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Vou ser bem direto e pouquíssimo passional na análise do debate encerrado há pouco na Record.
Não mexe em nada com mais de 80% dos eleitores que, a esta altura, têm seu voto decidido para o próximo domingo.
A esta altura, exceto por revelações bombásticas, o clima é mais importante que os argumentos.
Como nada do que foi dito na Record foi bombástico, também não são bombásticos os efeitos do debate.
O que não quer dizer que são ou serão pequenos.
Dilma se moderou nas citações numéricas e estatísticas e produziu, de novo, fatos concretos.
Sobretudo na questão da segurança, como já postei aqui, ainda durante o debate.
Os argumentos de Aécio se desmontam com os números e é provável que a própria mídia os tenha de repercutir.
Mas, insisto, isso não é o essencial.
O essencial é que as pessoas possam se sentir seguras com Dilma, e sentir-lhe a segurança.
A eleição está dividida e como em toda a situação dividida, a confiança que se percebe e se transmite é decisiva.
Aécio pareceu-me bem menos seguro e a muitos deve ter dado também esta sensação.
Claro que não aos áulicos, mas os áulicos servem para bater palmas no estúdio, não mais que isso.
O fato é que a insegurança mudou de lado, em duas semanas.
Depois do desempenho ”surpreendente” de Aécio no primeiro turno (embora muitos já estivéssemos afirmando muito antes que ele e não Marina iria ao segundo turno) e do apoio que o tucano recebeu de praticamente todas as candidaturas, exceto a de Luciana Genro, a pergunta já não é mais se Dilma terá condições de resistir-lhe.
Mas se ele terá condições de ultrapassá-la.
Porque, mais que o resultado que se publica, a gente percebe no comportamento dos candidatos quando ele sabe está atrás ou à frente nas intenções de voto, porque tem dados muito mais precisos e confiáveis do que nós.
Aécio já não era o “desafiador”.
Mas o desafiante.
E nisso, ele foi xoxo.
Não poderia, como ocorreu, ter recebido “explicações” da candidata sobre o que significavam as coisas sobre as quais falava, como os bancos públicos, por exemplo.
Nada pior do que se mostrar despreparado. O que, apesar da oratória limitada, Dilma não se mostra.
Ele, muito mais do que ela, precisaria ter exibido solidez, porque depende de um “clima”.
E não exibiu justamente porque tem pouca solidez.
O debate do SBT, como o da Band, teve o tom certo para mobilizar apoiadores.
Aécio vinha de seu momento e, pelo visto, não conseguiu capitalizar o favoritismo com que emergiu das urnas do primeiro turno, quando poderia ter abatido a estabilidade que, há meses, a candidatura Dilma apresentava, justamente por ter esta solidez.
Seria uma nova “onda” e a “onda” foi quebrada com o confronto.
Já o da Record mirou os eleitores, não para os militantes.
E, para eles, Dilma acertou o tom.
Recuperou a segurança, a firmeza, a imagem tranquila.
A de favorita.
Vou ser bem direto e pouquíssimo passional na análise do debate encerrado há pouco na Record.
Não mexe em nada com mais de 80% dos eleitores que, a esta altura, têm seu voto decidido para o próximo domingo.
A esta altura, exceto por revelações bombásticas, o clima é mais importante que os argumentos.
Como nada do que foi dito na Record foi bombástico, também não são bombásticos os efeitos do debate.
O que não quer dizer que são ou serão pequenos.
Dilma se moderou nas citações numéricas e estatísticas e produziu, de novo, fatos concretos.
Sobretudo na questão da segurança, como já postei aqui, ainda durante o debate.
Os argumentos de Aécio se desmontam com os números e é provável que a própria mídia os tenha de repercutir.
Mas, insisto, isso não é o essencial.
O essencial é que as pessoas possam se sentir seguras com Dilma, e sentir-lhe a segurança.
A eleição está dividida e como em toda a situação dividida, a confiança que se percebe e se transmite é decisiva.
Aécio pareceu-me bem menos seguro e a muitos deve ter dado também esta sensação.
Claro que não aos áulicos, mas os áulicos servem para bater palmas no estúdio, não mais que isso.
O fato é que a insegurança mudou de lado, em duas semanas.
Depois do desempenho ”surpreendente” de Aécio no primeiro turno (embora muitos já estivéssemos afirmando muito antes que ele e não Marina iria ao segundo turno) e do apoio que o tucano recebeu de praticamente todas as candidaturas, exceto a de Luciana Genro, a pergunta já não é mais se Dilma terá condições de resistir-lhe.
Mas se ele terá condições de ultrapassá-la.
Porque, mais que o resultado que se publica, a gente percebe no comportamento dos candidatos quando ele sabe está atrás ou à frente nas intenções de voto, porque tem dados muito mais precisos e confiáveis do que nós.
Aécio já não era o “desafiador”.
Mas o desafiante.
E nisso, ele foi xoxo.
Não poderia, como ocorreu, ter recebido “explicações” da candidata sobre o que significavam as coisas sobre as quais falava, como os bancos públicos, por exemplo.
Nada pior do que se mostrar despreparado. O que, apesar da oratória limitada, Dilma não se mostra.
Ele, muito mais do que ela, precisaria ter exibido solidez, porque depende de um “clima”.
E não exibiu justamente porque tem pouca solidez.
O debate do SBT, como o da Band, teve o tom certo para mobilizar apoiadores.
Aécio vinha de seu momento e, pelo visto, não conseguiu capitalizar o favoritismo com que emergiu das urnas do primeiro turno, quando poderia ter abatido a estabilidade que, há meses, a candidatura Dilma apresentava, justamente por ter esta solidez.
Seria uma nova “onda” e a “onda” foi quebrada com o confronto.
Já o da Record mirou os eleitores, não para os militantes.
E, para eles, Dilma acertou o tom.
Recuperou a segurança, a firmeza, a imagem tranquila.
A de favorita.
2 comentários:
Pessoal de São Paulo, vamos conversar com os indecisos e aecistas sem convicção. É aqui que a eleição vai ser decidida, ele não pode abrir muita vantagem. Puxe conversa, se a pessoa for resistente ao PT, incentive a anular o voto. Argumentos não faltam. Bata na questão da falta d'água, aponte o verdadeiro culpado, o PSDB. Mostre os casos de corrupção de Aécio. Vamos tirar votos dele. Um voto a menos já ajuda. Dez votos a menos ajudam ainda mais. Se cada um tirar 5 votos dele em São Paulo, já faz diferença nessa eleição tão apertada. Agora, só ficar na internet não vai resolver. É na rua, na padaria, no borracheiro, no posto, na feira livre que a coisa ganha convicção. Olho no olho a coisa funciona mais. O que é se engajar durante uma semana pra não correr o risco de aguentar 4 anos de psdb? Vamo, gente. Vai ser apertado. Você, você mesmo que está lendo, pode fazer muita diferença. Vamos lá!
Aécio deu tremelique. Teve um momento no DilmaBate que a TV colocou tela dupla no exato momento em que Aécio buscava ar e tentava encher os pulmões, estava realmente muito nervoso. E olha que Dilma deu uma aliviada com o Aéciopórto, só citou o Mais Saúde Equino.
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