Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O velho Leonel Brizola, entre as centenas de frases memoráveis que criou, usava muito a que dizia que “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.
Não que eu ache que dissentir de um partido político e deixá-lo seja um ato de traição. Ao contrário, corresponde à liberdade de consciência do indivíduo e não há ideologia que possa se sobrepor a isso.
Em geral, permanecer onde não se quer estar leva a um comportamento de ódio e rancores como este que exibe a senadora Marta Suplicy.
Afastar-se do PT é seu direito. Atacar os companheiros de uma vida inteira de quem, agora, “descobriu” divergir, é outra.
Se é, como se especula, a ideia de voltar a candidatar-se à Prefeitura de São Paulo o que a move, pior ainda.
Marta, infelizmente, já deveria saber que foi, como candidata, desprezada pela direita e agora caminha para sê-lo pela esquerda.
Deveria lembrar-se da derrota para Serra, em 2004.
Com uma boa gestão na Prefeitura, nem assim conseguiu, marcada pela “chaga” do petismo, alcançar boa votação entre a classe média alta e a elite paulistana, malgrado suas origens aristocráticas.
Lula não a hostilizou nas prévias petistas em 2006, onde ela foi derrotada por Aloízio Mercadante. Ao contrário, abrigou-a como Ministra do Turismo onde, afinal, sua gestão pouco produziu, senão a infeliz e notória frase do “relaxa e goza”.
Também não usou seu poder, no auge da popularidade, para impor outro candidato ao PT para o Senado, em 2010, numa eleição onde seu poder de influenciar estava ao máximo.
E, convenhamos, perder em simpatia e companheirismo partidário para Aloizio Mercadante, é algo que exige muito trabalho.
Agora, com suas atitudes, percebe-se publicamente o comportamento da senadora, o qual já deveria ser conhecido daqueles que mais proximamente convivem com ela.
Paradoxal que pareça, falta nobreza a Marta.
Muitas de suas opiniões podem até ser corretas, mas é inexplicável que utilize os métodos mais abjetos para exercer sua “vingança”.
Escrever uma carta de demissão com arestas quando todos os ministros já estavam (ou deveriam estar) demissionários pela mudança de Governo e, agora, acusar Juca Ferreira, seu sucessor, por irregularidades que teve anos e anos para apontar e não fez, são atitudes que qualquer pessoa de boa-fé não pode acolher como gestos dignos, mas resultado de um caráter fraco e flácido.
Se o problema foi o de Lula não a ter ungido como candidata, pelo que que ela mostra ressentimento, vê-se que andou bem o ex-presidente em preteri-la, talvez pelas falhas morais que agora exibe.
O PT, realmente, precisa de muitas mudanças e uma delas certamente é deixar de viver este mundo de intrigas e favoritismos a que Marta Suplicy se entrega, onde princípios, coerência e seriedade começam a escassear.
Sim, de fato a frase que os jornais pinçaram de sua entrevista – “ou o PT muda ou se acaba” – pode ter sentido, para representar a necessidade do petismo de retomar suas origens populares.
Mas também vale, com uma pequena alteração, para a própria Marta.
Se ela muda para voltar às origens que tem na elite e deixa de lado o partido onde se tornou uma personagem nacional e exerce ou deveria exercer sua autoproclamada capacidade política,, é quase certo que ela se acaba, depois do brilhareco que a mídia lhe proporcionará.
Porque é sábia a frase do velho Briza.
A política ama a traição e, logo a seguir, abomina o traidor.
O velho Leonel Brizola, entre as centenas de frases memoráveis que criou, usava muito a que dizia que “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.
Não que eu ache que dissentir de um partido político e deixá-lo seja um ato de traição. Ao contrário, corresponde à liberdade de consciência do indivíduo e não há ideologia que possa se sobrepor a isso.
Em geral, permanecer onde não se quer estar leva a um comportamento de ódio e rancores como este que exibe a senadora Marta Suplicy.
Afastar-se do PT é seu direito. Atacar os companheiros de uma vida inteira de quem, agora, “descobriu” divergir, é outra.
Se é, como se especula, a ideia de voltar a candidatar-se à Prefeitura de São Paulo o que a move, pior ainda.
Marta, infelizmente, já deveria saber que foi, como candidata, desprezada pela direita e agora caminha para sê-lo pela esquerda.
Deveria lembrar-se da derrota para Serra, em 2004.
Com uma boa gestão na Prefeitura, nem assim conseguiu, marcada pela “chaga” do petismo, alcançar boa votação entre a classe média alta e a elite paulistana, malgrado suas origens aristocráticas.
Lula não a hostilizou nas prévias petistas em 2006, onde ela foi derrotada por Aloízio Mercadante. Ao contrário, abrigou-a como Ministra do Turismo onde, afinal, sua gestão pouco produziu, senão a infeliz e notória frase do “relaxa e goza”.
Também não usou seu poder, no auge da popularidade, para impor outro candidato ao PT para o Senado, em 2010, numa eleição onde seu poder de influenciar estava ao máximo.
E, convenhamos, perder em simpatia e companheirismo partidário para Aloizio Mercadante, é algo que exige muito trabalho.
Agora, com suas atitudes, percebe-se publicamente o comportamento da senadora, o qual já deveria ser conhecido daqueles que mais proximamente convivem com ela.
Paradoxal que pareça, falta nobreza a Marta.
Muitas de suas opiniões podem até ser corretas, mas é inexplicável que utilize os métodos mais abjetos para exercer sua “vingança”.
Escrever uma carta de demissão com arestas quando todos os ministros já estavam (ou deveriam estar) demissionários pela mudança de Governo e, agora, acusar Juca Ferreira, seu sucessor, por irregularidades que teve anos e anos para apontar e não fez, são atitudes que qualquer pessoa de boa-fé não pode acolher como gestos dignos, mas resultado de um caráter fraco e flácido.
Se o problema foi o de Lula não a ter ungido como candidata, pelo que que ela mostra ressentimento, vê-se que andou bem o ex-presidente em preteri-la, talvez pelas falhas morais que agora exibe.
O PT, realmente, precisa de muitas mudanças e uma delas certamente é deixar de viver este mundo de intrigas e favoritismos a que Marta Suplicy se entrega, onde princípios, coerência e seriedade começam a escassear.
Sim, de fato a frase que os jornais pinçaram de sua entrevista – “ou o PT muda ou se acaba” – pode ter sentido, para representar a necessidade do petismo de retomar suas origens populares.
Mas também vale, com uma pequena alteração, para a própria Marta.
Se ela muda para voltar às origens que tem na elite e deixa de lado o partido onde se tornou uma personagem nacional e exerce ou deveria exercer sua autoproclamada capacidade política,, é quase certo que ela se acaba, depois do brilhareco que a mídia lhe proporcionará.
Porque é sábia a frase do velho Briza.
A política ama a traição e, logo a seguir, abomina o traidor.
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