Por Igor Fuser, no jornal Brasil de Fato:
A instalação de um governo verdadeiramente de esquerda na Grécia, com a vitória eleitoral do Syriza, gerou uma onda de esperança em toda a Europa.
Em especial nos países mais devastados pelo desemprego e pelo corte de direitos sociais, como Espanha, Portugal e Irlanda, a luta por uma alternativa à austeridade neoliberal adquire agora uma inédita viabilidade nas urnas. Na Espanha, são grandes as chances de vitória do Podemos, o partido que nasceu dos protestos dos Indignados. Aqui, do outro lado do oceano, acompanhamos com o coração alegre esses avanços, procurando extrair lições da experiência europeia.
A primeira lição se refere à centralidade da luta pelo poder político. O Estado é o lugar da sociedade onde se condensa a correlação de forças, que se expressa em leis e em políticas públicas, adotadas a favor ou contra os interesses dos trabalhadores. É para o Estado que se voltam todas as expectativas da sociedade. Ignorar isso, na crença ingênua de que se pode “mudar o mundo sem tomar o poder”, significa entregar o terreno da política às classes dominantes.
Uma segunda lição se refere à necessidade de organizações políticas permanentes, com líderes visíveis e respeitados. O Syriza é uma coligação de pequenos partidos com raízes na longa tradição do marxismo na Grécia. Já o Podemos, com menos de um ano de existência, foi formado a partir da frustração com o declínio dos Indignados, iniciativa que se mostrou incapaz de traduzir as gigantescas manifestações de rua em força suficiente para alterar o rumo da política institucional.
Outro ensinamento dos companheiros gregos e espanhóis é a sabedoria em definir o inimigo principal e dirigir contra ele toda a energia da luta popular. Esse alvo é a política de “austeridade”, causadora do atual desastre social, e os políticos e burocratas que a executam. É claro que as medidas neoliberais nada mais são do que a expressão dos interesses da classe hegemônica no capitalismo global, a grande burguesia financeira. Mas é contra essas políticas, e não contra o capitalismo em geral, que se volta o descontentamento crescente das pessoas comuns, os famosos “99%”. Esse entendimento explica a clareza e a eficácia das lideranças políticas que impulsionam a atual guinada à esquerda na Europa.
A instalação de um governo verdadeiramente de esquerda na Grécia, com a vitória eleitoral do Syriza, gerou uma onda de esperança em toda a Europa.
Em especial nos países mais devastados pelo desemprego e pelo corte de direitos sociais, como Espanha, Portugal e Irlanda, a luta por uma alternativa à austeridade neoliberal adquire agora uma inédita viabilidade nas urnas. Na Espanha, são grandes as chances de vitória do Podemos, o partido que nasceu dos protestos dos Indignados. Aqui, do outro lado do oceano, acompanhamos com o coração alegre esses avanços, procurando extrair lições da experiência europeia.
A primeira lição se refere à centralidade da luta pelo poder político. O Estado é o lugar da sociedade onde se condensa a correlação de forças, que se expressa em leis e em políticas públicas, adotadas a favor ou contra os interesses dos trabalhadores. É para o Estado que se voltam todas as expectativas da sociedade. Ignorar isso, na crença ingênua de que se pode “mudar o mundo sem tomar o poder”, significa entregar o terreno da política às classes dominantes.
Uma segunda lição se refere à necessidade de organizações políticas permanentes, com líderes visíveis e respeitados. O Syriza é uma coligação de pequenos partidos com raízes na longa tradição do marxismo na Grécia. Já o Podemos, com menos de um ano de existência, foi formado a partir da frustração com o declínio dos Indignados, iniciativa que se mostrou incapaz de traduzir as gigantescas manifestações de rua em força suficiente para alterar o rumo da política institucional.
Outro ensinamento dos companheiros gregos e espanhóis é a sabedoria em definir o inimigo principal e dirigir contra ele toda a energia da luta popular. Esse alvo é a política de “austeridade”, causadora do atual desastre social, e os políticos e burocratas que a executam. É claro que as medidas neoliberais nada mais são do que a expressão dos interesses da classe hegemônica no capitalismo global, a grande burguesia financeira. Mas é contra essas políticas, e não contra o capitalismo em geral, que se volta o descontentamento crescente das pessoas comuns, os famosos “99%”. Esse entendimento explica a clareza e a eficácia das lideranças políticas que impulsionam a atual guinada à esquerda na Europa.
2 comentários:
Antes de tudo precisamos de um novo partido de esquerda aqui no Brasil.Os que estão aí já se corroperam e se tornaram outra coisa
este prayboy vai mandar recontar os votos de todas as eleiçoes do mundo a fora .o cara perdeu e nao aceita nao sai do palanque ele gostou que nao para de falar .o meu vai trabalhar ,o cara foi o pior senador ,e quer ser presidente do Brasil
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