Por Altamiro Borges
A primeira notícia desesperadora foi postada por Keila Jimenez, do site R7: “Além de ser alvo de críticas nas redes sociais, a nova aposta matinal da TV Globo, o ‘É de Casa’, fez a audiência da emissora cair. A estreia do programa marcou cinco pontos de média na Grande São Paulo, segundo medição prévia do Ibope. O SBT ficou em primeiro lugar no horário, com 6 pontos. Além de perder para a emissora de Silvio Santos, o novo programa derrubou o Ibope da Globo em seu horário, na comparação com o sábado anterior. Na semana passada, a média de audiência da Globo foi de 8 pontos... Nas redes sociais, o público reclamou da confusão de apresentadores e da falta de relevância dos assuntos comentados”.
Nos últimos dias, três notícias devem ter preocupado a
famiglia Marinho – o que talvez explique o recente “recuo tático” do
império na sua cruzada para incendiar o país e “sangrar” Dilma. Na semana
passada, a estreia do programa matinal “É de Casa” derrubou a audiência da TV
Globo. Já na sexta-feira (7), o Jornal Nacional perdeu em audiência até para a reprise de novela. Para piorar – e isto sim dói muito para os herdeiros
ricaços de Roberto Marinho –, uma pesquisa do Ibope Media confirmou a queda do
faturamento em anúncios publicitários nas TVs, jornais, revistas e
rádios. No primeiro semestre de 2015, a redução foi de 8,5% na comparação com o
mesmo período do ano passado.
A primeira notícia desesperadora foi postada por Keila Jimenez, do site R7: “Além de ser alvo de críticas nas redes sociais, a nova aposta matinal da TV Globo, o ‘É de Casa’, fez a audiência da emissora cair. A estreia do programa marcou cinco pontos de média na Grande São Paulo, segundo medição prévia do Ibope. O SBT ficou em primeiro lugar no horário, com 6 pontos. Além de perder para a emissora de Silvio Santos, o novo programa derrubou o Ibope da Globo em seu horário, na comparação com o sábado anterior. Na semana passada, a média de audiência da Globo foi de 8 pontos... Nas redes sociais, o público reclamou da confusão de apresentadores e da falta de relevância dos assuntos comentados”.
O site de entretenimento da Folha, o F5, foi ainda mais
cruel nos comentários sobre o fiasco global. “A estreia do novo programa
matinal da TV Globo, ‘É de Casa’, não precisou de muitos minutos para se tornar
logo o tema mais comentado do Twitter, mas isso não foi exatamente bom. Em seu
primeiro programa, os seis apresentadores (Ana Furtado, André Marques, Cissa
Guimarães, Patrícia Poeta, Tiago Leifert e Zeca Camargo) se revezaram em vários
temas lights pelos diversos cômodos da casa... No Twitter, o nome do programa
ficou a manhã inteira como o principal tópico. No entanto, poucos foram os
internautas que elogiaram a novidade. A maioria entrou na internet para
criticar o estilo do programa, opinar sobre o entrosamento dos apresentadores
e, em tom de escracho, pedir a volta da ‘TV Globinho’. Sobrou até para Boninho”.
Já na sexta-feira, a reprise do capítulo final da novela “O
Rei do Gado”, produzida em 1996, superou a audiência do “Jornal Nacional”. Ela
marcou 20,1 pontos no Ibope, enquanto o telejornal ficou novamente abaixo dos
vinte pontos (19,8) – o que é trágico para Ali Kamel, o diretor de
jornalismo da TV Globo, responsável maior pelo constante derretimento do JN. O
site “Notícias da TV” deu destaque para a queda de audiência do programa
apresentado por William Bonner. A página especializada em televisão há muito
tempo acompanha a lenta agonia do JN, que já chegou a invadir as telinhas da maioria dos lares brasileiros e atualmente empacou nos “míseros” 20 pontos do
Ibope.
O sumiço dos anúncios publicitários
A queda de audiência, porém, não é o fator que mais preocupa
os três filhos de Roberto Marinho – que não têm nome próprio, segundo o afiado
blogueiro Paulo Henrique Amorim. O que mais incomoda é a crise do modelo de
negócios que atinge a mídia tradicional, decorrente da explosão da internet e
da queda de credibilidade dos seus variados veículos. Na semana passada, o
Ibope Media divulgou uma pesquisa que mostra que o faturamento com anúncios publicitários
nas TVs abertas, jornais, revistas e rádios somados caiu 8,5% no primeiro
semestre de 2015. O império global, que usufrui de uma poderosa propriedade
cruzada de meios, é o que mais sente o tombo.
Segundo o estudo, o meio mais atingido foi o de revistas,
com queda de 20,9% na publicidade – para desespero da 'Veja' – , seguido pelos jornais (-9,7%) e rádios
(-10,2%). Já a TV aberta teve redução de 7,2%. O Ibope não sabe precisar
se as empresas reduziram o número de anúncios ou negociaram preços menores. O
fato é que elas fizeram cortes drásticos no setor. A Unilever, maior
anunciante do país, investiu neste período menos R$ 528 milhões em publicidade
– corte de 25% na comparação com o ano anterior. A Nestlé cortou R$ 194 milhões
(menos 37,3%). As duas maiores cervejarias, cortaram juntas R$ 579 milhões
(cortes de 30,5% e 41% respectivamente). Três grandes bancos que estão na lista
dos 30 maiores anunciantes (CEF, Itaú e Bradesco) cortaram R$ 495 milhões.
A violenta queda da receita em publicidade gerou um comentário irônico de Helena Sthephanowitz, do sempre atento blog Amigos do presidente Lula: "Os números demonstram que a crise na mídia tradicional é muito maior do que a crise na economia brasileira como um todo. É como se o PIB da velha mídia encolhesse 8,5%... Diante deste quadro a continuidade do noticiário 'terrorista', alarmista e desequilibrado – como se fosse uma campanha eleitoral da oposição radicalizada –, revela-se na prática uma campanha publicitária para 'vender' mais e mais... crise. Resultado: espanta consumidores, investidores e anunciantes".
Ou seja: na sua campanha terrorista para incendiar o Brasil e "sangrar" ou derrubar Dilma, a mídia tradicional, em especial a Rede Globo, está engolindo o seu próprio veneno!
*****
Leia também:
- Não dá para confiar na famiglia Marinho
- A marcha golpista e a 'moderação' da Globo
- Globo e Dilma: é o 4G, estúpido!
- O colar de cebola de Ana Maria 'Brega'
- Sobre o curioso editorial do jornal O Globo
- O dono da Globo e os senadores do PT
- Editorial do Globo: me engana que eu gosto
- Como Aécio reagirá ao editorial do Globo?
A violenta queda da receita em publicidade gerou um comentário irônico de Helena Sthephanowitz, do sempre atento blog Amigos do presidente Lula: "Os números demonstram que a crise na mídia tradicional é muito maior do que a crise na economia brasileira como um todo. É como se o PIB da velha mídia encolhesse 8,5%... Diante deste quadro a continuidade do noticiário 'terrorista', alarmista e desequilibrado – como se fosse uma campanha eleitoral da oposição radicalizada –, revela-se na prática uma campanha publicitária para 'vender' mais e mais... crise. Resultado: espanta consumidores, investidores e anunciantes".
Ou seja: na sua campanha terrorista para incendiar o Brasil e "sangrar" ou derrubar Dilma, a mídia tradicional, em especial a Rede Globo, está engolindo o seu próprio veneno!
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