Por Altamiro Borges
Na ocasião, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo repudiou a medida e protocolou carta na Justiça pedindo a suspensão das demissões. O cenário, porém, só se agravou, com novos atrasos de salários e um clima de terror nas redações da Editora 3. Em maio passado, os profissionais chegaram a cogitar a deflagração de uma greve contra a truculência patronal, o que não se viabilizou. Agora, novos cortes, fechamento de revistas e atrasos de salário. Com menos funcionários, menos qualidade jornalística e uma linha editorial cada vez mais partidarizada e desacreditada, a Editora 3 parece caminhar para o precipício e a revista "QuantoÉ" pode estar com os seus dias contados.
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A revista IstoÉ - também apelidada nos meios jornalísticos de "QuantoÉ" pelas práticas mercenárias de seus donos - está agonizando. Isto talvez ajude a explicar porque nos últimos anos ela adotou uma linha editorial tão partidarizada e raivosa, que beira a insanidade, contra o governo Dilma. Sabe-se lá quais negociatas foram tramadas para tentar salvar a publicação editada pela falida Editora 3. O certo é que a sua decadência prejudica os planos do PSDB, que utilizou a revista como palanque nas eleições do ano passado. Nos últimos meses, a Editora 3 definhou. Nesta semana, ela encerrou mais um dos seus títulos, a revista "Status", demitiu jornalistas e atrasou novamente o pagamento dos salários.
Segundo matéria do Portal Imprensa, estas medidas confirmam a grave crise financeira da empresa, que alegou "queda na arrecadação de publicidade". "Fontes afirmam que alguns diretores da Editora 3 estão com um ou dois meses de salários atrasados e que o chamado 'chão de fábrica' teria recebido o vale do dia 20 com atraso, mas que não teria recebido o restante dos vencimentos na última segunda-feira (5)". Em março passado, a empresa já havia fechado a revista "IstoÉ Gente" e demitido 20% dos jornalistas das várias redações. A medida afetou principalmente os profissionais que atuavam em regime CLT, ficando apenas os contratados como Pessoa Jurídica (PJ), sem direitos trabalhistas.
Na ocasião, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo repudiou a medida e protocolou carta na Justiça pedindo a suspensão das demissões. O cenário, porém, só se agravou, com novos atrasos de salários e um clima de terror nas redações da Editora 3. Em maio passado, os profissionais chegaram a cogitar a deflagração de uma greve contra a truculência patronal, o que não se viabilizou. Agora, novos cortes, fechamento de revistas e atrasos de salário. Com menos funcionários, menos qualidade jornalística e uma linha editorial cada vez mais partidarizada e desacreditada, a Editora 3 parece caminhar para o precipício e a revista "QuantoÉ" pode estar com os seus dias contados.
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1 comentários:
Caro Miro,
É com muita tristeza que constato isso... Você foi o primeiro a falar, os outros se focaram muito nas revistas Veja e Época. Fui assinante fiel de ISTOÉ, na década de 80 e 90. Era uma alternativa à Revista VEJA e tinha Mino Carta, Nirlando Beirão, Luiz Gonzaga Belluzzo, Bob Fernandes, entre outros. Hoje comete esse crime contra sua própria história. Um jornalismo de esgoto, abjeto, repugnante....
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