Editorial do site Vermelho:
A esperteza tentada, na última quinta-feira (19) pelo governo de São Paulo contra estudantes, professores e o povo, revela mais uma vez o caráter autoritário e manipulador do tucano Geraldo Alckmin. Foi o anúncio de que suspenderia o plano de fechar escolas desde que a comunidade deixasse os prédios ocupados em protesto contra aquele plano neoliberal, cujo número passou de 100 nesta segunda-feira (dia 23).
A esperteza não deu certo. E o protesto de alunos, professores e pais foi reforçado, nesta segunda-feira, pela decisão da Justiça de São Paulo de rejeitar os pedidos de reintegração de posse feitos pela administração paulista.
O governo tucano de São Paulo esconde seus reais objetivos atrás de argumentos aparentemente técnicos e pedagógicos. Alega que vai diminuir o número de escolas porque a procura por vagas teria caído juntamente com a taxa de natalidade, o que reduz o número de crianças. Diz também que o objetivo é criar escolas com apenas um ciclo em cada uma delas – os dois fundamentais e ensino médio.
É uma falácia que esconde o real objetivo que segue a cartilha neoliberal: cortar verbas para a educação.
A pretendida redução no número de escolas poderá levar a um corte de R$ 2 bilhões no orçamento da Educação para 2016. O valor previsto é de R$ 28,4 bilhões, inferior aos R$ 30,4 bilhões que alcançaria se fosse pelo menos corrigido pela inflação.
O governo do tucano Geraldo Alckmin manda fechar escolas ao mesmo tempo em que, em 2014, mandou construir 49 novos presídios. A lógica de guerra que prevalece nas ações da Polícia Militar pode ser vista na repressão aos protestos – e esteve presente, claro, nas ações contra a ocupação de escolas e manifestações contra o rejeitado plano de Alckmin, quando muitos foram presos, entre eles as presidentas Ângela Meyer, da Upes (União Paulista dos Estudantes Secundaristas), e Camila Lanes, da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas).
A lógica sangrenta é vista com força nas estatísticas de mortos pela polícia. Dados do Grupo de Estudos sobre a Violência e Administração de Conflitos (Gevac) da Universidade de São Carlos (Ufscar) mostram que, entre 2009 e 2011, cerca de 910 jovens entre 15 e 29 anos foram assassinados pela polícia de Alckmin. Em 2014, apenas na capital paulista, foram mortos pela polícia 706 jovens – 1,94 assassinatos por dia!
A Apeoesp denunciou que 1.464 escolas, em 162 municípios, poderão ser atingidas pela condenada “reorganização”. Hoje, a rede estadual tem 5.108 escolas e 3,8 milhões de alunos; mais de 300 mil serão afetados pela mudança, segundo admite a própria Secretaria da Educação. Se Alckmin transformar seu plano em realidade, colocará em risco o emprego de 57 mil professores – mais de 20% dos atuais 251,9 mil da rede estadual.
A resistência não para aqui, garantem as lideranças dos estudantes. Camila Lanes assegura que as ocupações vão continuar até a revogação do plano de fechar escolas. “Nossa meta é chegar a 100 escolas ocupadas nesse final de semana”, afirmou. Ângela Meyer concordou. “Não permitiremos nenhuma escola fechada” e reforçou: “mas vamos ocupar e resistir!”
A luta dos jovens, professores e da comunidade em defesa da escola contra o desmonte planejado pelo governo neoliberal de São Paulo teve um efeito colateral indesejado por Geraldo Alckmin – ajuda a desfazer a máscara de bom-moço que o mandatário tucano tenta manter a todo custo. E faz aumentar a taxa de rejeição que ele começa a acumular, como revelam as pesquisas de opinião.
A esperteza tentada, na última quinta-feira (19) pelo governo de São Paulo contra estudantes, professores e o povo, revela mais uma vez o caráter autoritário e manipulador do tucano Geraldo Alckmin. Foi o anúncio de que suspenderia o plano de fechar escolas desde que a comunidade deixasse os prédios ocupados em protesto contra aquele plano neoliberal, cujo número passou de 100 nesta segunda-feira (dia 23).
A esperteza não deu certo. E o protesto de alunos, professores e pais foi reforçado, nesta segunda-feira, pela decisão da Justiça de São Paulo de rejeitar os pedidos de reintegração de posse feitos pela administração paulista.
O governo tucano de São Paulo esconde seus reais objetivos atrás de argumentos aparentemente técnicos e pedagógicos. Alega que vai diminuir o número de escolas porque a procura por vagas teria caído juntamente com a taxa de natalidade, o que reduz o número de crianças. Diz também que o objetivo é criar escolas com apenas um ciclo em cada uma delas – os dois fundamentais e ensino médio.
É uma falácia que esconde o real objetivo que segue a cartilha neoliberal: cortar verbas para a educação.
A pretendida redução no número de escolas poderá levar a um corte de R$ 2 bilhões no orçamento da Educação para 2016. O valor previsto é de R$ 28,4 bilhões, inferior aos R$ 30,4 bilhões que alcançaria se fosse pelo menos corrigido pela inflação.
O governo do tucano Geraldo Alckmin manda fechar escolas ao mesmo tempo em que, em 2014, mandou construir 49 novos presídios. A lógica de guerra que prevalece nas ações da Polícia Militar pode ser vista na repressão aos protestos – e esteve presente, claro, nas ações contra a ocupação de escolas e manifestações contra o rejeitado plano de Alckmin, quando muitos foram presos, entre eles as presidentas Ângela Meyer, da Upes (União Paulista dos Estudantes Secundaristas), e Camila Lanes, da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas).
A lógica sangrenta é vista com força nas estatísticas de mortos pela polícia. Dados do Grupo de Estudos sobre a Violência e Administração de Conflitos (Gevac) da Universidade de São Carlos (Ufscar) mostram que, entre 2009 e 2011, cerca de 910 jovens entre 15 e 29 anos foram assassinados pela polícia de Alckmin. Em 2014, apenas na capital paulista, foram mortos pela polícia 706 jovens – 1,94 assassinatos por dia!
A Apeoesp denunciou que 1.464 escolas, em 162 municípios, poderão ser atingidas pela condenada “reorganização”. Hoje, a rede estadual tem 5.108 escolas e 3,8 milhões de alunos; mais de 300 mil serão afetados pela mudança, segundo admite a própria Secretaria da Educação. Se Alckmin transformar seu plano em realidade, colocará em risco o emprego de 57 mil professores – mais de 20% dos atuais 251,9 mil da rede estadual.
A resistência não para aqui, garantem as lideranças dos estudantes. Camila Lanes assegura que as ocupações vão continuar até a revogação do plano de fechar escolas. “Nossa meta é chegar a 100 escolas ocupadas nesse final de semana”, afirmou. Ângela Meyer concordou. “Não permitiremos nenhuma escola fechada” e reforçou: “mas vamos ocupar e resistir!”
A luta dos jovens, professores e da comunidade em defesa da escola contra o desmonte planejado pelo governo neoliberal de São Paulo teve um efeito colateral indesejado por Geraldo Alckmin – ajuda a desfazer a máscara de bom-moço que o mandatário tucano tenta manter a todo custo. E faz aumentar a taxa de rejeição que ele começa a acumular, como revelam as pesquisas de opinião.
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