Foto: Jornalistas Livres |
Os estudantes que ocupam as 205 escolas contra o plano de reorganização proposto por Alckmin, que pretende fechar 92 colégios, estão sendo cada vez mais coagidos a se renderem, seja pela truculência da polícia militar, por grupos não identificados que entram nos colégios para furtar objetos e agora, com o decreto do governador tucano lançado nesta terça-feira (1º), no diário oficial de São Paulo, que autoriza a transferência de professores para a implementação do plano.
O decreto será utilizado "nos casos em que as escolas da rede estadual deixarem de atender um ou mais segmentos ou quando passarem a atender novos segmentos". O que significa o decreto emitido por Alckmin nesta terça? A diretora da Apeoesp, Francisca Seixas, afirma que o decreto é mais uma demonstração de truculência do governo do governo tucano. “O decreto só reafirma a falta de diálogo e intransigência, mesmo com toda a insatisfação popular que o plano de reorganização que o plano vem gerando.
Em um áudio vazado no domingo (31), de uma reunião que ocorreu com a secretaria de ensino e 40 dirigentes escolares, Fernando Padula, chefe de gabinete do secretário de educação Herman Voorwald, anunciou que o decreto da reorganização escolar sairá nesta terça-feira (1º) e lançou estratégias para desqualificar o movimento dos estudantes ocupados, com o apoio da de praxe da truculência da Polícia Militar.
Como estão proibidos judicialmente de executar a reintegração de posse, as armas do governo Alckmin para desmobilizar o movimento de educação é o uso da violência para propagar o medo e os estudantes ocupados, que já estão sentindo na pele as consequências da reunião que culminou com a declaração de guerra contra os estudantes.
Na escola Maria José, localizada na região central da capital paulista, indivíduos que se dizem pais de alunos, portando barras de ferro em conjunto com a Policia Militar, tentavam nesta terça-feira de manhã (1º) arrombar os cadeados e forçar a entrada no local.
Em Osasco, a Escola Coronel Sampaio foi atacada por pessoas não identificadas. O grupo depredou o colégio, furtou objetos, ateou fogo no local e não foram impedidos pela Polícia Militar em suas ações, que reforçavam o coro com os depredadores, lançando bombas no colégio. Dois estudantes saíram feridos do local. Coincidência ou não, Fernando Pádula, o mesmo que declarou guerra contra as ocupações no domingo, foi visto no colégio durante as ações de violência.
Em algumas escolas ocupadas, estudantes contam que são ameaçados por estranhos à paisana, quando não são presos pela polícia militar, como ocorreu no colégio Honório Monteiro. Em outros colégios, a forma de coagir o movimento é cortando a água das ocupações.
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