Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
No ambiente político desembaçado pela decisão do STF em relação ao ritual do impeachment, o governo encerra o ano parlamentar buscando acertar os ponteiros com os líderes da coalizão com vistas à nova etapa que virá com a reabertura do Congresso, em fevereiro. Hoje à tarde o ministro Ricardo Berzoini reúne-se com os líderes aliados para um balanço do que já passou – e o pior já teria passado, na avaliação palaciana – buscando recompor a base para enfrentar a tramitação do impeachment na Câmara logo que o Congresso reabrir. À noite, a presidente Dilma abre o Alvorada para uma confraternização com os aliados, para a qual está convidando ministros, deputados e senadores.
Embora o governo tenha cogitado de patrocinar uma convocação extraordinária do Congresso a partir de 11 de janeiro, o tema não estará na agenda da reunião de hoje com Berzoini. Depois da decisão do STF, segundo líderes governistas, a medida tornou-se desnecessária. A Câmara é que terá de realizar uma nova eleição da comissão especial do impeachment, assunto que será tratado por Eduardo Cunha, também hoje, à tarde com os líderes da Casa. Nesta reunião ficará claro que tipo de manobra ele e seus aliados tentarão implementar para driblar a proibição de chapa avulsa feito pelo STF para a nova eleição que terá de ser com voto aberto.
Além de achar desnecessária a convocação extraordinária, o governo não quer indispor-se com o presidente do Senado, Renan Calheiros, que é contrário, justamente agora em que ele está muito próximo de Dilma e fustigando o vice Michel Temer, alvo de suas movimentações para tomar-lhe o controle do PMDB.
Na reunião com os líderes, Berzoini tratará sobretudo de mapear os focos de insatisfação nas bancadas para reduzir a infidelidade e a disposição de votar a favor da autorização de abertura de processo de impeachment. Segundo levantamento do Datafolha, 31% se dispõem a votar a favor do governo, o que poderia corresponder, numa projeção que não tem o mesmo valor de uma pequisa, a 159 votos, quando o governo precisará de 171.
A oposição, por seu lado, segundo o mesmo levantamento, está mais distante de seu objetivo, contando com 42% dos votos, ou cerca de 215, quando precisará de 342.
À noite, na confraternização, Dilma deve agradecer aos aliados com que contou ao longo deste ano em que desceu aos infernos na economia e na política mas do qual está conseguindo sair viva e com perspectivas melhores para 2016. Se conseguir barrar o impeachment, seja na Câmara ou mesmo no Senado, e seu novo ministro da Fazenda conseguir a mágica de não decepcionar o mercado em matéria fiscal e animar o setor produtivo mitigando a recessão, Dilma poderá sonhar com um ano novo melhor.
No ambiente político desembaçado pela decisão do STF em relação ao ritual do impeachment, o governo encerra o ano parlamentar buscando acertar os ponteiros com os líderes da coalizão com vistas à nova etapa que virá com a reabertura do Congresso, em fevereiro. Hoje à tarde o ministro Ricardo Berzoini reúne-se com os líderes aliados para um balanço do que já passou – e o pior já teria passado, na avaliação palaciana – buscando recompor a base para enfrentar a tramitação do impeachment na Câmara logo que o Congresso reabrir. À noite, a presidente Dilma abre o Alvorada para uma confraternização com os aliados, para a qual está convidando ministros, deputados e senadores.
Embora o governo tenha cogitado de patrocinar uma convocação extraordinária do Congresso a partir de 11 de janeiro, o tema não estará na agenda da reunião de hoje com Berzoini. Depois da decisão do STF, segundo líderes governistas, a medida tornou-se desnecessária. A Câmara é que terá de realizar uma nova eleição da comissão especial do impeachment, assunto que será tratado por Eduardo Cunha, também hoje, à tarde com os líderes da Casa. Nesta reunião ficará claro que tipo de manobra ele e seus aliados tentarão implementar para driblar a proibição de chapa avulsa feito pelo STF para a nova eleição que terá de ser com voto aberto.
Além de achar desnecessária a convocação extraordinária, o governo não quer indispor-se com o presidente do Senado, Renan Calheiros, que é contrário, justamente agora em que ele está muito próximo de Dilma e fustigando o vice Michel Temer, alvo de suas movimentações para tomar-lhe o controle do PMDB.
Na reunião com os líderes, Berzoini tratará sobretudo de mapear os focos de insatisfação nas bancadas para reduzir a infidelidade e a disposição de votar a favor da autorização de abertura de processo de impeachment. Segundo levantamento do Datafolha, 31% se dispõem a votar a favor do governo, o que poderia corresponder, numa projeção que não tem o mesmo valor de uma pequisa, a 159 votos, quando o governo precisará de 171.
A oposição, por seu lado, segundo o mesmo levantamento, está mais distante de seu objetivo, contando com 42% dos votos, ou cerca de 215, quando precisará de 342.
À noite, na confraternização, Dilma deve agradecer aos aliados com que contou ao longo deste ano em que desceu aos infernos na economia e na política mas do qual está conseguindo sair viva e com perspectivas melhores para 2016. Se conseguir barrar o impeachment, seja na Câmara ou mesmo no Senado, e seu novo ministro da Fazenda conseguir a mágica de não decepcionar o mercado em matéria fiscal e animar o setor produtivo mitigando a recessão, Dilma poderá sonhar com um ano novo melhor.
1 comentários:
Espero que 2016 seja melhor para todos nós Brasileiros. Preocupante é esta sinalização do governo em inviabilizar a aposentadoria de milhões de trabalhadores que contribuíram por décadas com a previdência e agora são ameaçados de perderem o direito de se aposentarem. Pois é o que ocorrerá, caso seja aprovada a proposta aventada por setores do governo de definir idade mínima de 65 anos. Será um duro golpe nestes milhões de brasileiros que estão a poucos anos ou meses de alcançarem o tempo mínimo vigente de contribuição pela regra atual, 35 anos. Se o problema da previdência é orçamento, acho que a forma mais adequada de melhorar o caixa preservando o direito de todos seria reajustar os valores da alíquota de contribuição.
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