domingo, 3 de abril de 2016

'Folha' admite que o golpe é inviável

Por Jeferson Miola

Em editorial publicado na versão online deste sábado, 2 de março, a Folha de São Paulo admite que o golpe é inviável. Como disse o Chico Buarque na manifestação na Cinelândia no dia 31, eles não conseguirão como conseguiram em 1954 e 1964; “de novo não”.

O Grupo Folha “... passa a se incluir entre os que preferem a renúncia à deposição constitucional”. A Folha entende que “embora existam motivos para o impedimento, até porque a legislação estabelece farta gama de opções, nenhum deles é irrefutável [sic].

O jornal também sustenta que “pedaladas fiscais são razão questionável”, um mero pretexto golpista para interromper o mandato presidencial de uma Presidente eleita por 54.501.188 brasileiras/os para governar o país até 31 de dezembro de 2018.

O jornal admite que “o impeachment tenderá a deixar um rastro de ressentimento” e, é bom alertar, um cenário de instabilidade, incertezas, violência e de divisão da sociedade brasileira.

A Folha presta um serviço à democracia reconhecendo que nenhum dos motivos que Cunha, Temer, Aécio, Serra e outros sócios golpistas inventaram para tentar derrubar Dilma “é irrefutável”. A Folha é, assim, o primeiro conglomerado da mídia golpista a reconhecer o que as multidões nas ruas indicam: a execução do impeachment sem crime de responsabilidade, que é o equivalente a golpe, é uma loucura que vai incendiar o país.

O esperneio é livre. Na democracia, a Folha tem o direito [antipático e inócuo] de sugerir que a Presidente Dilma renuncie, mesmo que faça só depois de constatar que a canoa golpista do impeachment na qual compartilha o controle do leme com Cunha, Temer, Aécio, Serra, Globo, Estadão, Veja, IstoÉ, Época, Gilmar, Moro etc, joga o Brasil no abismo.

Na mesma democracia, a Folha tem a obrigação de aceitar a decisão legítima da Presidente eleita por 54.501.118 brasileiras/os de não renunciar. A Dilma já disse que não renuncia e que, com a avalanche democrática e popular que toma o país, vai resistir para impedir um golpe que assume cada vez mais características fascistas.

Passou da hora de a Folha e os sócios da empreitada golpista cessar a violência política para desestabilizar e incendiar o país.

Respeitem a democracia!

3 comentários:

Anônimo disse...

Para a Dilma renunciar, ANTES, seria necessário:
O Alckmin e o Richa, renunciarem, e também renunciarem, o Temer, o Renan, o Cunha, todos os Deputados Federais, todos os Senadores, todos os demais Governadores, todos os Deputados Estaduais, todos os Ministros do STF e o PGR.
Obs.:
Para Prefeitos e Vereadores, já teremos eleições em 2016.

Anônimo disse...

É claro que essa tentativa descarada de golpe foi um erro da Globo. Afinal, a Dilma foi eleita democraticamente. Isso é uma total afronta ao povo brasileiro.
O resultado disso será uma baderna total. E que as pessoas se lembrem quem jogou o nosso país nessa situação.

Foram os perdedores Globo e PSDB.

Psic. Paulo R. Rech disse...

Esperemos que saia fortalecida para uma real revolução na mídia. Não precisamos de corrupção, mas também não precisamos de mídias corporativas e que ferem os interesses da nação, verdadeiros câncer da sociedade