Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Já que o Governo Temer se mostrou tão zeloso em cortar a publicidade dos blogs e sites progressistas – e não deste aqui, que jamais recebeu um tostão – vou dar minha cota de colaboração para que todos vejam que, quando é para dar publicidade a grande mídia vale tudo, até transformar jornais cariocas e paulistas em gaúchos e usar para isso matéria legal, publicada por determinação judicial.
O caso é o seguinte: o Instituto de Defesa do Consumidor de Crédito ganhou uma ação contra o Banco do Brasil por cobranças indevida de mutuários, na modesta comarca de Garibaldi, cidade gaúcha de 30 mil habitantes. E o juiz, certamente para informar aos tomadores do crédito, mandou publicar a sentença em “cinco dias intercalados, sem exclusão da edição de domingo”, em “três jornais de grande circulação no Rio Grande do Sul, na dimensão mínima de 20x20 cm”.
Decisão dada, decisão cumprida.
Só que o juiz certamente não contava que isso fosse gerar uma “marreta” para os jornalões de toda parte
Na sexta-feira, na página 22, no domingo, na página 32 e hoje, na 25, lá estão em O Globo os “tijolões” que o juiz mandou colocar em jornais de grande circulação no Rio Grande do Sul.
Calculado a preço de tabela para a chamada “matéria legal”, saem pela bagatela de R$ 61 mil cada, nos quatro dias úteis e R$ 82,5 mil no domingo.
No total, R$ 326 mil reais, mais do que custaria a publicação na Zero Hora, Correio do Povo e Jornal do Comércio – jornais, estes sim, do RS – somados.
Na Folha, onde o edital hoje está na página A26, o “pacote” custa meio milhão de reais, pela tabela em circulação nacional.
No Estadão é mais baratinho, se entrou como publicidade legal: “só” R$ 300 mil e o anúncio está lá, na página B5 do “jornal gaúcho” dos Mesquita.
Um milhão e pico de reais só por um simples edital judicial que era para ser publicado apenas no Rio Grande do Sul, que tal?
Daria para comprar o “triplex do Lula” que não é do Lula.
É essa a turma do Governo e da mídia que reclama de uns anúncios mixurucas que o governo federal punha em alguns blogs? E, repito, não neste, que não recebeu dele um tostão sequer.
E olhem que isso é apenas um casinho, pego por um velho ranzinza que já cuidou de publicidade e se deu ao trabalho de pegar um gatinho em pleno pulo.
Porque esse é apenas “um trocado”, que este blogueiro aqui – limpinho , limpinho, podem vir em cima, porque vivo das contribuições dos leitores e dos anúncios do Google – mostra para que se tenha ideia da exploração perversa que fizeram com publicações e profissionais respeitáveis que, por menos que isso, foram expostos como se fossem aproveitadores do dinheiro público.
Já que o Governo Temer se mostrou tão zeloso em cortar a publicidade dos blogs e sites progressistas – e não deste aqui, que jamais recebeu um tostão – vou dar minha cota de colaboração para que todos vejam que, quando é para dar publicidade a grande mídia vale tudo, até transformar jornais cariocas e paulistas em gaúchos e usar para isso matéria legal, publicada por determinação judicial.
O caso é o seguinte: o Instituto de Defesa do Consumidor de Crédito ganhou uma ação contra o Banco do Brasil por cobranças indevida de mutuários, na modesta comarca de Garibaldi, cidade gaúcha de 30 mil habitantes. E o juiz, certamente para informar aos tomadores do crédito, mandou publicar a sentença em “cinco dias intercalados, sem exclusão da edição de domingo”, em “três jornais de grande circulação no Rio Grande do Sul, na dimensão mínima de 20x20 cm”.
Decisão dada, decisão cumprida.
Só que o juiz certamente não contava que isso fosse gerar uma “marreta” para os jornalões de toda parte
Na sexta-feira, na página 22, no domingo, na página 32 e hoje, na 25, lá estão em O Globo os “tijolões” que o juiz mandou colocar em jornais de grande circulação no Rio Grande do Sul.
Calculado a preço de tabela para a chamada “matéria legal”, saem pela bagatela de R$ 61 mil cada, nos quatro dias úteis e R$ 82,5 mil no domingo.
No total, R$ 326 mil reais, mais do que custaria a publicação na Zero Hora, Correio do Povo e Jornal do Comércio – jornais, estes sim, do RS – somados.
Na Folha, onde o edital hoje está na página A26, o “pacote” custa meio milhão de reais, pela tabela em circulação nacional.
No Estadão é mais baratinho, se entrou como publicidade legal: “só” R$ 300 mil e o anúncio está lá, na página B5 do “jornal gaúcho” dos Mesquita.
Um milhão e pico de reais só por um simples edital judicial que era para ser publicado apenas no Rio Grande do Sul, que tal?
Daria para comprar o “triplex do Lula” que não é do Lula.
É essa a turma do Governo e da mídia que reclama de uns anúncios mixurucas que o governo federal punha em alguns blogs? E, repito, não neste, que não recebeu dele um tostão sequer.
E olhem que isso é apenas um casinho, pego por um velho ranzinza que já cuidou de publicidade e se deu ao trabalho de pegar um gatinho em pleno pulo.
Porque esse é apenas “um trocado”, que este blogueiro aqui – limpinho , limpinho, podem vir em cima, porque vivo das contribuições dos leitores e dos anúncios do Google – mostra para que se tenha ideia da exploração perversa que fizeram com publicações e profissionais respeitáveis que, por menos que isso, foram expostos como se fossem aproveitadores do dinheiro público.
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