Fernanda Takai, vocalista do grupo Pato Fu, em ato-evento pelas Diretas Já em Belo Horizonte |
Na noite desta sexta-feira (16), milhares de pessoas se reuniram na Praça da Estação, região central de Belo Horizonte, para pedir a saída de Michel Temer e Diretas Já para a escolha de um novo presidente.
O ato foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, e pela União Nacional dos Estudantes (Une). Outras manifestações já aconteceram em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre. Segundo organizadores, 40 mil pessoas estiveram no ato-evento. Entre os artistas presentes no evento estavam Fernanda Takai, vocalista do grupo Pato Fu, e nomes como Chico Amaral, Juarez Moreira, Érika Machado, Titane, Sérgio Pererê, Afonsinho, Aline Calixto, Maurício Tizumba, entre outros.
Em discurso durante a manifestação, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, ressaltou que a eventual queda de Temer, no atual cenário, não é suficiente. "O Fora Temer só não basta. Porque tem gente que está até aceitando tirar o Temer, mas para o Congresso Nacional decidir quem vai ser o presidente do Brasil. A gente não aceita. Nós temos hoje, com algumas honradas exceções, o Congresso mais desmoralizado e sem autoridade da história desse país. Não tem condição de aprovar nada, quanto mais eleger quem vai ser o presidente do Brasil."
Boulos alertou ainda para a necessidade de se manter a mobilização contra as reformas que tramitam no Congresso Nacional. "As Diretas precisam ser uma bandeira nossa que venha junto com os direitos. É Diretas e barrar a reforma da Previdência; é Diretas e barrar a reforma trabalhista, essa é a agenda que a gente tem que garantir, e é só na rua que vamos conseguir transformar isso em realidade."
Também presente no evento, o ex-ministro Ciro Gomes também chamou as pessoas a participarem das manifestações. "A tragédia que se abate sobre o povo brasileiro na democracia, na economia, no drama social de 14,3 milhões de desempregados, 10 milhões de brasileiros empurrados para a informalidade, reprimidos, e desorganizando a vida, encontram na política nesse momento o vexame, a roubalheira e a impunidade. Só com um milagre é possível mudar esse caminho de tragédia que ainda vai pesar muito sobre todos nós", disse.
"Só há um caminho e esse caminho não está na mão dos políticos nesse momento. A política precisa ser feita, mas a política nesse instante precisa, e precisa desesperadamente, que o povo brasileiro, seus trabalhadores, seus sindicatos, suas comunidades, associações, os estudantes e a juventude ocupem a rua, esquentem o protesto e digam à Brasília: chega, não aguentamos mais! Chega, nenhum direito a menos! Chega, o golpe já passou de qualquer limite! O povo brasileiro precisa mais do que nunca da sua unidade e ocupar a rua de forma quente", conclamou Ciro.
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