Por Altamiro Borges
O “prefake” João Doria, com seu estilo marqueteiro de governar São Paulo, não está agradando nem os tucanos históricos. Nesta sexta-feira (23), durante uma palestra para empresários do setor médico em um hotel na Zona Sul da capital paulista, o principal mentor intelectual do PSDB, o velhaco FHC, ironizou a gestão do novato no ninho. Segundo relato da insuspeita rádio Jovem Pan, “o ex-presidente da República disse que não viu ainda muitas realizações de João Doria Júnior, mas ressaltou que ele é bom em utilizar redes sociais e celulares. ‘Isto aqui [celular] está no meu bolso, não na minha alma. O mundo hoje tem isso aqui na alma. O prefeito está fazendo algum sucesso porque manipula isso aqui o dia inteiro. Ele mudou alguma coisa? Eu ainda não vi. Mas [mexer] aqui ele sabe’, afirmou”.
A declaração de FHC confirma que as bicadas no ninho são cada dia mais sangrentas. Os tucanos não se entendem. Uma parte prega a imediata debandada do covil golpista de Michel Temer, temendo o desgaste eleitoral. Outra parte insiste em continuar na base de sustentação da quadrilha no poder, mamando nas tetas do Estado. Além deste impasse, a briga no ninho antecipa a definição do PSDB sobre o futuro presidenciável da sigla. O cambaleante Aécio Neves virou pó com as delações sobre as propinas dos chefões da JBS; o governador Geraldo Alckmin – o “Santo” das planilhas da Odebrecht – também está fragilizado; e o doente José Serra sumiu do noticiário. Neste cenário conturbado, o “prefake” João Doria despontou como potencial candidato.
FHC e outros velhos tucanos, porém, não toleram o novato no ninho. Nos bastidores, eles tratam o “prefake” como uma farsa. Para viabilizar sua candidatura à prefeitura paulistana, João Doria teve o apoio do governador paulista. Na ocasião, FHC, Serra e outros fundadores do PSDB ainda tentaram reagir ao rolo compressor do Palácio dos Bandeirantes, mas foram derrotados por Geraldo Alckmin. Hoje, porém, o criador e a criatura estão com as relações abaladas. O “picolé de chuchu” até acionou seus aspones para enquadrar o filhote oportunista. A ironia de FHC deve tornar ainda mais sangrentas as bicadas no ninho. A conferir!
Em tempo: como lembrou a Folha neste sábado (23), “esse não é o primeiro estranhamento público entre FHC e Doria. Em março, por exemplo, em entrevista ao jornal ‘O Globo’, FHC comentou o discurso do prefeito de que é ‘gestor, e não político’ e a viabilidade de ele concorrer ao Planalto em 2018. ‘O Brasil está cheio de bons gestores e nem todos viram líderes. O importante na política é ser líder. Liderança você constrói e leva tempo. Para governar, tem também que ter credibilidade. Isso não é igual a popularidade’. Doria rebateu no primeiro evento público em seguida. ‘Respeito muito o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas eu só lembro que ele previu que eu não seria eleito nas prévias para ser candidato pelo PSDB’, disse. ‘FHC apoiou outro candidato, o que não muda minha admiração. Ele mesmo já confessou que, quando comecei a campanha para prefeito de SP, acreditava que eu não seria eleito. Venci as duas. Os dois primeiros prognósticos do FHC ele errou’”.
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O “prefake” João Doria, com seu estilo marqueteiro de governar São Paulo, não está agradando nem os tucanos históricos. Nesta sexta-feira (23), durante uma palestra para empresários do setor médico em um hotel na Zona Sul da capital paulista, o principal mentor intelectual do PSDB, o velhaco FHC, ironizou a gestão do novato no ninho. Segundo relato da insuspeita rádio Jovem Pan, “o ex-presidente da República disse que não viu ainda muitas realizações de João Doria Júnior, mas ressaltou que ele é bom em utilizar redes sociais e celulares. ‘Isto aqui [celular] está no meu bolso, não na minha alma. O mundo hoje tem isso aqui na alma. O prefeito está fazendo algum sucesso porque manipula isso aqui o dia inteiro. Ele mudou alguma coisa? Eu ainda não vi. Mas [mexer] aqui ele sabe’, afirmou”.
A declaração de FHC confirma que as bicadas no ninho são cada dia mais sangrentas. Os tucanos não se entendem. Uma parte prega a imediata debandada do covil golpista de Michel Temer, temendo o desgaste eleitoral. Outra parte insiste em continuar na base de sustentação da quadrilha no poder, mamando nas tetas do Estado. Além deste impasse, a briga no ninho antecipa a definição do PSDB sobre o futuro presidenciável da sigla. O cambaleante Aécio Neves virou pó com as delações sobre as propinas dos chefões da JBS; o governador Geraldo Alckmin – o “Santo” das planilhas da Odebrecht – também está fragilizado; e o doente José Serra sumiu do noticiário. Neste cenário conturbado, o “prefake” João Doria despontou como potencial candidato.
FHC e outros velhos tucanos, porém, não toleram o novato no ninho. Nos bastidores, eles tratam o “prefake” como uma farsa. Para viabilizar sua candidatura à prefeitura paulistana, João Doria teve o apoio do governador paulista. Na ocasião, FHC, Serra e outros fundadores do PSDB ainda tentaram reagir ao rolo compressor do Palácio dos Bandeirantes, mas foram derrotados por Geraldo Alckmin. Hoje, porém, o criador e a criatura estão com as relações abaladas. O “picolé de chuchu” até acionou seus aspones para enquadrar o filhote oportunista. A ironia de FHC deve tornar ainda mais sangrentas as bicadas no ninho. A conferir!
Em tempo: como lembrou a Folha neste sábado (23), “esse não é o primeiro estranhamento público entre FHC e Doria. Em março, por exemplo, em entrevista ao jornal ‘O Globo’, FHC comentou o discurso do prefeito de que é ‘gestor, e não político’ e a viabilidade de ele concorrer ao Planalto em 2018. ‘O Brasil está cheio de bons gestores e nem todos viram líderes. O importante na política é ser líder. Liderança você constrói e leva tempo. Para governar, tem também que ter credibilidade. Isso não é igual a popularidade’. Doria rebateu no primeiro evento público em seguida. ‘Respeito muito o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas eu só lembro que ele previu que eu não seria eleito nas prévias para ser candidato pelo PSDB’, disse. ‘FHC apoiou outro candidato, o que não muda minha admiração. Ele mesmo já confessou que, quando comecei a campanha para prefeito de SP, acreditava que eu não seria eleito. Venci as duas. Os dois primeiros prognósticos do FHC ele errou’”.
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