Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
“Nasce o anti-Lula”.
É preciso mais do que a chamada de capa, oito meses depois de João Doria ter passado a se fantasiar de gari e xingar Lula em todo o lugar onde abria a boca para se perceber o quando de “novidade” e “jornalismo” na Istoé desta semana?
Mas o release do prefeito de São Paulo não se constrange vai além: diz que ele “desponta” na política brasileira (a esta altura!) e “se consagra” como o adversário de Lula “segundo as mais recentes pesquisas”!
No melhor estilo de um folder de propaganda de Dória,a víbora vai na veia dos tucanos graduados: “Doria hoje, antes de entrar em campo, já se posiciona à frente de Aécio e Alckmin nas pesquisas e só uma disposição insana de repetir propostas do passado levaria a esquadra tucana a desconsiderar esse cenário”.
Como prova da popularidade do dândi paulistano, cita a apoteose com que foi recebido num voo de São Paulo a Dubai!
Há parágrafos que são verdadeiras comédias:
Nos salões internacionais suas conquistas têm sido tão ou mais reverenciadas. Em maio passado, as vésperas de pipocar o escândalo que devastaria quase toda a classe política – com a delação tsunâmica do empresário Joesley Batista – Doria recebeu a distinção de “Homem do Ano”, em Nova York, concedida pela Câmara de Comércio Brasil/EUA. Em meio ao evento, o creme de la crème da classe produtiva nacional e figuras de proa do mundo dos negócios globais. Nos elegantes salões da Big Apple, a plateia saudou o prefeito em êxtase. Bill Rhodes, ex-presidente do Citibank e ex-secretário de economia dos EUA, disse que Doria trouxe novos ares ao Brasil. O ex-prefeito de NY, Michael Bloomberg, o classificou como “referência”. Outro de seus admiradores, o ex-governador da Califórnia e ator hollywoodiano, Arnold Schwarzenegger, fez questão de vir a São Paulo cumprimentá-lo pessoalmente com um “hello, mr. President”.
A capacidade de Dória é exemplificada pelo fato de ter ganho umas quinquilharias eletrônicas de empresas chinesas, todas de olho, claro, em ganhar mil vezes o preço das miçangas e espelhinhos que deram ao sujeito deslumbrado.
O mais importante, porém, é o que a propaganda dorista revela, aliás, expressamente: “Doria, por sua vez, avisou que não irá disputar prévias. Ele teria de ser ungido por preferência da maioria, com indicação direta da agremiação, ou nada feito.”
A revista, claro, é algo que não serve nem para embrulhar peixe, tamanho o risco de contaminação.
O relevante é que, nela, a víbora mostra as presas, bem diante do chuchu.
“Nasce o anti-Lula”.
É preciso mais do que a chamada de capa, oito meses depois de João Doria ter passado a se fantasiar de gari e xingar Lula em todo o lugar onde abria a boca para se perceber o quando de “novidade” e “jornalismo” na Istoé desta semana?
Mas o release do prefeito de São Paulo não se constrange vai além: diz que ele “desponta” na política brasileira (a esta altura!) e “se consagra” como o adversário de Lula “segundo as mais recentes pesquisas”!
No melhor estilo de um folder de propaganda de Dória,a víbora vai na veia dos tucanos graduados: “Doria hoje, antes de entrar em campo, já se posiciona à frente de Aécio e Alckmin nas pesquisas e só uma disposição insana de repetir propostas do passado levaria a esquadra tucana a desconsiderar esse cenário”.
Como prova da popularidade do dândi paulistano, cita a apoteose com que foi recebido num voo de São Paulo a Dubai!
Há parágrafos que são verdadeiras comédias:
Nos salões internacionais suas conquistas têm sido tão ou mais reverenciadas. Em maio passado, as vésperas de pipocar o escândalo que devastaria quase toda a classe política – com a delação tsunâmica do empresário Joesley Batista – Doria recebeu a distinção de “Homem do Ano”, em Nova York, concedida pela Câmara de Comércio Brasil/EUA. Em meio ao evento, o creme de la crème da classe produtiva nacional e figuras de proa do mundo dos negócios globais. Nos elegantes salões da Big Apple, a plateia saudou o prefeito em êxtase. Bill Rhodes, ex-presidente do Citibank e ex-secretário de economia dos EUA, disse que Doria trouxe novos ares ao Brasil. O ex-prefeito de NY, Michael Bloomberg, o classificou como “referência”. Outro de seus admiradores, o ex-governador da Califórnia e ator hollywoodiano, Arnold Schwarzenegger, fez questão de vir a São Paulo cumprimentá-lo pessoalmente com um “hello, mr. President”.
A capacidade de Dória é exemplificada pelo fato de ter ganho umas quinquilharias eletrônicas de empresas chinesas, todas de olho, claro, em ganhar mil vezes o preço das miçangas e espelhinhos que deram ao sujeito deslumbrado.
O mais importante, porém, é o que a propaganda dorista revela, aliás, expressamente: “Doria, por sua vez, avisou que não irá disputar prévias. Ele teria de ser ungido por preferência da maioria, com indicação direta da agremiação, ou nada feito.”
A revista, claro, é algo que não serve nem para embrulhar peixe, tamanho o risco de contaminação.
O relevante é que, nela, a víbora mostra as presas, bem diante do chuchu.
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