Por Adilson Araújo, no site da CTB:
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) considera as declarações do presidente do TST (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Ives Gandra, publicada nesta segunda-feira (6), no jornal Folha de São Paulo, uma afronta à trajetória de luta da classe trabalhadora pela conquista, ampliação dos direitos e proteção social.
O que o presidente do TST desdenha em sua entrevista uma cesta mínima de direitos fruto de décadas de luta. E seu discurso não tem outro objetivo senão colocar água no moinho daqueles que, em nome da modernidade, querem praticar o maior ataque do capital contra o trabalho, reforçando a agenda ultraliberal liderada por Michel Temer e impondo à classe trabalhadora o ônus da crise.
Ao afirmar em entrevista que “...nunca vou conseguir combater desemprego só aumentando direito...", Gandra sinaliza positivamente para a ampliação da precarização no mundo do trabalho, já que afirma que para gerar emprego, a classe trabalhadora pode ser submetida a uma realidade sem direitos como: férias, 13º salário, descanso semanal remunerado, redução da jornada, entre muitos outros.
De acordo com o estudo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, por exemplo, pode contribuir diretamente para a distribuição de renda no país, pois os trabalhadores poderiam se apropriar dos ganhos da produtividade e, assim, um círculo virtuoso na economia.
O polêmico presidente do TST que já impediu, por decisão na Corte a divulgação da lista das empresas autuadas pela Justiça pelo crime de trabalho escravo, também defendeu publicamente a reforma trabalhista. Ao afirmar que é necessário "modernizar a legislação” porque sem isso “o investidor não investe no Brasil", Gandra assina sua defesa de que a nova legislação trabalhista foi elaborada para servir aos patrões, e não para equilibrar a relação de trabalho. Pelo contrário, sua defesa é pelo trabalho sem igualdade, equidade e o salário digno.
Declarações como essas revelam o tamanho do desafio que o país e a classe trabalhadora precisam enfrentar na atual etapa. Somente com unidade, resistência e luta enfrentaremos tamanha ofensiva e o movimento sindical deve assumir seu lugar na linha de frente dessa batalha.
O movimento sindical deve orientar a classe trabalhadora sobre o está em jogo, fortalecendo suas bases e denunciando os efeitos desta brutal ofensiva que mira direitos conquistados após duras lutas.
Ives Gandra erra não só por ferir a histórica luta da classe trabalhadora, mas também porque agride e defende a retirada de direitos de uma parcela importante da sociedade que luta por emprego, salário digno e uma vida sem miséria.
* Adilson Araújo é presidente nacional da CTB.
Ao afirmar em entrevista que “...nunca vou conseguir combater desemprego só aumentando direito...", Gandra sinaliza positivamente para a ampliação da precarização no mundo do trabalho, já que afirma que para gerar emprego, a classe trabalhadora pode ser submetida a uma realidade sem direitos como: férias, 13º salário, descanso semanal remunerado, redução da jornada, entre muitos outros.
De acordo com o estudo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, por exemplo, pode contribuir diretamente para a distribuição de renda no país, pois os trabalhadores poderiam se apropriar dos ganhos da produtividade e, assim, um círculo virtuoso na economia.
O polêmico presidente do TST que já impediu, por decisão na Corte a divulgação da lista das empresas autuadas pela Justiça pelo crime de trabalho escravo, também defendeu publicamente a reforma trabalhista. Ao afirmar que é necessário "modernizar a legislação” porque sem isso “o investidor não investe no Brasil", Gandra assina sua defesa de que a nova legislação trabalhista foi elaborada para servir aos patrões, e não para equilibrar a relação de trabalho. Pelo contrário, sua defesa é pelo trabalho sem igualdade, equidade e o salário digno.
Declarações como essas revelam o tamanho do desafio que o país e a classe trabalhadora precisam enfrentar na atual etapa. Somente com unidade, resistência e luta enfrentaremos tamanha ofensiva e o movimento sindical deve assumir seu lugar na linha de frente dessa batalha.
O movimento sindical deve orientar a classe trabalhadora sobre o está em jogo, fortalecendo suas bases e denunciando os efeitos desta brutal ofensiva que mira direitos conquistados após duras lutas.
Ives Gandra erra não só por ferir a histórica luta da classe trabalhadora, mas também porque agride e defende a retirada de direitos de uma parcela importante da sociedade que luta por emprego, salário digno e uma vida sem miséria.
* Adilson Araújo é presidente nacional da CTB.
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