Por Tadeu Porto, no blog Cafezinho:
De repente, o assunto da política brasileira convergiu para a família Bolsonaro.
De um instante para o outro, o jornal Folha de São Paulo centrou suas armas no deputado carioca e disparou, dia após dia, contra: de suspeição de patrimônio incompatível, passando por megalômano e acusação de inflar dados, o jornal paulista também acusou o “mito” de receber auxílio moradia mesmo tendo apartamento fixo em Brasília.
Ok, desmascarar o Bolsonaro é bom e necessário nesses tempos de fascismo dando cria, contudo, quem acompanha a política brasileira mais de perto, certamente estranhou o momento que a Folha escolher para atacar o futuro presidenciável do PSL.
Afinal, denúncias de patrimônio acumulado ou auxílio moradia antigo poderia aparecer a qualquer momento. Há décadas “os Bolsonaros” estão por aí falando bobagens e há anos o patriarca da família tem pretensões presidenciais. O DCM do nosso querido Kiko Nogueira, por exemplo, em novembro do ano passado deu o mesmíssimo furo que a família Frias apresentou agora e a mídia tradicional não pareceu interessada.
Contudo, com o passar do tempo, a Folha escancarou seu objetivo: trabalhar exaustivamente para viabilizar Alckmin – o governador do seu estado – como candidato a presidente do país.
Não coincidentemente, no mesmo dia em que apontou a metralhadora para a família Bolsonaro e começou a atirar, o jornal paulista recebeu (e publicou) a notícia do PSDB de que o Alckmin precisava crescer entre 10% a 15% até abril para se viabilizar como candidato.
E parece muito bem ter assimilado o recado, pois, desde então, o jornal paulista engatou uma sequência de pautas positivas: acusou Temer de fazer propaganda com obra do Alckmin; deu espaço para o governador responder as pretensões do partido e as críticas de FHC e já lançou a coordenação da equipe econômica do tucano (Pérsio Arida).
Entretanto, mostrando que o partidarismo da mídia tradicional não tem limites – nem o seu golpismo – o jornal dos frias parece ter colocado a cereja do bolo no “empurrãozinho” [está mais para carregar no colo, mas empurrão fica mais legal no texto] à candidatura do governador: uma pesquisa “entre leitores” que coloca Alckmin a frente do Lula.
Vincular no jornal de maior circulação do país números que mostram o presidente do PSDB a frente do ex-presidente Lula (no caderno Poder de hoje, 11/01, Alckmin tem duas matérias incluindo a tal pesquisa), mesmo que numa pesquisa feita sabe-se lá com quantas pessoas ou qual método, não tem outro objetivo a não ser tentar alavancar o tucano.
Não tenho dúvidas que, daqui a pouquinho, o PSDB vai fazer um “meme” comemorando esse fato e a Folha dará ainda mais espaços para Alckmin “comemorar liderança entre os leitores da Folha”.
E a mídia vai jogando para todos os lados, de Alckmin a Huck, para tentar parar o fenômeno Lula.
De repente, o assunto da política brasileira convergiu para a família Bolsonaro.
De um instante para o outro, o jornal Folha de São Paulo centrou suas armas no deputado carioca e disparou, dia após dia, contra: de suspeição de patrimônio incompatível, passando por megalômano e acusação de inflar dados, o jornal paulista também acusou o “mito” de receber auxílio moradia mesmo tendo apartamento fixo em Brasília.
Ok, desmascarar o Bolsonaro é bom e necessário nesses tempos de fascismo dando cria, contudo, quem acompanha a política brasileira mais de perto, certamente estranhou o momento que a Folha escolher para atacar o futuro presidenciável do PSL.
Afinal, denúncias de patrimônio acumulado ou auxílio moradia antigo poderia aparecer a qualquer momento. Há décadas “os Bolsonaros” estão por aí falando bobagens e há anos o patriarca da família tem pretensões presidenciais. O DCM do nosso querido Kiko Nogueira, por exemplo, em novembro do ano passado deu o mesmíssimo furo que a família Frias apresentou agora e a mídia tradicional não pareceu interessada.
Contudo, com o passar do tempo, a Folha escancarou seu objetivo: trabalhar exaustivamente para viabilizar Alckmin – o governador do seu estado – como candidato a presidente do país.
Não coincidentemente, no mesmo dia em que apontou a metralhadora para a família Bolsonaro e começou a atirar, o jornal paulista recebeu (e publicou) a notícia do PSDB de que o Alckmin precisava crescer entre 10% a 15% até abril para se viabilizar como candidato.
E parece muito bem ter assimilado o recado, pois, desde então, o jornal paulista engatou uma sequência de pautas positivas: acusou Temer de fazer propaganda com obra do Alckmin; deu espaço para o governador responder as pretensões do partido e as críticas de FHC e já lançou a coordenação da equipe econômica do tucano (Pérsio Arida).
Entretanto, mostrando que o partidarismo da mídia tradicional não tem limites – nem o seu golpismo – o jornal dos frias parece ter colocado a cereja do bolo no “empurrãozinho” [está mais para carregar no colo, mas empurrão fica mais legal no texto] à candidatura do governador: uma pesquisa “entre leitores” que coloca Alckmin a frente do Lula.
Vincular no jornal de maior circulação do país números que mostram o presidente do PSDB a frente do ex-presidente Lula (no caderno Poder de hoje, 11/01, Alckmin tem duas matérias incluindo a tal pesquisa), mesmo que numa pesquisa feita sabe-se lá com quantas pessoas ou qual método, não tem outro objetivo a não ser tentar alavancar o tucano.
Não tenho dúvidas que, daqui a pouquinho, o PSDB vai fazer um “meme” comemorando esse fato e a Folha dará ainda mais espaços para Alckmin “comemorar liderança entre os leitores da Folha”.
E a mídia vai jogando para todos os lados, de Alckmin a Huck, para tentar parar o fenômeno Lula.
0 comentários:
Postar um comentário