Por Bepe Damasco, em seu blog:
Embora a direita tenha unidade estratégica, conforme assinalou o professor Valter Pomar, dirigente nacional do PT, em artigo no qual demole as baboseiras ditas pelo deputado Marcelo Freixo, em entrevista para a Folha de São Paulo, as movimentações dos golpistas até aqui visando a eleição presidencial deste ano expõem uma autêntica “briga de foice no escuro”.
Pomar se referia à unidade da burguesia em torno da maior regressão social da história e da rapina das riquezas estratégicas do país. Contudo, sob a perspectiva da disputa pelo governo da República, era de se prever que, faltando dez meses para o pleito, a direita já tivesse um candidato dotado de capacidade para aglutinar as forças políticas que representam a elite mais atrasada e mesquinha do planeta.
Em relação à candidatura de extrema direita, está em curso o que qualquer observador minimamente atento da cena política sabia de cor e salteado que ocorreria: a defenestração de Jair Bolsonaro, que já é visto como fósforo riscado pelo establishment, depois de prestar o inestimável serviço de disseminar o ódio e os valores fascistas na sociedade. Enquanto interessou, Bolsonaro foi usado à larga para sedimentar o antipetismo e fomentar o clima propício para o golpe de Estado.
As matérias do cartel da mídia denunciando as falcatruas da família Bolsonaro envolvendo compra de imóveis e recebimentos indevidos de auxílio-moradia são só o começo. Certamente vem mais chumbo grosso por aí. Até porque desalojá-lo do segundo lugar nas pesquisas não será propriamente um passeio no parque, já que, além de uma sólida militância virtual, ele desfruta de forte apoio entre os milhões de brasileiros convertidos ao seu ideário das trevas.
Como o centro político se esfarelou com o cavalo de pau golpista, o panorama das costuras eleitorais, a esta altura do campeonato, é de fazer tremer os edifícios da Fiesp e da Fenaban, tradicionais cidadelas dos financiadores dos projetos políticos da direita. E o drama da busca por um candidato viável eleitoralmente nas fileiras do conservadorismo antidemocrático só aumenta a cada pesquisa eleitoral. Para desespero dos capitalistas, Lula segue firme, enfrentando e vencendo a mais sórdida perseguição já sofrida por um político brasileiro. Daí o empenho da ditadura de toga para alijá-lo da disputa.
O primeiro ensaio da burguesia, na sua peleja para encontrar um candidato, teve como protagonista o prefeito de São Paulo, João Dória. Boquirroto, falastrão e reacionário até a medula, queimou a largada ao abandonar a prefeitura para se aventurar na construção de sua candidatura presidencial. Logo seria abatido em pleno voo pelo seu padrinho traído, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que ainda controla a máquina partidária. Dória se viu forçado a fazer de forma melancólica o caminho de volta para casa.
Aí entra em campo o candidato do "plim-plim", o global Luciano Huck, parceiro de longa data de Aécio Neves. Tentou posar como “o novo na política” e nome com potencial para destronar os velhos e carcomidos políticos e partidos. Bastou, porém, Lula dizer em praça pública que seu sonho dourado era enfrentar um candidato com o símbolo da Globo na testa para o rapaz “enfiar a viola no saco”. Em paralelo, o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, passa a emitir sinais de que o fracasso de sua política econômica lhe subiu à cabeça e também se diz candidato a candidato.
No capítulo seguinte, chega a vez de Alckmin tentar se cacifar como porta-voz do golpe e das contrarreformas. Mas o problema são as pesquisas, sempre elas. Mal nas sondagens eleitorais, o militante da Opus Dei abre caminho para outros aventureiros. Picado pela mosca azul, o deputado Rodrigo Maia, que costuma se eleger no Rio de Janeiro com pífia votação, se apresenta também como candidato a defensor do legado golpista. Huck, então, desiste de desistir e apela até para campanha antecipada no Faustão. Sabujo dos filhos de Roberto Marinho, o colunista Merval Pereira, de O Globo, cumpre sua parte e relança o candidato da casa.
Oxalá continuem batendo cabeça. No voto, todos têm encontro marcado com o vexame eleitoral. Basta que tenham pela frente Luiz Inácio Lula da Silva.
Embora a direita tenha unidade estratégica, conforme assinalou o professor Valter Pomar, dirigente nacional do PT, em artigo no qual demole as baboseiras ditas pelo deputado Marcelo Freixo, em entrevista para a Folha de São Paulo, as movimentações dos golpistas até aqui visando a eleição presidencial deste ano expõem uma autêntica “briga de foice no escuro”.
Pomar se referia à unidade da burguesia em torno da maior regressão social da história e da rapina das riquezas estratégicas do país. Contudo, sob a perspectiva da disputa pelo governo da República, era de se prever que, faltando dez meses para o pleito, a direita já tivesse um candidato dotado de capacidade para aglutinar as forças políticas que representam a elite mais atrasada e mesquinha do planeta.
Em relação à candidatura de extrema direita, está em curso o que qualquer observador minimamente atento da cena política sabia de cor e salteado que ocorreria: a defenestração de Jair Bolsonaro, que já é visto como fósforo riscado pelo establishment, depois de prestar o inestimável serviço de disseminar o ódio e os valores fascistas na sociedade. Enquanto interessou, Bolsonaro foi usado à larga para sedimentar o antipetismo e fomentar o clima propício para o golpe de Estado.
As matérias do cartel da mídia denunciando as falcatruas da família Bolsonaro envolvendo compra de imóveis e recebimentos indevidos de auxílio-moradia são só o começo. Certamente vem mais chumbo grosso por aí. Até porque desalojá-lo do segundo lugar nas pesquisas não será propriamente um passeio no parque, já que, além de uma sólida militância virtual, ele desfruta de forte apoio entre os milhões de brasileiros convertidos ao seu ideário das trevas.
Como o centro político se esfarelou com o cavalo de pau golpista, o panorama das costuras eleitorais, a esta altura do campeonato, é de fazer tremer os edifícios da Fiesp e da Fenaban, tradicionais cidadelas dos financiadores dos projetos políticos da direita. E o drama da busca por um candidato viável eleitoralmente nas fileiras do conservadorismo antidemocrático só aumenta a cada pesquisa eleitoral. Para desespero dos capitalistas, Lula segue firme, enfrentando e vencendo a mais sórdida perseguição já sofrida por um político brasileiro. Daí o empenho da ditadura de toga para alijá-lo da disputa.
O primeiro ensaio da burguesia, na sua peleja para encontrar um candidato, teve como protagonista o prefeito de São Paulo, João Dória. Boquirroto, falastrão e reacionário até a medula, queimou a largada ao abandonar a prefeitura para se aventurar na construção de sua candidatura presidencial. Logo seria abatido em pleno voo pelo seu padrinho traído, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que ainda controla a máquina partidária. Dória se viu forçado a fazer de forma melancólica o caminho de volta para casa.
Aí entra em campo o candidato do "plim-plim", o global Luciano Huck, parceiro de longa data de Aécio Neves. Tentou posar como “o novo na política” e nome com potencial para destronar os velhos e carcomidos políticos e partidos. Bastou, porém, Lula dizer em praça pública que seu sonho dourado era enfrentar um candidato com o símbolo da Globo na testa para o rapaz “enfiar a viola no saco”. Em paralelo, o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, passa a emitir sinais de que o fracasso de sua política econômica lhe subiu à cabeça e também se diz candidato a candidato.
No capítulo seguinte, chega a vez de Alckmin tentar se cacifar como porta-voz do golpe e das contrarreformas. Mas o problema são as pesquisas, sempre elas. Mal nas sondagens eleitorais, o militante da Opus Dei abre caminho para outros aventureiros. Picado pela mosca azul, o deputado Rodrigo Maia, que costuma se eleger no Rio de Janeiro com pífia votação, se apresenta também como candidato a defensor do legado golpista. Huck, então, desiste de desistir e apela até para campanha antecipada no Faustão. Sabujo dos filhos de Roberto Marinho, o colunista Merval Pereira, de O Globo, cumpre sua parte e relança o candidato da casa.
Oxalá continuem batendo cabeça. No voto, todos têm encontro marcado com o vexame eleitoral. Basta que tenham pela frente Luiz Inácio Lula da Silva.
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