Por Renato Rovai, em seu blog:
A democracia brasileira foi tomada de assalto aos poucos por uma combinação terrível de integrantes do Ministério Público, Judiciário e grupos de mídia, com destaque especial para as Organizações Globo.
Isso não aconteceu de uma única golada, como se costuma dizer nos botequins. Foi aos poucos, de golinho. E, tendo a considerar que começou a ficar sério na aprovação da Lei da Ficha Limpa, em maio de 2010. O conteúdo dessa lei que nunca me empolgou é muito mais moral do que qualquer outra coisa. E desequilibrou os poderes permitindo que o judiciário e o MP assumissem um protagonismo acima do Executivo e do Legislativo.
Com a Lei da Ficha Limpa na parada, o grande objetivo do MP passou a ser fiscalizar a política. Que pela sociedade era considerado algo criminoso.
E quem seriam esses xerifes que iriam botar ordem na casa? Jovens, 77% deles são homens, quase todos brancos, cabelos bem cortados, inglês fluente, bem nascidos (60% com pais que têm grau universitário). Ou seja, meninos mimados, criados a leite com pera e que tiveram uma infância plena, brincando de jogar bolinha de gude no carpete e a empinar pipa no ventilador.
Se você acha que estou exagerando, leia essa pesquisa que faz um retrato do MP.
Esses moçoilos, com a ajuda de poucas moçoilas, em geral loiras e que adoram se vestir de terninho pra respeitar os códigos masculinos, criaram o Partido Midiático da Justiça. Num primeiro momento, dizendo que com isso iriam botar ordem na casa.
E pra realizar seu intento passaram a investigar câmaras municipais, assembleia, prefeituras, governos, etc. Mas, claro, priorizando os ligados ao campo popular. E jogaram o país nesta encruzilhada atual.
Como são uma casta, porque em geral, são filhos de juízes, de grandes advogados ou de desembargadores, eles convivem juntos há muito tempo. E sua atuação é quase como a de uma grande família. Há um pacto de proteção entre eles.
O julgamento do ex-presidente Lula deixou isso mais do que explícito, mas Lula é a ponta visível deste iceberg. Esse Partido Midiático da Justiça está se tornando o que há de mais perigoso no Brasil. Mais perigoso do que organizações fora de lei, porque eles impõe a lei. E eles têm a proteção do Estado e o direto de executar penas.
Mas este é um daqueles tema proibidos. As pessoas têm medo de discutir que o MP e o Judiciário têm que ter garantias resguardas, porque são de fatos importantes para a sociedade, mas que precisam de controle externo.
Não podem fazer o que querem e nem muito menos agir como uma corporação em defesa dos seus membros e interesses.
Ou o sociedade assume os riscos de discutir rapidamente uma mudança que impeça que esse poder se torne uma ditadura ou sofreremos algo semelhante ao regime militar, com outros atores no comando.
E não pensem que eles não terão as armas, porque quem vai executar o pedido de prisão do Lula não será um juiz com um documento na mão.
PS: Só pra não dizer que não falei das flores. Eles fazem e continuarão a fazer tudo isso porque têm o apoio irrestrito da mídia, em especial da Globo. Que os transformou em super heróis.
A democracia brasileira foi tomada de assalto aos poucos por uma combinação terrível de integrantes do Ministério Público, Judiciário e grupos de mídia, com destaque especial para as Organizações Globo.
Isso não aconteceu de uma única golada, como se costuma dizer nos botequins. Foi aos poucos, de golinho. E, tendo a considerar que começou a ficar sério na aprovação da Lei da Ficha Limpa, em maio de 2010. O conteúdo dessa lei que nunca me empolgou é muito mais moral do que qualquer outra coisa. E desequilibrou os poderes permitindo que o judiciário e o MP assumissem um protagonismo acima do Executivo e do Legislativo.
Com a Lei da Ficha Limpa na parada, o grande objetivo do MP passou a ser fiscalizar a política. Que pela sociedade era considerado algo criminoso.
E quem seriam esses xerifes que iriam botar ordem na casa? Jovens, 77% deles são homens, quase todos brancos, cabelos bem cortados, inglês fluente, bem nascidos (60% com pais que têm grau universitário). Ou seja, meninos mimados, criados a leite com pera e que tiveram uma infância plena, brincando de jogar bolinha de gude no carpete e a empinar pipa no ventilador.
Se você acha que estou exagerando, leia essa pesquisa que faz um retrato do MP.
Esses moçoilos, com a ajuda de poucas moçoilas, em geral loiras e que adoram se vestir de terninho pra respeitar os códigos masculinos, criaram o Partido Midiático da Justiça. Num primeiro momento, dizendo que com isso iriam botar ordem na casa.
E pra realizar seu intento passaram a investigar câmaras municipais, assembleia, prefeituras, governos, etc. Mas, claro, priorizando os ligados ao campo popular. E jogaram o país nesta encruzilhada atual.
Como são uma casta, porque em geral, são filhos de juízes, de grandes advogados ou de desembargadores, eles convivem juntos há muito tempo. E sua atuação é quase como a de uma grande família. Há um pacto de proteção entre eles.
O julgamento do ex-presidente Lula deixou isso mais do que explícito, mas Lula é a ponta visível deste iceberg. Esse Partido Midiático da Justiça está se tornando o que há de mais perigoso no Brasil. Mais perigoso do que organizações fora de lei, porque eles impõe a lei. E eles têm a proteção do Estado e o direto de executar penas.
Mas este é um daqueles tema proibidos. As pessoas têm medo de discutir que o MP e o Judiciário têm que ter garantias resguardas, porque são de fatos importantes para a sociedade, mas que precisam de controle externo.
Não podem fazer o que querem e nem muito menos agir como uma corporação em defesa dos seus membros e interesses.
Ou o sociedade assume os riscos de discutir rapidamente uma mudança que impeça que esse poder se torne uma ditadura ou sofreremos algo semelhante ao regime militar, com outros atores no comando.
E não pensem que eles não terão as armas, porque quem vai executar o pedido de prisão do Lula não será um juiz com um documento na mão.
PS: Só pra não dizer que não falei das flores. Eles fazem e continuarão a fazer tudo isso porque têm o apoio irrestrito da mídia, em especial da Globo. Que os transformou em super heróis.
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