Por Camilo Vannuchi, no blog Diário do Centro do Mundo:
Tem uma publicação aí, que reivindica a alcunha de “revista semanal de informação”, que fez duas capas sobre fake news desde janeiro e, nesta semana, resolveu publicar mais uma reportagem repleta de inconsistências.
Entre elas, logo no comecinho, cravou que o ex-presidente Lula, em sua confortável rotina de presidiário VIP, numa sala de 15 metros quadrados sem cadeado e com televisão, recebe todas as manhãs uma dose de insulina.
Só que Lula não toma insulina, bicho. O que ele tem, segundo consegui apurar trocando mensagens de WhatsApp com um familiar do ex-presidente ontem à noite, é somente um medidor de glicose, para acompanhamento preventivo.
Antes de escrever bobagem, tratei de consultar a família, que checou com a equipe de segurança do ex-presidente e com o profissional que, até 7 de abril, era responsável por suas medicações.
Pode ser que tudo tenha mudado nos últimos 27 dias e que o presidiário, sem consultar seus médicos, tenha passado a se tratar de diabete? Pode. Mas, por algum motivo, que nem sei explicar qual é, acho mais provável que a reportagem ou a fonte da reportagem tenha confundido um medidor de insulina com um injetor.
Se a revista falta com a verdade num detalhe como este, bobo, inofensivo, sem serventia nenhuma, pensa no que ela não faz em temas mais sérios e que podem influenciar no processo judicial ou na eleição.
Até onde vai a imaginação e a criatividade dessa gente? Tá faltando rigor jornalístico. O que não tá faltando é má fé e cara de pau. Não mesmo.
Entre elas, logo no comecinho, cravou que o ex-presidente Lula, em sua confortável rotina de presidiário VIP, numa sala de 15 metros quadrados sem cadeado e com televisão, recebe todas as manhãs uma dose de insulina.
Só que Lula não toma insulina, bicho. O que ele tem, segundo consegui apurar trocando mensagens de WhatsApp com um familiar do ex-presidente ontem à noite, é somente um medidor de glicose, para acompanhamento preventivo.
Antes de escrever bobagem, tratei de consultar a família, que checou com a equipe de segurança do ex-presidente e com o profissional que, até 7 de abril, era responsável por suas medicações.
Pode ser que tudo tenha mudado nos últimos 27 dias e que o presidiário, sem consultar seus médicos, tenha passado a se tratar de diabete? Pode. Mas, por algum motivo, que nem sei explicar qual é, acho mais provável que a reportagem ou a fonte da reportagem tenha confundido um medidor de insulina com um injetor.
Se a revista falta com a verdade num detalhe como este, bobo, inofensivo, sem serventia nenhuma, pensa no que ela não faz em temas mais sérios e que podem influenciar no processo judicial ou na eleição.
Até onde vai a imaginação e a criatividade dessa gente? Tá faltando rigor jornalístico. O que não tá faltando é má fé e cara de pau. Não mesmo.
1 comentários:
A editora Abril, para reduzir custos, vai unir as revistas Veja Exame. A nova revista vai se chamar VEXAME.
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