Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:
O programa de entrevistas Roda Viva da última segunda-feira (25) bateu recorde em matéria de baixo nível dos entrevistadores, que queimam a imagem dos jornalistas. Foi a entrevista da pré-candidata à presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, que teve de enfrentar provocadores e não propriamente jornalistas na acepção da palavra.
O recorde de baixo nível ficou com Frederico D’Ávila, que não se cansou de provocar o máximo possível a candidata, mas deixou claro que na sua condição de diretor da Sociedade Rural Brasileira estava na bancada de entrevistadores, não para saber da postulante presidencial o posicionamento em relação ao seu programa de governo propriamente dito, mas para tentar queimá-la diante dos telespectadores.
Não conseguiu o objetivo, porque ficou claro que Frederico tem vínculos profundos com o pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). É possível que Frederico estivesse lá por imposição do próprio defensor de torturadores e do período ditatorial que o Brasil enfrentou a partir do golpe de 1964. É possível até que a presença do provocador tenha sido um condição para que Bolsonaro aceitasse ser entrevistado no Roda Viva.
Em uma de suas visíveis provocações, Frederico D’Ávila chegou ao ponto de querer exigir, de forma ostensiva, em várias ocasiões cortando a fala da entrevistada, que Manuela, por exemplo, se posicionasse em favor da castração química de quem estuprou mulheres. A entrevistada não caiu na armadilha do apoiador de Bolsonaro, o político que defende posições de cunho fascista e que está respondendo na Justiça por ter ofendido, em palestra no Clube Hebraica, negros e indígenas. Manuela d’Ávila ainda por cima disse que o provocador mencionado é um dos coordenadores do pré-candidato Bolsonaro, o que não foi desmentido pelo próprio entrevistador.
Por sinal, em uma de suas intervenções, Frederico D’Ávila disse ser de origem judaica, o que, verdadeiramente, depõe contra esse segmento étnico, já que ele aparece em público defendendo posições do pré-candidato Jair Bolsonaro, na prática um seguidor do ideário nazista e também defensor incondicional do atual governo extremista de Israel sob o comando de Benyamin Netanyahu.
Em síntese, foi isso que aconteceu na entrevista no Roda Viva a que foi submetida Manuela D’Ávila. Não se trata de defender a candidatura dela, mas constatar que em um programa de entrevistas não se fez jornalismo, mas sim uma tentativa grosseira de queimar a imagem de uma pré-candidata presidencial, por ser ela do PCdoB, que em vez de ser provocada deveria ser questionada para desenvolver os seus pontos programáticos.
Os demais entrevistadores, oriundos de jornalões, queriam que Manuel D’Ávila comprometesse o candidato Luis Inácio Lula da Silva (PT), o que ficou evidente no nível de perguntas colocadas. A pré-candidata também não caiu na armadilha, possivelmente ordenada por editores que diariamente manipulam informações contra o preso político Lula.
É realmente lamentável o que aconteceu. Mais lamentável ainda seria silenciar sobre a questão que envergonha o jornalismo no Brasil e também compromete os jornalistas, já que passa a imagem para os telespectadores de que os entrevistadores escalados pela produção do programa Roda Viva eram representativos da categoria e da sociedade brasileira.
O recorde de baixo nível ficou com Frederico D’Ávila, que não se cansou de provocar o máximo possível a candidata, mas deixou claro que na sua condição de diretor da Sociedade Rural Brasileira estava na bancada de entrevistadores, não para saber da postulante presidencial o posicionamento em relação ao seu programa de governo propriamente dito, mas para tentar queimá-la diante dos telespectadores.
Não conseguiu o objetivo, porque ficou claro que Frederico tem vínculos profundos com o pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). É possível que Frederico estivesse lá por imposição do próprio defensor de torturadores e do período ditatorial que o Brasil enfrentou a partir do golpe de 1964. É possível até que a presença do provocador tenha sido um condição para que Bolsonaro aceitasse ser entrevistado no Roda Viva.
Em uma de suas visíveis provocações, Frederico D’Ávila chegou ao ponto de querer exigir, de forma ostensiva, em várias ocasiões cortando a fala da entrevistada, que Manuela, por exemplo, se posicionasse em favor da castração química de quem estuprou mulheres. A entrevistada não caiu na armadilha do apoiador de Bolsonaro, o político que defende posições de cunho fascista e que está respondendo na Justiça por ter ofendido, em palestra no Clube Hebraica, negros e indígenas. Manuela d’Ávila ainda por cima disse que o provocador mencionado é um dos coordenadores do pré-candidato Bolsonaro, o que não foi desmentido pelo próprio entrevistador.
Por sinal, em uma de suas intervenções, Frederico D’Ávila disse ser de origem judaica, o que, verdadeiramente, depõe contra esse segmento étnico, já que ele aparece em público defendendo posições do pré-candidato Jair Bolsonaro, na prática um seguidor do ideário nazista e também defensor incondicional do atual governo extremista de Israel sob o comando de Benyamin Netanyahu.
Em síntese, foi isso que aconteceu na entrevista no Roda Viva a que foi submetida Manuela D’Ávila. Não se trata de defender a candidatura dela, mas constatar que em um programa de entrevistas não se fez jornalismo, mas sim uma tentativa grosseira de queimar a imagem de uma pré-candidata presidencial, por ser ela do PCdoB, que em vez de ser provocada deveria ser questionada para desenvolver os seus pontos programáticos.
Os demais entrevistadores, oriundos de jornalões, queriam que Manuel D’Ávila comprometesse o candidato Luis Inácio Lula da Silva (PT), o que ficou evidente no nível de perguntas colocadas. A pré-candidata também não caiu na armadilha, possivelmente ordenada por editores que diariamente manipulam informações contra o preso político Lula.
É realmente lamentável o que aconteceu. Mais lamentável ainda seria silenciar sobre a questão que envergonha o jornalismo no Brasil e também compromete os jornalistas, já que passa a imagem para os telespectadores de que os entrevistadores escalados pela produção do programa Roda Viva eram representativos da categoria e da sociedade brasileira.
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