Por Marcelo Zero
Conforme as pesquisas de opinião, no Brasil cerca de um terço dos eleitores estariam dispostos a votar numa versão patética de Hitler, um medíocre hitlerzinho tropical, sem o carisma, a retórica e a estratégia política do original. Sem sequer um programa de governo. Um grande vácuo pleno de ódio e preconceito. Nada mais, nada menos.
Segundo o TSE, o Brasil tem hoje 147 milhões eleitores. Portanto, cerca de 49 milhões de eleitores brasileiros gostariam de votar em nosso hitlerzinho tupiniquim e em seu pitoresco vice, Mourão, o Ariano. Aquele que não confia em mães e avós.
Duvido que, em qualquer outro país, haja 50 milhões de pessoas dispostas a votar num candidato escancaradamente misógino, machista, homofóbico e racista. Um candidato que elogia a tortura, a ditadura e o fuzilamento de adversários. Um candidato que já afirmou publicamente que “democracia não resolve nada”, que o “Congresso deveria ser fechado” e que o único jeito de “consertar o Brasil” é promover uma guerra civil que mate mais ou menos umas 30 mil pessoas, incluindo inocentes. Um candidato que oferece armas para solucionar os problemas do país. Não bastasse, é também um candidato acusado de lavagem de dinheiro e suspeito de enriquecimento ilícito.
Claro está que, em tempos de crise econômica, é natural um crescimento da direita autoritária. As crises geram insegurança, a insegurança gera medo, o medo gera ódio e o ódio se expressa, muitas vezes, em pseudosoluções fascistoides. Por isso, há um aumento da direita autoritária em todo o mundo.
Mas, nos países verdadeiramente democráticos, as instituições geraram defesas contra o perigo nazista. Se Bolsonaro fosse alemão ou britânico, já estaria preso há muito tempo, pois nesses países é ilegal se fazer apologia do fascismo, do racismo, da tortura, etc. Se norte-americano fosse, jamais seria eleito, como Trump, de direita, foi. Lá, candidato que afirma que o “Congresso deve ser fechado” e que “democracia não resolve nada” não chega nem nas primárias.
No Brasil, infelizmente, aconteceu o contrário. Os golpismo rompeu com o pacto democrático, acabou com a soberania popular, derrubou a presidenta honesta e estimulou o surgimento de grupos escancaradamente fascistas, racistas, homofóbicos e misóginos. Aqui, a direita tradicional, a mídia oligárquica e algumas instituições, principalmente as do Judiciário, trabalharam ativamente contra democracia e pelo estímulo ao autoritarismo protofascista.
Na sua ânsia histérica de derrubar o PT a qualquer custo, derrubaram a democracia e quaisquer defesas contra o crescimento do fascismo. Pagam agora, com seu nanismo político, o preço da sua traição aos princípios democráticos. E o Brasil hoje tem a dúbia “honra” de abrigar o maior movimento protofascista ou fascista do planeta.
É irônico constatar que os responsáveis pela debacle da democracia brasileira e pelo crescimento do fascismo tupiniquim agora acusem Haddad de ser um “político extremado” e se auto apresentem como “forças moderadas e democráticas”. Isso é simplesmente o cúmulo da hipocrisia e do cinismo.
O PT, goste-se dele ou não, sempre lutou pela democracia e defendeu suas instituições, mesmo quando elas se voltaram contra ele, de forma não republicana.
Já Bolsonaro é a cria bastarda deles, dos golpistas, dos canalhas que avacalharam o Brasil e sua democracia.
Não chega a surpreender, contudo. Max Horkheimer dizia que “o fascismo é a verdade do capitalismo”. Com toda certeza, Bolsonaro é a “verdade” das nossas oligarquias. Elas nunca tiveram, de fato, compromisso real com a democracia e com o Estado democrático de direito. Sempre foram racistas, misóginas e preconceituosas. Sempre apostaram na desigualdade travestida de “meritocracia”. Nunca se livraram da sua mentalidade escravagista e colonizada. Sempre que consideraram necessário, deram golpes de Estado. Militares ou judiciais. O resto é conversa mole de cínicos e hipócritas.
No Brasil, o chamado “campo democrático”, tirando honrosas exceções, sempre esteve concentrado na esquerda e na centro-esquerda. A adesão da nossa direita oligárquica à democracia sempre foi oportunista e superficial. É isso, entre outros fatores, que torna a nossa democracia algo estruturalmente frágil. E é isso que explica também, somada a atual conjuntura de crise profunda, o surgimento do maior movimento fascista ou protofascista do mundo.
Nem tudo está perdido, contudo. Graças ao prestígio e ao gênio político do maior líder popular da história do Brasil, encarcerado pelos golpistas para ser impedido de concorrer, Haddad, o candidato mais preparado, um político moderado e autenticamente democrático, tem totais condições de vencer as forças antidemocráticas no segundo turno.
Para tanto, será necessário formar uma grande frente pela democracia e pela civilização, contra a barbárie antidemocrática do candidato protofascista.
Não temos dúvida que a maior parte da população se somará a essa frente, se dispuser das verdadeiras informações sobre as forças antidemocráticas, que querem destruir seus direitos políticos e sociais. Que detestam mulheres, negros, índios e gays e pobres em geral.
Resta ver o que farão as autointituladas “forças do centro”, que há muito se comportam como forças de direita extremada.
Vão destruir de vez a democracia do Brasil só para impedir o PT de voltar ao poder? Ou vão apostar na conciliação e na racionalidade política?
Se optarem pela primeira, o Brasil poderá se tornar a grande vergonha do mundo. Um pária internacional definitivo. Um país dirigido por fascistas de almanaque. A ameaça a toda a América Latina, como definiu a conservadora The Economist, poderá se concretizar. Na realidade, ameaça ao mundo.
Se optarem pela segunda, o Brasil terá todas as condições de tornar a ser uma das principais democracias do globo, que deu exemplos ao planeta na época em Lula governava com espírito generoso e conciliador.
Lula, Haddad e o PT, não os golpistas, são o verdadeiro centro político do Brasil. Centro político em mais de um sentido. Se quiserem combater o fascismo em ascensão é melhor ir se acostumando à ideia de que eles precisam voltar à cena.
Haddad ou fascismo? Democracia ou barbárie? Escolham. Não façam o Brasil passar mais vergonha do que já passou e descer mais baixo do que já desceu.
Segundo o TSE, o Brasil tem hoje 147 milhões eleitores. Portanto, cerca de 49 milhões de eleitores brasileiros gostariam de votar em nosso hitlerzinho tupiniquim e em seu pitoresco vice, Mourão, o Ariano. Aquele que não confia em mães e avós.
Duvido que, em qualquer outro país, haja 50 milhões de pessoas dispostas a votar num candidato escancaradamente misógino, machista, homofóbico e racista. Um candidato que elogia a tortura, a ditadura e o fuzilamento de adversários. Um candidato que já afirmou publicamente que “democracia não resolve nada”, que o “Congresso deveria ser fechado” e que o único jeito de “consertar o Brasil” é promover uma guerra civil que mate mais ou menos umas 30 mil pessoas, incluindo inocentes. Um candidato que oferece armas para solucionar os problemas do país. Não bastasse, é também um candidato acusado de lavagem de dinheiro e suspeito de enriquecimento ilícito.
Claro está que, em tempos de crise econômica, é natural um crescimento da direita autoritária. As crises geram insegurança, a insegurança gera medo, o medo gera ódio e o ódio se expressa, muitas vezes, em pseudosoluções fascistoides. Por isso, há um aumento da direita autoritária em todo o mundo.
Mas, nos países verdadeiramente democráticos, as instituições geraram defesas contra o perigo nazista. Se Bolsonaro fosse alemão ou britânico, já estaria preso há muito tempo, pois nesses países é ilegal se fazer apologia do fascismo, do racismo, da tortura, etc. Se norte-americano fosse, jamais seria eleito, como Trump, de direita, foi. Lá, candidato que afirma que o “Congresso deve ser fechado” e que “democracia não resolve nada” não chega nem nas primárias.
No Brasil, infelizmente, aconteceu o contrário. Os golpismo rompeu com o pacto democrático, acabou com a soberania popular, derrubou a presidenta honesta e estimulou o surgimento de grupos escancaradamente fascistas, racistas, homofóbicos e misóginos. Aqui, a direita tradicional, a mídia oligárquica e algumas instituições, principalmente as do Judiciário, trabalharam ativamente contra democracia e pelo estímulo ao autoritarismo protofascista.
Na sua ânsia histérica de derrubar o PT a qualquer custo, derrubaram a democracia e quaisquer defesas contra o crescimento do fascismo. Pagam agora, com seu nanismo político, o preço da sua traição aos princípios democráticos. E o Brasil hoje tem a dúbia “honra” de abrigar o maior movimento protofascista ou fascista do planeta.
É irônico constatar que os responsáveis pela debacle da democracia brasileira e pelo crescimento do fascismo tupiniquim agora acusem Haddad de ser um “político extremado” e se auto apresentem como “forças moderadas e democráticas”. Isso é simplesmente o cúmulo da hipocrisia e do cinismo.
O PT, goste-se dele ou não, sempre lutou pela democracia e defendeu suas instituições, mesmo quando elas se voltaram contra ele, de forma não republicana.
Já Bolsonaro é a cria bastarda deles, dos golpistas, dos canalhas que avacalharam o Brasil e sua democracia.
Não chega a surpreender, contudo. Max Horkheimer dizia que “o fascismo é a verdade do capitalismo”. Com toda certeza, Bolsonaro é a “verdade” das nossas oligarquias. Elas nunca tiveram, de fato, compromisso real com a democracia e com o Estado democrático de direito. Sempre foram racistas, misóginas e preconceituosas. Sempre apostaram na desigualdade travestida de “meritocracia”. Nunca se livraram da sua mentalidade escravagista e colonizada. Sempre que consideraram necessário, deram golpes de Estado. Militares ou judiciais. O resto é conversa mole de cínicos e hipócritas.
No Brasil, o chamado “campo democrático”, tirando honrosas exceções, sempre esteve concentrado na esquerda e na centro-esquerda. A adesão da nossa direita oligárquica à democracia sempre foi oportunista e superficial. É isso, entre outros fatores, que torna a nossa democracia algo estruturalmente frágil. E é isso que explica também, somada a atual conjuntura de crise profunda, o surgimento do maior movimento fascista ou protofascista do mundo.
Nem tudo está perdido, contudo. Graças ao prestígio e ao gênio político do maior líder popular da história do Brasil, encarcerado pelos golpistas para ser impedido de concorrer, Haddad, o candidato mais preparado, um político moderado e autenticamente democrático, tem totais condições de vencer as forças antidemocráticas no segundo turno.
Para tanto, será necessário formar uma grande frente pela democracia e pela civilização, contra a barbárie antidemocrática do candidato protofascista.
Não temos dúvida que a maior parte da população se somará a essa frente, se dispuser das verdadeiras informações sobre as forças antidemocráticas, que querem destruir seus direitos políticos e sociais. Que detestam mulheres, negros, índios e gays e pobres em geral.
Resta ver o que farão as autointituladas “forças do centro”, que há muito se comportam como forças de direita extremada.
Vão destruir de vez a democracia do Brasil só para impedir o PT de voltar ao poder? Ou vão apostar na conciliação e na racionalidade política?
Se optarem pela primeira, o Brasil poderá se tornar a grande vergonha do mundo. Um pária internacional definitivo. Um país dirigido por fascistas de almanaque. A ameaça a toda a América Latina, como definiu a conservadora The Economist, poderá se concretizar. Na realidade, ameaça ao mundo.
Se optarem pela segunda, o Brasil terá todas as condições de tornar a ser uma das principais democracias do globo, que deu exemplos ao planeta na época em Lula governava com espírito generoso e conciliador.
Lula, Haddad e o PT, não os golpistas, são o verdadeiro centro político do Brasil. Centro político em mais de um sentido. Se quiserem combater o fascismo em ascensão é melhor ir se acostumando à ideia de que eles precisam voltar à cena.
Haddad ou fascismo? Democracia ou barbárie? Escolham. Não façam o Brasil passar mais vergonha do que já passou e descer mais baixo do que já desceu.
2 comentários:
De forma alguma comento para rejeitar um artigo como este, do Marcelo Zero, integralmente. Mas percebi por aqui uma versão da tendência, frequente na socidade, de responsabilização do homem comum pela opção política equívoca que faz, seja na hora de declarar seu voto em Bolsonaro, seja na hora de escolher os seus representantes
para o Congresso Nacional. Se Marcelo Zero levasse o seu raciocínio até as últimas consequências, não faria sentido sequer o voto de um homem comum, do povo, em qualquer partido da direita. Bolsonaro não é definido, pela grande maioria dos que dizem que nele irão votar, pelos traços com que Zero o caracterizou. É fundamental, no processo de desconstrução de Bolsonaro,de luta contra o fascismo de maneira geral, entender o que Bolsonaro representa para grande maioria que manifesta intenção de votar nele, que não pode ser acusada de ser a favor do fascismo, um conceito abstrato que foge à compreensão de muitos indivíduos, pessoas de bem, dado o nível de alienação em que vivem. Bolsonaro é fruto, não apenas da crise, mas de um proceso de despolitização da política, de alienação consciente da sociedade , que integrou diversas ferramentas ideológicas sob o controle das classes dominantes, entre elas a ideologia que hegemoniza os quartéis, a ação das igrejas controladas pelos vigaristas que se dizem evangélicos, a programação das TVs e rádios comerciais, a campanha gigantesca da grande mídia contra os políticos e a política.... Somando a tudo isso o fato de que o PT, que governou o Brasil por 13 anos, jamais compreendeu a importância da luta no plano ideológico, temos, acredito, alguns elementos como ponto de partida para tentar responder essa questão cientificamente, sem responsabilizar o caráter intrínseco do povo pela escolha equivocada wue faz na hora de votar.
Valores e princípios que sempre nortearam uma sociedade tida como livre tais como: constituição, democracia, soberania, respeito incondicional ao cidadão e suas escolhas, respeito ao trabalhador e seus direitos, no caso do Brasil, ficou claro que são coisas que já foram atiradas na lixeira. Por mais que ocorra uma renovação no congresso, o que teremos sera sempre o mesmo, o.s: em cada dez eleitos, 8,5 são oportunistas canalhas querendo uma oportunidade para fazer a vida as custas do bem público. Para os Bolsonaros essa situação é maravilhosa, pois cair nos braços da FEBRABAN, FIESP, ELITE ( LOBOTOMIZADA) E CLASSE MÉDIA TOTALMENTE IMBECILIZADA, COM O APOIO DA REDE PODRE DE TELEVISÃO(plim..plim) e congêneres, é tudo que os BOLSONAROS precisam, e nem falei dos bravos rapazes de VERDE OLIVA..... Imaginem se o cara que se eleger não fizer parte dessa corja, o que restará para ele?? obviamente um NOVO GOLPE.. ou não???
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