Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:
Meus queridos,
Em primeiro lugar, agradeço a todos que, compreendendo os desafios que temos pela frente, tornaram-se parceiros da Carta Maior nas últimas semanas. Graças a vocês, passamos de 1.239 para 1.297 parceiros-doadores. Uma resposta que traz ânimo e força à luta que travamos diariamente neste espaço.
Nos últimos trinta dias, Carta Maior conseguiu alcançar a marca de 751 mil visitantes únicos (google analytics). Para quem já teve 1,8 milhão em 2014, este número é um desastre; porém, diante de todas as dificuldades, da crise e do golpe, e considerando que chegamos, no final de 2016, a 250 mil visitantes únicos, posso afirmar que os números de hoje são um extraordinário sucesso.
Você conhece a Carta Maior, não somos um veículo de guerrilha, não disputamos notícias, não cobrimos o dia a dia da política. A nossa especialidade é a análise profunda, sistemática e ideológica da política, da economia, dos direitos humanos, da mídia, notadamente da área internacional com nossas Cartas do Mundo, o Clipping Internacional e a editoria de Poder e Contrapoder.
Você sabe que para nós a informação nunca foi uma mercadoria, mas sim um bem público. Graças à consciência política de nossos colaboradores e parceiros, Carta Maior vem cumprindo a missão que a anima há mais de 17 anos: divulgar o pensamento da esquerda nacional e internacional, dotando seus leitores de argumentos sólidos junto à opinião pública.
Concebendo a informação como bem público, Carta Maior vem garantido um conteúdo de altíssima qualidade e fortemente crítico à narrativa neoliberal disseminada pelos veículos de comunicação da chamada “grande mídia”.
Na prática, veículos que elegeram o capitão à presidência do Brasil, promovendo desde sempre a criminalização da política e da esquerda; a naturalização do golpe e do austericídio econômico que interdita ao povo brasileiro qualquer oportunidade de ascensão econômica e social, de melhoria de vida, e direitos básicos como saúde, educação e trabalho.
Não tenhamos dúvidas: somente o esclarecimento, o livre pensamento, o debate e o diálogo poderão construir uma efetiva resistência contra os ataques do neoliberalismo e das novas formas de fascismo.
Importante destacar que Carta Maior sobrevive exclusivamente da doação de seus leitores. Desses 751 mil leitores únicos mês, apenas 1.297 são parceiros doadores da Carta Maior. Esse número inviabiliza qualquer atividade nossa. Na prática, 1.297 pessoas estão pagando para que mais de 700 mil leiam o nosso conteúdo. Isso é inviável.
Em nome da manutenção do site no ar, fui obrigado a suspender as traduções de textos do espanhol, francês e inglês. A partir de agora, eles serão publicados em sua língua original. Isso significa, em primeiro lugar, que três colaboradores perderam emprego. Em segundo, que rompemos com uma tradição de 17 anos, a de traduzir para o português textos de extrema relevância.
Há mais de dois anos, venho lutando para não encerrar as atividades da Carta Maior e para manter nosso conteúdo aberto para todos. A guerra está em curso e as condições de luta são completamente desfavoráveis para a Mídia Alternativa.
Lutamos contra um aparato de comunicação que tem garantidas suas fontes de financiamento, inclusive, a publicidade estatal, interditada aos veículos progressistas já nas primeiras semanas do governo Temer.
O que fazer?
Frente ao fato de que todas as nossas atividades são 100% financiadas por nossos leitores, só vejo uma alternativa: multiplicar o número de doadores parceiros, para não ver esse lindo projeto desmoronar até encerrar definitivamente as suas atividades.
Aliás, isso já aconteceu com outros veículos de esquerda. No passado, tiveram o mesmo destino o jornal Opinião, o Pasquim e, mais recentemente, a revista Caros Amigos que foi publicada por mais de vinte anos.
No ano de 2004, a Carta Maior tinha uma redação em São Paulo, com 22 jornalistas; uma sucursal em Brasília com seis jornalistas; correspondentes em Porto Alegre e Rio de Janeiro. A crise do mensalão que levou as estatais a suspenderem a publicidade na CM, nos fez reduzir 70% de tamanho e, a crise de 2016, nos fez trabalhar em home office com uma equipe muito reduzida que, agora, perde mais três colaboradores.
Não quero tomar essa decisão isoladamente, até porque o compromisso da Carta Maior não é somente com seus parceiros doadores, mas também com seus leitores. Ou encerramos ou prosseguimos.
Como já alertei várias vezes, 2019 será um dos piores anos para o Brasil, em particular, para o nosso campo. Nunca foi preciso tanta união como neste momento. E como todos sabemos, sem comunicação, não vamos a lugar algum.
Mas é preciso decidir: ou fechamos ou prosseguimos.
Se você acha que devemos prosseguir, ajude-nos a continuar fazendo o tipo de jornalismo que 2019 exige. Venha conosco nessa luta: torne-se um parceiro da Carta Maior. Com apenas R$1,00 por dia (R$30,00/mês) você garantirá a continuidade desse trabalho.
Se puder DOE MAIS (clique aqui e confira opções de doação), possibilitando que o nosso conteúdo continue aberto e disponível para todos. Caso não consigamos, seremos obrigados a transformar a Carta Maior um veículo com conteúdo aberto apenas para seus parceiros-doadores.
Pedimos também aos leitores já parceiros que compartilhem este texto junto a seus contatos, redes, parentes, amigos, colegas e camaradas para que possamos fortalecer essa campanha de doação.
Nossa meta é chegar a 2.000 parceiros doadores de Carta Maior. Ajude-nos a alcançá-la.
E não se esqueça de se cadastrar no nosso site (clique aqui) para receber nossos boletins. Neste momento, é fundamental que estejamos conectados frente a qualquer eventualidade.
Sigamos juntos,
* Joaquim Ernesto Palhares - Diretor da Carta Maior
Meus queridos,
Em primeiro lugar, agradeço a todos que, compreendendo os desafios que temos pela frente, tornaram-se parceiros da Carta Maior nas últimas semanas. Graças a vocês, passamos de 1.239 para 1.297 parceiros-doadores. Uma resposta que traz ânimo e força à luta que travamos diariamente neste espaço.
Nos últimos trinta dias, Carta Maior conseguiu alcançar a marca de 751 mil visitantes únicos (google analytics). Para quem já teve 1,8 milhão em 2014, este número é um desastre; porém, diante de todas as dificuldades, da crise e do golpe, e considerando que chegamos, no final de 2016, a 250 mil visitantes únicos, posso afirmar que os números de hoje são um extraordinário sucesso.
Você conhece a Carta Maior, não somos um veículo de guerrilha, não disputamos notícias, não cobrimos o dia a dia da política. A nossa especialidade é a análise profunda, sistemática e ideológica da política, da economia, dos direitos humanos, da mídia, notadamente da área internacional com nossas Cartas do Mundo, o Clipping Internacional e a editoria de Poder e Contrapoder.
Você sabe que para nós a informação nunca foi uma mercadoria, mas sim um bem público. Graças à consciência política de nossos colaboradores e parceiros, Carta Maior vem cumprindo a missão que a anima há mais de 17 anos: divulgar o pensamento da esquerda nacional e internacional, dotando seus leitores de argumentos sólidos junto à opinião pública.
Concebendo a informação como bem público, Carta Maior vem garantido um conteúdo de altíssima qualidade e fortemente crítico à narrativa neoliberal disseminada pelos veículos de comunicação da chamada “grande mídia”.
Na prática, veículos que elegeram o capitão à presidência do Brasil, promovendo desde sempre a criminalização da política e da esquerda; a naturalização do golpe e do austericídio econômico que interdita ao povo brasileiro qualquer oportunidade de ascensão econômica e social, de melhoria de vida, e direitos básicos como saúde, educação e trabalho.
Não tenhamos dúvidas: somente o esclarecimento, o livre pensamento, o debate e o diálogo poderão construir uma efetiva resistência contra os ataques do neoliberalismo e das novas formas de fascismo.
Importante destacar que Carta Maior sobrevive exclusivamente da doação de seus leitores. Desses 751 mil leitores únicos mês, apenas 1.297 são parceiros doadores da Carta Maior. Esse número inviabiliza qualquer atividade nossa. Na prática, 1.297 pessoas estão pagando para que mais de 700 mil leiam o nosso conteúdo. Isso é inviável.
Em nome da manutenção do site no ar, fui obrigado a suspender as traduções de textos do espanhol, francês e inglês. A partir de agora, eles serão publicados em sua língua original. Isso significa, em primeiro lugar, que três colaboradores perderam emprego. Em segundo, que rompemos com uma tradição de 17 anos, a de traduzir para o português textos de extrema relevância.
Há mais de dois anos, venho lutando para não encerrar as atividades da Carta Maior e para manter nosso conteúdo aberto para todos. A guerra está em curso e as condições de luta são completamente desfavoráveis para a Mídia Alternativa.
Lutamos contra um aparato de comunicação que tem garantidas suas fontes de financiamento, inclusive, a publicidade estatal, interditada aos veículos progressistas já nas primeiras semanas do governo Temer.
O que fazer?
Frente ao fato de que todas as nossas atividades são 100% financiadas por nossos leitores, só vejo uma alternativa: multiplicar o número de doadores parceiros, para não ver esse lindo projeto desmoronar até encerrar definitivamente as suas atividades.
Aliás, isso já aconteceu com outros veículos de esquerda. No passado, tiveram o mesmo destino o jornal Opinião, o Pasquim e, mais recentemente, a revista Caros Amigos que foi publicada por mais de vinte anos.
No ano de 2004, a Carta Maior tinha uma redação em São Paulo, com 22 jornalistas; uma sucursal em Brasília com seis jornalistas; correspondentes em Porto Alegre e Rio de Janeiro. A crise do mensalão que levou as estatais a suspenderem a publicidade na CM, nos fez reduzir 70% de tamanho e, a crise de 2016, nos fez trabalhar em home office com uma equipe muito reduzida que, agora, perde mais três colaboradores.
Não quero tomar essa decisão isoladamente, até porque o compromisso da Carta Maior não é somente com seus parceiros doadores, mas também com seus leitores. Ou encerramos ou prosseguimos.
Como já alertei várias vezes, 2019 será um dos piores anos para o Brasil, em particular, para o nosso campo. Nunca foi preciso tanta união como neste momento. E como todos sabemos, sem comunicação, não vamos a lugar algum.
Mas é preciso decidir: ou fechamos ou prosseguimos.
Se você acha que devemos prosseguir, ajude-nos a continuar fazendo o tipo de jornalismo que 2019 exige. Venha conosco nessa luta: torne-se um parceiro da Carta Maior. Com apenas R$1,00 por dia (R$30,00/mês) você garantirá a continuidade desse trabalho.
Se puder DOE MAIS (clique aqui e confira opções de doação), possibilitando que o nosso conteúdo continue aberto e disponível para todos. Caso não consigamos, seremos obrigados a transformar a Carta Maior um veículo com conteúdo aberto apenas para seus parceiros-doadores.
Pedimos também aos leitores já parceiros que compartilhem este texto junto a seus contatos, redes, parentes, amigos, colegas e camaradas para que possamos fortalecer essa campanha de doação.
Nossa meta é chegar a 2.000 parceiros doadores de Carta Maior. Ajude-nos a alcançá-la.
E não se esqueça de se cadastrar no nosso site (clique aqui) para receber nossos boletins. Neste momento, é fundamental que estejamos conectados frente a qualquer eventualidade.
Sigamos juntos,
* Joaquim Ernesto Palhares - Diretor da Carta Maior
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