Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Tudo o que podia acontecer de pior já aconteceu, como se podia prever, mas sempre dá para piorar.
Foram só 11 dias até agora, e a rebordosa foi tão grande, que mais parece final do que início de governo.
Nas redes sociais, multiplicam-se mensagens de gente que não consegue mais dormir com medo do amanhã.
É até difícil catalogar todas as atrocidades e barbaridades já cometidas pelo novo governo, em marcha acelerada de insanidade.
E ainda nem entraram em campo os superministros Paulo Guedes e Sergio Moro, que prometem salvar o Brasil do socialismo, da violência e da corrupção, enquanto o governo libera armas para todos.
Está decretado o salve-se quem puder.
Ninguém aguenta mais ouvir falar em Bolsonaro, filhos de Bolsonaro, bolsonarismo e bolsonaristas, mas esse é só o começo.
O povo anda meio assustado, arredio, silencioso, até os que votaram nele - por onde andam? -, embora a indignação seja crescente nas mesmas redes sociais que elegeram Bolsonaro.
Mas a Bolsa continua subindo e batendo recordes, o dólar não para de cair, e o mercado continua eufórico com a queda dos juros a longo prazo.
O mesmo Brasil que se dividiu nas urnas agora se confronta com a realidade.
Parte do país ainda está de férias, nas praias e nos campos, esperando a poeira assentar e criar coragem para enfrentar o que se passa na vida real.
Quando todos voltarem, já encontrarão um outro país, virado de cabeça para baixo, sem conseguir sair do lugar, entregando o ouro para os bandidos e dando uma banana para a Justiça, os milhões de desempregados, a fome e a miséria que voltaram a crescer assustadoramente.
Foram só 11 dias que já parecem uma eternidade de pesadelos e desatinos se sucedendo num ritmo frenético, como se o Brasil tivesse virado um grande hospício de portas abertas.
Ao abrir os jornais e acessar o noticiário do dia na internet, os sustos se sucedem, e já nem sei mais sobre o que escrever porque a cada hora as coisas mudam para pior.
Cada comentarista da velha e das novas mídias escolhe um assunto diferente, mas é como se todos escrevessem sobre a mesma coisa, a falta de qualquer lógica nessa loucura.
Como um avião destrambelhado, sem plano de voo e destino programado no computador, vamos chacoalhando em direção a lugar nenhum, sabendo que essa viagem não vai acabar bem.
Estamos voando de volta a um passado tenebroso, em que direitos fundamentais foram destroçados para combater, exatamente como agora, a corrupção e o comunismo.
A nova ordem age como um exército de ocupação num país inerme, que não consegue mais reagir, conformado com seu destino inglório.
Estamos discutindo ainda se a terra é plana e se a reforma da previdência deve atingir também as poderosas corporações de militares, de parlamentares, de togados em geral e de todas as guildas, que agora assumiram o poder de fato pelo voto.
O estrago já está feito - na nossa soberania, nas conquistas sociais civilizatórias, nas relações entre os poderes e com as outras nações.
Viramos párias no mundo e somos motivo de deboche nos principais veículos da mídia internacional.
Foram 11 dias perdidos no espaço de uma montanha russa desgovernada.
E agora? Dá para falar de outra coisa?
Vida que segue, sabe Deus como.
Foram só 11 dias até agora, e a rebordosa foi tão grande, que mais parece final do que início de governo.
Nas redes sociais, multiplicam-se mensagens de gente que não consegue mais dormir com medo do amanhã.
É até difícil catalogar todas as atrocidades e barbaridades já cometidas pelo novo governo, em marcha acelerada de insanidade.
E ainda nem entraram em campo os superministros Paulo Guedes e Sergio Moro, que prometem salvar o Brasil do socialismo, da violência e da corrupção, enquanto o governo libera armas para todos.
Está decretado o salve-se quem puder.
Ninguém aguenta mais ouvir falar em Bolsonaro, filhos de Bolsonaro, bolsonarismo e bolsonaristas, mas esse é só o começo.
O povo anda meio assustado, arredio, silencioso, até os que votaram nele - por onde andam? -, embora a indignação seja crescente nas mesmas redes sociais que elegeram Bolsonaro.
Mas a Bolsa continua subindo e batendo recordes, o dólar não para de cair, e o mercado continua eufórico com a queda dos juros a longo prazo.
O mesmo Brasil que se dividiu nas urnas agora se confronta com a realidade.
Parte do país ainda está de férias, nas praias e nos campos, esperando a poeira assentar e criar coragem para enfrentar o que se passa na vida real.
Quando todos voltarem, já encontrarão um outro país, virado de cabeça para baixo, sem conseguir sair do lugar, entregando o ouro para os bandidos e dando uma banana para a Justiça, os milhões de desempregados, a fome e a miséria que voltaram a crescer assustadoramente.
Foram só 11 dias que já parecem uma eternidade de pesadelos e desatinos se sucedendo num ritmo frenético, como se o Brasil tivesse virado um grande hospício de portas abertas.
Ao abrir os jornais e acessar o noticiário do dia na internet, os sustos se sucedem, e já nem sei mais sobre o que escrever porque a cada hora as coisas mudam para pior.
Cada comentarista da velha e das novas mídias escolhe um assunto diferente, mas é como se todos escrevessem sobre a mesma coisa, a falta de qualquer lógica nessa loucura.
Como um avião destrambelhado, sem plano de voo e destino programado no computador, vamos chacoalhando em direção a lugar nenhum, sabendo que essa viagem não vai acabar bem.
Estamos voando de volta a um passado tenebroso, em que direitos fundamentais foram destroçados para combater, exatamente como agora, a corrupção e o comunismo.
A nova ordem age como um exército de ocupação num país inerme, que não consegue mais reagir, conformado com seu destino inglório.
Estamos discutindo ainda se a terra é plana e se a reforma da previdência deve atingir também as poderosas corporações de militares, de parlamentares, de togados em geral e de todas as guildas, que agora assumiram o poder de fato pelo voto.
O estrago já está feito - na nossa soberania, nas conquistas sociais civilizatórias, nas relações entre os poderes e com as outras nações.
Viramos párias no mundo e somos motivo de deboche nos principais veículos da mídia internacional.
Foram 11 dias perdidos no espaço de uma montanha russa desgovernada.
E agora? Dá para falar de outra coisa?
Vida que segue, sabe Deus como.
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