Charge: Castellucci |
Se você considerar a participação medíocre do Brasil na Segunda Guerra Mundial como um evento de real intervenção militar que contribuiu para a vitória das forças aliadas, faz exatamente 74 anos que o país não se envolve diretamente em conflitos internacionais dessa natureza.
Com uma vocação essencialmente pacifista, ganhamos especial relevância na comunidade internacional no tocante à mediação e promoção da paz a partir da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República.
Para além das políticas nacionais de combate à fome e às desigualdades sociais no país, foi nesse período que o Brasil mais envidou esforços para o fortalecimento e união das nações da América Latina, bem como o desenvolvimento econômico de países pobres do continente africano.
Com medidas de expressão geopolítica e cooperação internacional, fomos paulatinamente ganhando destaque no debate internacional ao ponto de nos transformarmos numa importante voz em prol da convivência e colaboração pacíficas entre os povos de todo o mundo.
Momento ímpar dessa escalada de distinção internacional se deu com o acordo nuclear costurado por Lula envolvendo o Brasil, Turquia e Irã em 2010.
Naquele momento não só o Oriente Médio, mas todo o planeta vivia graves tensões em função das suspeitas de enriquecimento de urânio por Teerã.
Ainda que no final e por interesses predominantemente dos Estados Unidos, sempre eles, o acordo fosse suprimido em benefício de outro liderado pelos norte-americanos, o que ficou patente a posteriori é que a solução oficialmente firmada ficou muito aquém daquela que havíamos conseguido.
Talvez pela primeira vez na história, o mundo civilizado lamentou não ter seguido uma orientação do Brasil para acompanhar uma medida dos USA.
Pois bem! Junto com a ascensão do culto à estupidez e à intolerância, veio a reboque irremediavelmente uma vergonhosa propensão à violência, à injustiça e à hostilidade.
Após décadas de paz, o Brasil pode estar ativamente contribuindo para uma guerra internacional contra um irmão latino-americano onde todos no Cone Sul perdem e só os Estados Unidos, de novo sempre eles, ganham.
Ao contribuir para a derrubada de mais um líder sul-americano, o governo Bolsonaro reafirma a sua vassalagem aos interesses do norte e arrasta o país para um conflito que em absolutamente nada contribui para o desenvolvimento da região.
Em síntese, o que fica claro nessa radical mudança de rota na postura que se espera de uma nação continental como o Brasil, é que passamos lamentável e melancolicamente de um grande agente da paz para um miserável e repugnante agente da guerra.
Prova incontestável disso é que o candidato oficial do Brasil a Prêmio Nobel da Paz está preso e o “senhor das armas” está na presidência.
Essa é definitivamente a história de um país que nada aprendeu com a… história.
Com uma vocação essencialmente pacifista, ganhamos especial relevância na comunidade internacional no tocante à mediação e promoção da paz a partir da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República.
Para além das políticas nacionais de combate à fome e às desigualdades sociais no país, foi nesse período que o Brasil mais envidou esforços para o fortalecimento e união das nações da América Latina, bem como o desenvolvimento econômico de países pobres do continente africano.
Com medidas de expressão geopolítica e cooperação internacional, fomos paulatinamente ganhando destaque no debate internacional ao ponto de nos transformarmos numa importante voz em prol da convivência e colaboração pacíficas entre os povos de todo o mundo.
Momento ímpar dessa escalada de distinção internacional se deu com o acordo nuclear costurado por Lula envolvendo o Brasil, Turquia e Irã em 2010.
Naquele momento não só o Oriente Médio, mas todo o planeta vivia graves tensões em função das suspeitas de enriquecimento de urânio por Teerã.
Ainda que no final e por interesses predominantemente dos Estados Unidos, sempre eles, o acordo fosse suprimido em benefício de outro liderado pelos norte-americanos, o que ficou patente a posteriori é que a solução oficialmente firmada ficou muito aquém daquela que havíamos conseguido.
Talvez pela primeira vez na história, o mundo civilizado lamentou não ter seguido uma orientação do Brasil para acompanhar uma medida dos USA.
Pois bem! Junto com a ascensão do culto à estupidez e à intolerância, veio a reboque irremediavelmente uma vergonhosa propensão à violência, à injustiça e à hostilidade.
Após décadas de paz, o Brasil pode estar ativamente contribuindo para uma guerra internacional contra um irmão latino-americano onde todos no Cone Sul perdem e só os Estados Unidos, de novo sempre eles, ganham.
Ao contribuir para a derrubada de mais um líder sul-americano, o governo Bolsonaro reafirma a sua vassalagem aos interesses do norte e arrasta o país para um conflito que em absolutamente nada contribui para o desenvolvimento da região.
Em síntese, o que fica claro nessa radical mudança de rota na postura que se espera de uma nação continental como o Brasil, é que passamos lamentável e melancolicamente de um grande agente da paz para um miserável e repugnante agente da guerra.
Prova incontestável disso é que o candidato oficial do Brasil a Prêmio Nobel da Paz está preso e o “senhor das armas” está na presidência.
Essa é definitivamente a história de um país que nada aprendeu com a… história.
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