Por César Locatelli, no Jornal GGN:
“Quem conhece o mínimo de história do Brasil não pode desgrudar a atenção, seja em períodos de normalidade ou em períodos excepcionais, acho que estamos vivendo um período excepcional, dos militares.”
O tema era “Os Militares e o Governo Bolsonaro” e foi assim que Manuel Domingos Neto, doutor em história, iniciou sua palestra para o Soberania em Debate, mediado pelo professor de história da UFRJ Francisco Carlos Teixeira da Silva. Todos os trechos abaixo foram extraídos das palavras do professor Domingos.
O Exército sofreu por suas intervenções políticas
O meu convívio com o general Villas Bôas, meus primeiros contatos, foram ainda quando ele ainda era comandante da EsAO [Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais]. Ele esteve, inclusive, debatendo conosco na universidade. Ele revelava claramente a ideia de que o Exército sofreu por suas intervenções políticas. Era uma visão límpida, uma visão clara, uma visão profunda.
Ao retornar a esse chafurdo da guerra fria [‘rememorar’ a ‘Intentona Comunista’ de 1935] ou à estigmatização dos comunistas, ele está voltando atrás, na verdade, na sua concepção. O exército não tem que comemorar tal tipo de coisa. 1935 foi, de certa forma, uma extensão do movimento tenentista. Você veja quem combatia de um lado e quem combatia do outro, estiveram essencialmente unidos, desembocando até o golpe de 1964.
O general Villas Bôas foi protagonista do processo que nos trouxe à situação de hoje
O General Villas Bôas diversas vezes mencionou: ‘não foi bom para o Exército, não foi bom para as Forças Armadas o exercício do poder, imiscuir-se de tal forma’… aí depois, ele toma a frente de um processo político extremamente perigoso que nos leva à situação que nós estamos. É difícil, hoje, algum brasileiro ter tranquilidade em relação ao futuro do Brasil. E um dos responsáveis por isso, estranhamente, uma surpresa para mim, é o general Eduardo Villas Bôas.
A subordinação aos Estados Unidos é traição à pátria
Não há militar que não seja nacionalista (…) o que nos cumpre discutir é essa ideia de nacionalismo (…) o nacionalismo que está em discussão hoje precisa explicar, em primeiro lugar, se quer um país soberano ou não, se quer um país altivo, um país autônomo, um país com voz própria ou se quer um país subordinado, se quer um país de joelhos, obediente à grande potência e dela dependente sob todos os aspectos, particularmente no aspecto militar. Então, eu chamo de traidor da pátria aquele que sustenta que nós devamos nos subordinar aos Estados Unidos. E chamo de patriota os que estão contra isso.
Bolsonaro presidente é resultado de uma opção geopolítica
Hoje em dia estamos vivendo um grande dilema (…) eu acho que nós estamos vivendo, nessa crise brasileira, na qual um capitão absolutamente despreparado, um homem sem qualquer noção das coisas, chega a ser o presidente da República é antes de mais nada um lance da política internacional, é um lance geopolítico, em primeiro lugar, trata-se de uma opção feita. O mundo se prepara para um confronto de vastas proporções, no qual se põe fim à chamada unipolaridade.
Estamos na iminência de um grande confronto mundial
A ideia de unipolaridade cresceu com a queda do muro, aí por volta dos anos 1980. Começou a ser desenhada por Clinton. Ela foi reforçada por George Bush, depois das torres gêmeas, depois da chamada guerra contra o terror e eis que, paralelamente, diversas forças foram se firmando, crescendo e se tornando capazes de enfrentar a chamada unipolaridade.
Na guerra que se avizinha, as Forças Armadas optaram por sustentar a hegemonia dos EUA
Acho que as Forças Armadas fizeram uma opção. Desenha-se uma guerra, desenha-se um grande confronto. Esse confronto é entre os que desejam um mundo multipolar e os que sustentam a hegemonia norte-americana. As Forças Armadas fizeram a opção por sustentar a hegemonia norte-americana. É assim que eu vejo as coisas. Só teve um oficial que falou isso com clareza durante essa transmissão de governo que houve agora, que foi o comandante da Marinha, foi o único que mencionou claramente: “o mundo mudou e nós vamos (…) na guerra que se avizinha, que está desenhada, que vai acontecer, é uma redefinição de quem manda no mundo, nós ficaremos ao lado dos nossos velhos amigos”, ou seja dos Estados Unidos.
“Menciono a presença do representante do almirante John Richardson, chefe de operações navais da Marinha dos EUA, e do almirante Sean Buck, comandante da quarta esquadra e forças navais do comando do sul dos EUA. Estivemos juntos em três Guerras Mundiais e é essa parceria que estamos dando continuidade”. (Comandante da Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra Ilques Barbosa, em seu discurso de posse em 09/01/2019)
EUA voltam a cuidar dos vassalos incontestes da política norte-americana
A multipolaridade se forma a partir, do ponto de vista militar, do renascimento, eu diria, (…) a velha Rússia reage e mostra capacidade, mostra armas novas, apavora, desmonta a defesa da Europa, se torna capaz de chegar em qualquer ponto do mundo e destruir, não desarmou suas ogivas (…) essa é uma força não negligenciável, uma força ponderável. Tem a grande força econômica, que é a força chinesa (…) o crescimento dessa força foi paralelamente também a uma projeção militar. E tem mais dois atores de extrema relevância que são a Índia e o Irã (…) esse quarteto não tem por que aceitar que os Estados Unidos continue dando as regras (…) os Estados Unidos querem insistir em manter essa coisa. Daí a primeira providência, me parece, é cuidar daquele espaço geopolítico que sempre foi inconteste, que sempre foi vassalo inconteste da política norte-americana que é a América Latina e, em particular, a América do Sul.
Retrocesso extraordinário: o Brasil sai do diálogo em busca de nova ordem mundial
Acho que a responsabilidade de quem patrocinou essa tragédia brasileira, um presidente que nos faz passar vexame, desgraçadamente impingiu ao país um retrocesso extraordinário. O Brasil estava integrando um grupo de países em diálogo, buscando uma alternativa de nova ordem multipolar e agora o Brasil sai fora.
Os que pensam fizeram suas opções, sabem que Bolsonaro não tem condição de governar
Imagino o que se passa na cabeça desse presidente da República. O que ele entende disso, Francisco? (…) Esse rapaz tem alguma noção de tudo que está se tratando? Ele tem alguma noção do país que está presidindo?
[Francisco questiona se ele está, de fato, presidindo o Brasil] Eu acredito que os que pensam, os que são habituados a um debate estratégico, são bons brasileiros, são boas pessoas, são pessoas sérias, eles fizeram suas opções, sabem que esse rapaz não tem qualquer condição de governar. E, portanto, ele será sim, use-se o termo tutela, controle, mas ele não tem nenhuma condição.
As Forças Armadas deram muitos passos atrás ao endossarem essa aventura
Quem se arriscaria a dizer como vai ficar o Brasil? Objetivamente ele não tem condições de governar. Mal começou já é associado a aquela coisa ignominiosa que são esses esquemas (…) dessas organizações paramilitares. Isso tudo constitui uma vergonha para as Forças Armadas. Acho que as Forças Armadas deram muitos passos atrás ao endossarem essa aventura, mas, lamentavelmente, estavam cientes, sabiam com quem estavam lidando. O que vai sair disso… repito aquela minha afirmação anterior: foi uma opção geopolítica.
A responsabilidade está com as Forças Armadas
A persistir Fernando Haddad como presidente é óbvio que a situação da América do Sul seria outra. É óbvio que não aceitaríamos essa aliança obediente aos Estados Unidos. É óbvio que buscaríamos a multipolaridade, continuaríamos unindo a América do Sul e a África e protegendo, na medida de nossas forças, o Atlântico Sul. Então, foi uma opção geopolítica, antes de mais nada, e a responsabilidade está com as Forças Armadas.
Esse é um governo travestido de civil
[Francisco indaga: “Eu estive numa reunião na qual o general Villas Bôas fez uma advertência, havia vários militares, que o governo Bolsonaro não é um governo das Forças Armadas (…) ocorre que o vice-presidente era um militar extremamente expressivo, temos 6 ministros militares (…) e 45 militares nomeados para os 2o e 3o escalões e escalões decisivos na República. Esse é ou não um governo militar?]
Parece-me que é um governo travestido. A pior das coisas é não assumir concretamente suas posições. O General, ao falar isso, não vai se livrar. O general Villas Bôas jamais se livrará da condição de ter sido o avalista desse processo. O seu famoso tuíte já entrou na história. General Villas Bôas me desculpe, com todo respeito (…) o tuíte, na ocasião do julgamento [do habeas corpus] do Lula já entrou para a história. Não há como retirá-lo mais. Por mais que se diga que as Forças Armadas não tem responsabilidade. Ninguém governa sem Forças Armadas, não há Estado sem Forças Armadas, General. E mais, a participação dos militares nessa situação foi decisiva.
O Ministério da Educação foi tomado de assalto
Quando eu vejo a composição do Ministério da Educação, aquilo não tem justificativa. O general Heleno diz “olha nós temos que ser aproveitados, eu passei muitos anos estudando, sendo financiado pelo Estado. General Heleno, não se justifica, não tem cabimento. A nossa educação vai entrar numa fase trágica, já entrou numa fase trágica. E não adianta lavar as mãos: “não tenho nada a ver com isso”. General Villas Bôas, com todo respeito, o senhor figura entre os maiores responsáveis por isso que estamos vivendo. Agora, isso não tem cabimento, tomar de assalto como foi tomado esse Ministério da Educação é não ter qualquer noção do papel desse instrumento público de governo nos destinos do país.
Mourão vai assumir e executará mais racionalmente todo um programa catastrófico
[Francisco: “Não há um certo equívoco de achar que Moura é a solução?] Quem diria que chegássemos a esse ponto. “Não, Mourão admite que seja correto Lula assistir ao enterro do irmão. Não, Mourão não endossa a embaixada brasileira em Jerusalém.” Viva o Mourão, né? Alguém já disse que Mourão é a racionalidade (…) eu acredito que ele vá assumir a presidência da República. Não será um presidente legitimado e executará um programa de entrega das riquezas do Brasil, um programa de traição aos interesses do Estado brasileiro, um programa antissocial, um programa de perseguição aos direitos já conquistados, um programa de subordinação. Portanto, eu não torço pelo general Mourão.
Para assistir na íntegra a palestra do professor doutor Manuel Domingos veja:
https://www.facebook.com/SOSBrasilSoberano/videos/337340817122204/
O tema era “Os Militares e o Governo Bolsonaro” e foi assim que Manuel Domingos Neto, doutor em história, iniciou sua palestra para o Soberania em Debate, mediado pelo professor de história da UFRJ Francisco Carlos Teixeira da Silva. Todos os trechos abaixo foram extraídos das palavras do professor Domingos.
O Exército sofreu por suas intervenções políticas
O meu convívio com o general Villas Bôas, meus primeiros contatos, foram ainda quando ele ainda era comandante da EsAO [Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais]. Ele esteve, inclusive, debatendo conosco na universidade. Ele revelava claramente a ideia de que o Exército sofreu por suas intervenções políticas. Era uma visão límpida, uma visão clara, uma visão profunda.
Ao retornar a esse chafurdo da guerra fria [‘rememorar’ a ‘Intentona Comunista’ de 1935] ou à estigmatização dos comunistas, ele está voltando atrás, na verdade, na sua concepção. O exército não tem que comemorar tal tipo de coisa. 1935 foi, de certa forma, uma extensão do movimento tenentista. Você veja quem combatia de um lado e quem combatia do outro, estiveram essencialmente unidos, desembocando até o golpe de 1964.
O general Villas Bôas foi protagonista do processo que nos trouxe à situação de hoje
O General Villas Bôas diversas vezes mencionou: ‘não foi bom para o Exército, não foi bom para as Forças Armadas o exercício do poder, imiscuir-se de tal forma’… aí depois, ele toma a frente de um processo político extremamente perigoso que nos leva à situação que nós estamos. É difícil, hoje, algum brasileiro ter tranquilidade em relação ao futuro do Brasil. E um dos responsáveis por isso, estranhamente, uma surpresa para mim, é o general Eduardo Villas Bôas.
A subordinação aos Estados Unidos é traição à pátria
Não há militar que não seja nacionalista (…) o que nos cumpre discutir é essa ideia de nacionalismo (…) o nacionalismo que está em discussão hoje precisa explicar, em primeiro lugar, se quer um país soberano ou não, se quer um país altivo, um país autônomo, um país com voz própria ou se quer um país subordinado, se quer um país de joelhos, obediente à grande potência e dela dependente sob todos os aspectos, particularmente no aspecto militar. Então, eu chamo de traidor da pátria aquele que sustenta que nós devamos nos subordinar aos Estados Unidos. E chamo de patriota os que estão contra isso.
Bolsonaro presidente é resultado de uma opção geopolítica
Hoje em dia estamos vivendo um grande dilema (…) eu acho que nós estamos vivendo, nessa crise brasileira, na qual um capitão absolutamente despreparado, um homem sem qualquer noção das coisas, chega a ser o presidente da República é antes de mais nada um lance da política internacional, é um lance geopolítico, em primeiro lugar, trata-se de uma opção feita. O mundo se prepara para um confronto de vastas proporções, no qual se põe fim à chamada unipolaridade.
Estamos na iminência de um grande confronto mundial
A ideia de unipolaridade cresceu com a queda do muro, aí por volta dos anos 1980. Começou a ser desenhada por Clinton. Ela foi reforçada por George Bush, depois das torres gêmeas, depois da chamada guerra contra o terror e eis que, paralelamente, diversas forças foram se firmando, crescendo e se tornando capazes de enfrentar a chamada unipolaridade.
Na guerra que se avizinha, as Forças Armadas optaram por sustentar a hegemonia dos EUA
Acho que as Forças Armadas fizeram uma opção. Desenha-se uma guerra, desenha-se um grande confronto. Esse confronto é entre os que desejam um mundo multipolar e os que sustentam a hegemonia norte-americana. As Forças Armadas fizeram a opção por sustentar a hegemonia norte-americana. É assim que eu vejo as coisas. Só teve um oficial que falou isso com clareza durante essa transmissão de governo que houve agora, que foi o comandante da Marinha, foi o único que mencionou claramente: “o mundo mudou e nós vamos (…) na guerra que se avizinha, que está desenhada, que vai acontecer, é uma redefinição de quem manda no mundo, nós ficaremos ao lado dos nossos velhos amigos”, ou seja dos Estados Unidos.
“Menciono a presença do representante do almirante John Richardson, chefe de operações navais da Marinha dos EUA, e do almirante Sean Buck, comandante da quarta esquadra e forças navais do comando do sul dos EUA. Estivemos juntos em três Guerras Mundiais e é essa parceria que estamos dando continuidade”. (Comandante da Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra Ilques Barbosa, em seu discurso de posse em 09/01/2019)
EUA voltam a cuidar dos vassalos incontestes da política norte-americana
A multipolaridade se forma a partir, do ponto de vista militar, do renascimento, eu diria, (…) a velha Rússia reage e mostra capacidade, mostra armas novas, apavora, desmonta a defesa da Europa, se torna capaz de chegar em qualquer ponto do mundo e destruir, não desarmou suas ogivas (…) essa é uma força não negligenciável, uma força ponderável. Tem a grande força econômica, que é a força chinesa (…) o crescimento dessa força foi paralelamente também a uma projeção militar. E tem mais dois atores de extrema relevância que são a Índia e o Irã (…) esse quarteto não tem por que aceitar que os Estados Unidos continue dando as regras (…) os Estados Unidos querem insistir em manter essa coisa. Daí a primeira providência, me parece, é cuidar daquele espaço geopolítico que sempre foi inconteste, que sempre foi vassalo inconteste da política norte-americana que é a América Latina e, em particular, a América do Sul.
Retrocesso extraordinário: o Brasil sai do diálogo em busca de nova ordem mundial
Acho que a responsabilidade de quem patrocinou essa tragédia brasileira, um presidente que nos faz passar vexame, desgraçadamente impingiu ao país um retrocesso extraordinário. O Brasil estava integrando um grupo de países em diálogo, buscando uma alternativa de nova ordem multipolar e agora o Brasil sai fora.
Os que pensam fizeram suas opções, sabem que Bolsonaro não tem condição de governar
Imagino o que se passa na cabeça desse presidente da República. O que ele entende disso, Francisco? (…) Esse rapaz tem alguma noção de tudo que está se tratando? Ele tem alguma noção do país que está presidindo?
[Francisco questiona se ele está, de fato, presidindo o Brasil] Eu acredito que os que pensam, os que são habituados a um debate estratégico, são bons brasileiros, são boas pessoas, são pessoas sérias, eles fizeram suas opções, sabem que esse rapaz não tem qualquer condição de governar. E, portanto, ele será sim, use-se o termo tutela, controle, mas ele não tem nenhuma condição.
As Forças Armadas deram muitos passos atrás ao endossarem essa aventura
Quem se arriscaria a dizer como vai ficar o Brasil? Objetivamente ele não tem condições de governar. Mal começou já é associado a aquela coisa ignominiosa que são esses esquemas (…) dessas organizações paramilitares. Isso tudo constitui uma vergonha para as Forças Armadas. Acho que as Forças Armadas deram muitos passos atrás ao endossarem essa aventura, mas, lamentavelmente, estavam cientes, sabiam com quem estavam lidando. O que vai sair disso… repito aquela minha afirmação anterior: foi uma opção geopolítica.
A responsabilidade está com as Forças Armadas
A persistir Fernando Haddad como presidente é óbvio que a situação da América do Sul seria outra. É óbvio que não aceitaríamos essa aliança obediente aos Estados Unidos. É óbvio que buscaríamos a multipolaridade, continuaríamos unindo a América do Sul e a África e protegendo, na medida de nossas forças, o Atlântico Sul. Então, foi uma opção geopolítica, antes de mais nada, e a responsabilidade está com as Forças Armadas.
Esse é um governo travestido de civil
[Francisco indaga: “Eu estive numa reunião na qual o general Villas Bôas fez uma advertência, havia vários militares, que o governo Bolsonaro não é um governo das Forças Armadas (…) ocorre que o vice-presidente era um militar extremamente expressivo, temos 6 ministros militares (…) e 45 militares nomeados para os 2o e 3o escalões e escalões decisivos na República. Esse é ou não um governo militar?]
Parece-me que é um governo travestido. A pior das coisas é não assumir concretamente suas posições. O General, ao falar isso, não vai se livrar. O general Villas Bôas jamais se livrará da condição de ter sido o avalista desse processo. O seu famoso tuíte já entrou na história. General Villas Bôas me desculpe, com todo respeito (…) o tuíte, na ocasião do julgamento [do habeas corpus] do Lula já entrou para a história. Não há como retirá-lo mais. Por mais que se diga que as Forças Armadas não tem responsabilidade. Ninguém governa sem Forças Armadas, não há Estado sem Forças Armadas, General. E mais, a participação dos militares nessa situação foi decisiva.
O Ministério da Educação foi tomado de assalto
Quando eu vejo a composição do Ministério da Educação, aquilo não tem justificativa. O general Heleno diz “olha nós temos que ser aproveitados, eu passei muitos anos estudando, sendo financiado pelo Estado. General Heleno, não se justifica, não tem cabimento. A nossa educação vai entrar numa fase trágica, já entrou numa fase trágica. E não adianta lavar as mãos: “não tenho nada a ver com isso”. General Villas Bôas, com todo respeito, o senhor figura entre os maiores responsáveis por isso que estamos vivendo. Agora, isso não tem cabimento, tomar de assalto como foi tomado esse Ministério da Educação é não ter qualquer noção do papel desse instrumento público de governo nos destinos do país.
Mourão vai assumir e executará mais racionalmente todo um programa catastrófico
[Francisco: “Não há um certo equívoco de achar que Moura é a solução?] Quem diria que chegássemos a esse ponto. “Não, Mourão admite que seja correto Lula assistir ao enterro do irmão. Não, Mourão não endossa a embaixada brasileira em Jerusalém.” Viva o Mourão, né? Alguém já disse que Mourão é a racionalidade (…) eu acredito que ele vá assumir a presidência da República. Não será um presidente legitimado e executará um programa de entrega das riquezas do Brasil, um programa de traição aos interesses do Estado brasileiro, um programa antissocial, um programa de perseguição aos direitos já conquistados, um programa de subordinação. Portanto, eu não torço pelo general Mourão.
Para assistir na íntegra a palestra do professor doutor Manuel Domingos veja:
https://www.facebook.com/SOSBrasilSoberano/videos/337340817122204/
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