Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
A primeira vítima do discurso de Bolsonaro nesta quinta-feira (7) durante a cerimônia de aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais no Rio de Janeiro, foi o idioma ao dizer que “Democracia e liberdade só existe quando a sua respectiva Forças Armadas assim o quer” – a concordância verbal foi ferida de morte por três vezes na mesma frase…
A segunda vítima de mais esse discurso desastroso do presidente da República, obviamente, foi a democracia, já que sua fala contém uma ameaça explicita ao mesmo país que acaba de acordar (durante o carnaval) e agora passa a repudiar, em uníssono, esse energúmeno que elegeu ao ser acometido pelo maior surto de burrice coletiva de sua história.
Só assistindo à fala de Bolsonaro para acreditar no que ele disse. Quando a gente acha que ao ter feito uma burrada ele passaria a tomar mais cuidado com a boca, ele vai à televisão ameaçar a democracia como que quem diz: se tentarem me derrubar por eventuais crimes de responsabilidade como quebra de decoro, os militares deixarão de “querer” a democracia.
Bolsonaro já percebeu que sua aprovação tende a virar pó nos próximos meses. Assim, ele vai usar de chantagem quando tentarem se livrar dele como fizeram com Dilma Rousseff, ainda que, contra ele, haverá fartura de crimes de responsabilidade para lhe imputar, enquanto que a ex-presidente foi defenestrada à revelia da absoluta inexistência de um único desses crimes.
No fim de tudo isso, o país talvez esteja aprendendo uma lição inesquecível, de que luta política sem trégua e sem regras como a que foi empreendida pela mídia, pelo PSDB e pela parte mais radical da esquerda, tem consequências.
Todos esses agentes precisam entender como é frágil a democracia em um país com uma população idiotizada pela programação imbecilizante e alienante que lhe empurra uma mídia que tenta se impor como um quarto poder da República.
Isso sem falar, claro, em nosso péssimo sistema educacional.
Os brasileiros têm baixíssimo poder de análise e conhecimento do que seja o imprescindível Estado Democrático de Direito, com suas proteções aos direitos humanos e individuais. Assim, parcela expressiva dos alvos prioritários da relativização dos direitos civis – ou seja, nós – chega ao cúmulo de pregar a supressão de um direito que nos protege a todos.
Bolsonaro, porém, está certo: só um golpe de Estado impedirá que o país se farte de suas palhaçadas e lhe dê um pontapé no traseiro antes que se torne miserável, culturalmente atrasado, ignorante, fanatizado, desindustrializado, violento e sem futuro. Mas se o repúdio ao desocupado presidente tuiteiro for muito grande, não haverá golpe que o proteja.
Confira a reportagem em vídeo [aqui].
Em pouco mais de dois meses, Bolsonaro já se envolveu em escândalos de corrupção, sofreu derrotas no Congresso e protagonizou cenas patéticas e bizarras através dos ministros que escolheu ou através da própria bocarra. Eis a explicação para a ameaça que o capitão reformado fez ao Brasil ao insinuar que os militares podem dar um golpe, “se quiserem”.
A primeira vítima do discurso de Bolsonaro nesta quinta-feira (7) durante a cerimônia de aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais no Rio de Janeiro, foi o idioma ao dizer que “Democracia e liberdade só existe quando a sua respectiva Forças Armadas assim o quer” – a concordância verbal foi ferida de morte por três vezes na mesma frase…
A segunda vítima de mais esse discurso desastroso do presidente da República, obviamente, foi a democracia, já que sua fala contém uma ameaça explicita ao mesmo país que acaba de acordar (durante o carnaval) e agora passa a repudiar, em uníssono, esse energúmeno que elegeu ao ser acometido pelo maior surto de burrice coletiva de sua história.
Só assistindo à fala de Bolsonaro para acreditar no que ele disse. Quando a gente acha que ao ter feito uma burrada ele passaria a tomar mais cuidado com a boca, ele vai à televisão ameaçar a democracia como que quem diz: se tentarem me derrubar por eventuais crimes de responsabilidade como quebra de decoro, os militares deixarão de “querer” a democracia.
Bolsonaro já percebeu que sua aprovação tende a virar pó nos próximos meses. Assim, ele vai usar de chantagem quando tentarem se livrar dele como fizeram com Dilma Rousseff, ainda que, contra ele, haverá fartura de crimes de responsabilidade para lhe imputar, enquanto que a ex-presidente foi defenestrada à revelia da absoluta inexistência de um único desses crimes.
No fim de tudo isso, o país talvez esteja aprendendo uma lição inesquecível, de que luta política sem trégua e sem regras como a que foi empreendida pela mídia, pelo PSDB e pela parte mais radical da esquerda, tem consequências.
Todos esses agentes precisam entender como é frágil a democracia em um país com uma população idiotizada pela programação imbecilizante e alienante que lhe empurra uma mídia que tenta se impor como um quarto poder da República.
Isso sem falar, claro, em nosso péssimo sistema educacional.
Os brasileiros têm baixíssimo poder de análise e conhecimento do que seja o imprescindível Estado Democrático de Direito, com suas proteções aos direitos humanos e individuais. Assim, parcela expressiva dos alvos prioritários da relativização dos direitos civis – ou seja, nós – chega ao cúmulo de pregar a supressão de um direito que nos protege a todos.
Bolsonaro, porém, está certo: só um golpe de Estado impedirá que o país se farte de suas palhaçadas e lhe dê um pontapé no traseiro antes que se torne miserável, culturalmente atrasado, ignorante, fanatizado, desindustrializado, violento e sem futuro. Mas se o repúdio ao desocupado presidente tuiteiro for muito grande, não haverá golpe que o proteja.
Confira a reportagem em vídeo [aqui].
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