Por Altamiro Borges
"Auxiliares próximos a Terra afirmam, de forma reservada, que houve perda de confiança na relação. Vieira teria tentado desgastar o ministro junto a atletas". Na disputa interna, a pasta ficou totalmente paralisada, sem a nomeação de outros cargos importantes. A Folha também destila veneno ao lembrar que "no período em que esteve no cargo, Vieira manteve boas relações com o Comitê Olímpico do Brasil. Recentemente, ele atuou a favor da entidade para ajudar a desbloquear recursos das loterias". A grana estava suspensa pela Caixa Econômica Federal. "O COB é cobrado pela Receita Federal por uma dívida de quase R$ 200 milhões de uma extinta confederação de vela".
Há algo de muito misterioso, típico das casernas militares, ocorrendo na chamada Secretaria Especial de Esporte do Ministério da Cidadania. Para a frustração ainda não confessada de muitos "atletas de elite" que fizeram campanha para Jair Bolsonaro, o governo atual tem adotado inúmeras medidas de enfraquecimento da área. O "capetão" extinguiu o Ministério do Esporte, cortou vários programas de apoio aos esportistas e reduziu drasticamente a verba do setor. Para complicar ainda mais a situação, ele transformou a pasta em um quartel, controlado por generais que batem cabeça e não têm qualquer transparência em suas iniciativas. Nesta semana, mais uma alteração sinistra ocorreu na secretaria.
Segundo matéria da Folha, publicada na quinta-feira (18), em um gesto tresloucado e surpreendente, o "capetão" demitiu um milico e pôs outro para chefiar a pasta. "Horas após o general Marco Aurélio Vieira ter sido exonerado do cargo de secretário especial de Esporte do Ministério da Cidadania, o governo federal já tem um novo nome para a função. A assessoria de imprensa da pasta confirmou que Décio dos Santos Brasil, também general da reserva, aceitou o convite. O nome dele deve ser publicado no Diário Oficial da União". O "capetão", porém, não explicou o motivo do troca-troca.
A Folha faz algumas especulações. A principal é que o general defenestrado entrou em atrito com o chefete do Ministério da Cidadania, o controvertido Osmar Terra (MDB-RS). "A demissão de Vieira é resultado de um desgaste com o ministro. O general não teve no período na secretaria liberdade de montar sua equipe. Um caso emblemático foi a escolha, por parte de Terra, do ex-jogador de futebol Washington Cerqueira para a secretaria nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, área com o maior orçamento dentro da secretaria especial". O milico não gostou e partiu para a revanche.
"Auxiliares próximos a Terra afirmam, de forma reservada, que houve perda de confiança na relação. Vieira teria tentado desgastar o ministro junto a atletas". Na disputa interna, a pasta ficou totalmente paralisada, sem a nomeação de outros cargos importantes. A Folha também destila veneno ao lembrar que "no período em que esteve no cargo, Vieira manteve boas relações com o Comitê Olímpico do Brasil. Recentemente, ele atuou a favor da entidade para ajudar a desbloquear recursos das loterias". A grana estava suspensa pela Caixa Econômica Federal. "O COB é cobrado pela Receita Federal por uma dívida de quase R$ 200 milhões de uma extinta confederação de vela".
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