Por Fernando Brito, em seu blog:
Na Folha adianta-se o segundo dos quatro passos do “licença para matar” anunciados por Jair Bolsonaro.
Agora, para usar “Garantias da Lei e da Ordem” para que forças federais esvaziem terras ocupadas por lavradores, a partir de reintegrações judiciais.
O argumento é o de que as autoridades dos estados “protelam” as ações policiais, negociando que a retirada seja pacífica e se encontre um lugar para que aquela gente pobre e desamparada vá.
“Quando marginais invadem propriedades rurais, e o juiz determina a reintegração de posse, como é quase como regra que governadores protelam, poderia, pelo nosso projeto, ter uma GLO do campo para chegar e tirar o cara”.
Para essa nobilíssima missão de “tirar o cara”, Bolsonaro acena com tropas federais, transformadas em jagunços com mandado para enxotar a pobreza rural, que se atreveu a ocupar terras, já devidamente excluídas de responsabilidades penais, pelo “passo um”, a decretação da licença para matar nestas operações.
Os militares vêem-se na condição que os puseram no início do século, em Canudos e na Guerra do Contestado, quando as oligarquias estaduais abocanharam as terras devolutas da União, através dos Estados. Agora, vai a União, através de polícia federal e militares, fazer o papel de guardadores de latifúndios.
Nos tempos em que defesa é, cada vez mais, conhecimento e tecnologia, regride-se um século.
Numa escala de zero a cem, a possibilidade de confrontos violentos – nos quais, agora, é liberado o uso de armas dentro das propriedades – é de 101.
Que triste figura fazem os senhores generais, agora convertidos em subordinados dos coronéis da roça.
Agora, para usar “Garantias da Lei e da Ordem” para que forças federais esvaziem terras ocupadas por lavradores, a partir de reintegrações judiciais.
O argumento é o de que as autoridades dos estados “protelam” as ações policiais, negociando que a retirada seja pacífica e se encontre um lugar para que aquela gente pobre e desamparada vá.
“Quando marginais invadem propriedades rurais, e o juiz determina a reintegração de posse, como é quase como regra que governadores protelam, poderia, pelo nosso projeto, ter uma GLO do campo para chegar e tirar o cara”.
Para essa nobilíssima missão de “tirar o cara”, Bolsonaro acena com tropas federais, transformadas em jagunços com mandado para enxotar a pobreza rural, que se atreveu a ocupar terras, já devidamente excluídas de responsabilidades penais, pelo “passo um”, a decretação da licença para matar nestas operações.
Os militares vêem-se na condição que os puseram no início do século, em Canudos e na Guerra do Contestado, quando as oligarquias estaduais abocanharam as terras devolutas da União, através dos Estados. Agora, vai a União, através de polícia federal e militares, fazer o papel de guardadores de latifúndios.
Nos tempos em que defesa é, cada vez mais, conhecimento e tecnologia, regride-se um século.
Numa escala de zero a cem, a possibilidade de confrontos violentos – nos quais, agora, é liberado o uso de armas dentro das propriedades – é de 101.
Que triste figura fazem os senhores generais, agora convertidos em subordinados dos coronéis da roça.
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