Agora é oficial. Na sexta-feira Jair Bolsonaro assinou medida provisória corrigindo o valor real do salário-mínimo, que em dezembro fora reajustado abaixo da inflação.
Mas a correção do erro só valerá a partir de primeiro de fevereiro, o que significa a perda de R$ 6,00 em janeiro por cada um dos 50 milhões de brasileiros, entre aposentados e trabalhadores, que recebem o salário-mínimo. Ou seja, uma tunga de R$ 300 milhões em cima dos mais pobres.
Em 31 de dezembro Bolsonaro reajustou o mínimo que era de R$ 998,00 para R$R 1.039, aplicando um índice inflacionário de 4,11%.
Mas o IBGE em seguida divulgou o índice oficial de 4,45%, captando o disparo dos preços de alimentos, especialmente da carne, no final do ano passado. Pegou muito mal, inclusive dentro do Congresso e em bases bolsonaristas. A correção só veio agora, na sexta-feira, com a aplicação da inflação cheia, resultando no valor de R$ 1.045,00. E ainda tem gente falando em “novo reajuste”, quando na verdade o governo só está corrigindo o erro, mas deixando fora o mês de janeiro.
Existem no Brasil 25 milhões de aposentados que recebem o salário-mínimo e numero igual, ou maior, de trabalhadores que também ganham o piso nacional.
O Estadão publicou hoje matéria mostrando que aumentou o número destes trabalhadores nos últimos meses. Mas, ficando com o número anterior, os R$ 6,00 tungados em janeiro somam R$ 300 milhões. Metade disso o governo deixará de gastar com aposentados. A outra metade alivia empregadores do setor privado. É Guedes e o governo fazendo caixa à custa dos mais pobres.
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