Por Jeferson Miola, em seu blog:
Luciano Huck, o animador de auditório e fantoche da Globo que circula o Brasil em campanha presidencial para 2022 enquanto o Brasil vive uma catástrofe humanitária e a ameaça genocida do Bolsonaro, é sócio do bolsonarista de raiz Júnior Durski no Grupo Madero.
O Madero possui 190 restaurantes em mais de 70 cidades de 18 Estados da federação [aqui]. “Devido a um item de confidencialidade no contrato, não posso revelar qual a participação dele”, disse Júnior Durski sobre a quota de Huck no negócio que gira cifras bilionárias.
Na previsão de Júnior, o Grupo fecharia 2019 com um faturamento de R$ 1,2 bilhão, com uma margem de lucro extraordinária, de 20% [aqui]. Nada mal!
Em 23 de março, o sócio do Huck publicou um vídeo [aqui] cobrando o fim do isolamento social. Preocupado com o faturamento bilionário dele e do Huck, mas não com a vida dos trabalhadores e da população, Júnior disse: “Eu sou totalmente contrário a esse ‘lockdown’ que nós estamos tendo no Brasil. As pessoas têm que produzir, têm que trabalhar”.
E prognosticou que "as consequências que nós vamos ter economicamente no futuro vão ser muito maiores que as pessoas que vão morrer. Nós não podemos parar por conta de 5 mil pessoas ou 7 mil pessoas que vão morrer" disse ele, indiferente a milhares de mortes de seres humanos.
A posição genocida defendida pelo sócio do Huck, que se diz alinhado “100% com o presidente Jair Bolsonaro”, é uma aula de cretinice:
“Eu não tô falando por mim, não tô falando pela minha empresa. A minha empresa tem condições e tem recursos, tem caixa para passar 3 meses, 4, 5, 6 meses parada. E eu não tô preocupado comigo e nem com os 8 mil empregados que nós temos. Eu já disse, eu vou manter o emprego dos nossos empregados.
Mas eu tô preocupado é com o Brasil, com a situação toda, com o pequeno empresário, com o vendedor de pipoca, com a pessoa que tem um mercadinho, que tem um barzinho, que tem um restaurantinho, esse vai quebrar, não vai ter o que fazer. Eu tô preocupado com os 30 milhões, 40 milhões de pessoas que que não vão ter emprego em 2021”.
Cobrado sobre a manifestação do sócio que apoiou os atos de 15 de março que pediam o fechamento do Congresso e do STF, Huck saiu-se com essa: “Amigos concordam e discordam. O respeito por visões, ideias e crenças diferentes faz parte da amizade. O mundo é bacana porque é plural”.
E aproveitou para filosofar que “sem tolerância e diálogo, não rola democracia. O nosso desafio maior é encontrar o que nos une apesar das divergências da vida”.
No final de março, o Júnior que dias antes declarou que a empresa dele e do Huck “tem caixa para passar 3 meses, 4, 5, 6 meses parada” e que prometeu “manter o emprego dos nossos empregados”, anunciou a demissão de 600 funcionários.
Antes disso, em 20 de março, o próprio Huck já havia dispensado por WhatsApp [aqui] 200 funcionários do Grupo Alicerce, empresa de reforço escolar, da qual ele também é sócio.
Todos 200 trabalhadores demitidos por Huck saíram de mãos abanando, sem nenhuma indenização trabalhista ou proteção previdenciária, porque Huck é um “empreendedor moderno”, que escraviza força de trabalho disfarçada de “micro-empreendedor individual”.
A contribuição de Huck para aumentar a calamidade social é notável. Num intervalo de 10 dias, 800 trabalhadores foram desempregados só em duas das várias empresas dele.
Ao mesmo tempo que contribui para o aumento da miséria e da tragédia social no Brasil, Huck faz proselitismo hipócrita sobre a vida nas favelas, como no artigo [A cura] de página inteira na Folha de São Paulo de 1º de abril.
É inacreditável que enquanto a população brasileira se mobiliza para se proteger da ameaça do Bolsonaro e do Covid-19, Huck demagogicamente apresenta seu programa de governo para a urbanização de favelas.
No artigo, Huck relata como ficou impactado com as favelas da periferia de Maceió/AL cujas comunidades vivem precariamente da venda de um tipo de marisco “que rende míseros R$ 0,50 por quilo”. Na visão dele, estas favelas “deveriam ser visitadas por todos, principalmente pela elite inerte deste país” [sic] – da qual ele é um típico exemplar.
Ele diz ter terminado a visita “com a cabeça fervendo. Ninguém pode se sentir rico no Brasil enquanto houver tanta pobreza por aí” [sic], concluiu.
“Poucas semanas se passaram desde a minha visita, e agora o Brasil se curva frente à pandemia. Os 7.000 cidadãos das favelas de Vergel do Lago já estão sem renda. De lá já me chegam relatos de fome e desespero”, escreveu o candidato da Globo.
Huck não tem a menor vergonha de declarar-se comovido com a fome e o desespero dos favelados de Maceió no mesmo dia em que joga na miséria e no desespero 800 funcionários que se candidatam a viver nas mesmas condições de miserabilidade dos favelados de Maceió.
Mas isso não tem importância, porque o que vale é que Huck é um cara bacana e plural.
Luciano Huck, o animador de auditório e fantoche da Globo que circula o Brasil em campanha presidencial para 2022 enquanto o Brasil vive uma catástrofe humanitária e a ameaça genocida do Bolsonaro, é sócio do bolsonarista de raiz Júnior Durski no Grupo Madero.
O Madero possui 190 restaurantes em mais de 70 cidades de 18 Estados da federação [aqui]. “Devido a um item de confidencialidade no contrato, não posso revelar qual a participação dele”, disse Júnior Durski sobre a quota de Huck no negócio que gira cifras bilionárias.
Na previsão de Júnior, o Grupo fecharia 2019 com um faturamento de R$ 1,2 bilhão, com uma margem de lucro extraordinária, de 20% [aqui]. Nada mal!
Em 23 de março, o sócio do Huck publicou um vídeo [aqui] cobrando o fim do isolamento social. Preocupado com o faturamento bilionário dele e do Huck, mas não com a vida dos trabalhadores e da população, Júnior disse: “Eu sou totalmente contrário a esse ‘lockdown’ que nós estamos tendo no Brasil. As pessoas têm que produzir, têm que trabalhar”.
E prognosticou que "as consequências que nós vamos ter economicamente no futuro vão ser muito maiores que as pessoas que vão morrer. Nós não podemos parar por conta de 5 mil pessoas ou 7 mil pessoas que vão morrer" disse ele, indiferente a milhares de mortes de seres humanos.
A posição genocida defendida pelo sócio do Huck, que se diz alinhado “100% com o presidente Jair Bolsonaro”, é uma aula de cretinice:
“Eu não tô falando por mim, não tô falando pela minha empresa. A minha empresa tem condições e tem recursos, tem caixa para passar 3 meses, 4, 5, 6 meses parada. E eu não tô preocupado comigo e nem com os 8 mil empregados que nós temos. Eu já disse, eu vou manter o emprego dos nossos empregados.
Mas eu tô preocupado é com o Brasil, com a situação toda, com o pequeno empresário, com o vendedor de pipoca, com a pessoa que tem um mercadinho, que tem um barzinho, que tem um restaurantinho, esse vai quebrar, não vai ter o que fazer. Eu tô preocupado com os 30 milhões, 40 milhões de pessoas que que não vão ter emprego em 2021”.
Cobrado sobre a manifestação do sócio que apoiou os atos de 15 de março que pediam o fechamento do Congresso e do STF, Huck saiu-se com essa: “Amigos concordam e discordam. O respeito por visões, ideias e crenças diferentes faz parte da amizade. O mundo é bacana porque é plural”.
E aproveitou para filosofar que “sem tolerância e diálogo, não rola democracia. O nosso desafio maior é encontrar o que nos une apesar das divergências da vida”.
No final de março, o Júnior que dias antes declarou que a empresa dele e do Huck “tem caixa para passar 3 meses, 4, 5, 6 meses parada” e que prometeu “manter o emprego dos nossos empregados”, anunciou a demissão de 600 funcionários.
Antes disso, em 20 de março, o próprio Huck já havia dispensado por WhatsApp [aqui] 200 funcionários do Grupo Alicerce, empresa de reforço escolar, da qual ele também é sócio.
Todos 200 trabalhadores demitidos por Huck saíram de mãos abanando, sem nenhuma indenização trabalhista ou proteção previdenciária, porque Huck é um “empreendedor moderno”, que escraviza força de trabalho disfarçada de “micro-empreendedor individual”.
A contribuição de Huck para aumentar a calamidade social é notável. Num intervalo de 10 dias, 800 trabalhadores foram desempregados só em duas das várias empresas dele.
Ao mesmo tempo que contribui para o aumento da miséria e da tragédia social no Brasil, Huck faz proselitismo hipócrita sobre a vida nas favelas, como no artigo [A cura] de página inteira na Folha de São Paulo de 1º de abril.
É inacreditável que enquanto a população brasileira se mobiliza para se proteger da ameaça do Bolsonaro e do Covid-19, Huck demagogicamente apresenta seu programa de governo para a urbanização de favelas.
No artigo, Huck relata como ficou impactado com as favelas da periferia de Maceió/AL cujas comunidades vivem precariamente da venda de um tipo de marisco “que rende míseros R$ 0,50 por quilo”. Na visão dele, estas favelas “deveriam ser visitadas por todos, principalmente pela elite inerte deste país” [sic] – da qual ele é um típico exemplar.
Ele diz ter terminado a visita “com a cabeça fervendo. Ninguém pode se sentir rico no Brasil enquanto houver tanta pobreza por aí” [sic], concluiu.
“Poucas semanas se passaram desde a minha visita, e agora o Brasil se curva frente à pandemia. Os 7.000 cidadãos das favelas de Vergel do Lago já estão sem renda. De lá já me chegam relatos de fome e desespero”, escreveu o candidato da Globo.
Huck não tem a menor vergonha de declarar-se comovido com a fome e o desespero dos favelados de Maceió no mesmo dia em que joga na miséria e no desespero 800 funcionários que se candidatam a viver nas mesmas condições de miserabilidade dos favelados de Maceió.
Mas isso não tem importância, porque o que vale é que Huck é um cara bacana e plural.
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