Por Carlos Pompe
Foi empossado nesta quinta-feira, 16, o novo ministro da Educação, pastor, teólogo e advogado Milton Ribeiro. Em seu primeiro discurso, prometeu dialogar com acadêmicos e educadores e priorizar o ensino técnico e profissionalizante, dizendo-se entristecido “com o que vem acontecendo com a educação em nosso país, haja vista nossos referenciais e colocações no ranking do Pisa” (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).
Ribeiro é o quarto ministro da Educação do atual governo. Disse que vai apoiar iniciativas para resgatar “a autoridade do professor em sala de aula". Em um breve discurso, por videoconferência, o presidente Jair Bolsonaro saudou o novo titular, que também foi 2º tenente da Infantaria do Exército, e admitiu: “Não é fácil a vida de professor nos dias atuais".
No discurso de posse, o novo ministro comentou sobre sua trajetória na Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde foi reitor em exercício, vice-reitor e superintendente de pós-graduação lato sensu. Ele também fez parte do conselho deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie e da Comissão de Ética e Compliance da mesma instituição, mas prometeu gerir a Pasta balizado na Constituição e no respeito ao Estado laico. "Conquanto tenho a formação religiosa, meu compromisso está bem firmado e bem localizado em valores constitucionais da laicidade do Estado e do ensino público", disse, e emendou: “Assim, Deus me ajude”.
Castiga com a vara, mas não mata
Em vídeos publicados em redes sociais, Ribeiro defendeu educar crianças pela "dor" e que a "correção" não será obtida por "métodos suaves", com a exceção de algumas crianças "superdotadas" que entenderiam o argumento dos pais. Afirmou que "essa ideia que muitos têm de que a criança é inocente é relativa" e apelou para a Bíblia dizendo: "Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-la". Referia-se a Provérbios 23:13-14 “Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura”.
Afirmou, ainda: "Um tapa de um homem ou uma cintada de uma mulher podem ser muito mais fortes que uma criança pode suportar. Não estou aqui dando uma aula de espancamento infantil, mas a vara da disciplina não pode ser afastada da nossa casa".
Em sucessivos documentos, a Contee tem afirmado que a educação é um importante instrumento para mudar o Brasil para melhor, ajudar a reduzir as desigualdades e garantir um futuro promissor para todos. No entanto, o Governo Bolsonaro, inclusive através de seus sucessivos ministros da Educação, tem rebaixado a educação, ofendido os profissionais do setor e desqualificado o ensino público. Atua pela mercantilização e militarização do ensino e esposa a tese da chamada escola sem partido, que objetiva impedir a liberdade de ensinar e de aprender nas escolas.
Foi empossado nesta quinta-feira, 16, o novo ministro da Educação, pastor, teólogo e advogado Milton Ribeiro. Em seu primeiro discurso, prometeu dialogar com acadêmicos e educadores e priorizar o ensino técnico e profissionalizante, dizendo-se entristecido “com o que vem acontecendo com a educação em nosso país, haja vista nossos referenciais e colocações no ranking do Pisa” (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).
Ribeiro é o quarto ministro da Educação do atual governo. Disse que vai apoiar iniciativas para resgatar “a autoridade do professor em sala de aula". Em um breve discurso, por videoconferência, o presidente Jair Bolsonaro saudou o novo titular, que também foi 2º tenente da Infantaria do Exército, e admitiu: “Não é fácil a vida de professor nos dias atuais".
No discurso de posse, o novo ministro comentou sobre sua trajetória na Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde foi reitor em exercício, vice-reitor e superintendente de pós-graduação lato sensu. Ele também fez parte do conselho deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie e da Comissão de Ética e Compliance da mesma instituição, mas prometeu gerir a Pasta balizado na Constituição e no respeito ao Estado laico. "Conquanto tenho a formação religiosa, meu compromisso está bem firmado e bem localizado em valores constitucionais da laicidade do Estado e do ensino público", disse, e emendou: “Assim, Deus me ajude”.
Castiga com a vara, mas não mata
Em vídeos publicados em redes sociais, Ribeiro defendeu educar crianças pela "dor" e que a "correção" não será obtida por "métodos suaves", com a exceção de algumas crianças "superdotadas" que entenderiam o argumento dos pais. Afirmou que "essa ideia que muitos têm de que a criança é inocente é relativa" e apelou para a Bíblia dizendo: "Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-la". Referia-se a Provérbios 23:13-14 “Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura”.
Afirmou, ainda: "Um tapa de um homem ou uma cintada de uma mulher podem ser muito mais fortes que uma criança pode suportar. Não estou aqui dando uma aula de espancamento infantil, mas a vara da disciplina não pode ser afastada da nossa casa".
Em sucessivos documentos, a Contee tem afirmado que a educação é um importante instrumento para mudar o Brasil para melhor, ajudar a reduzir as desigualdades e garantir um futuro promissor para todos. No entanto, o Governo Bolsonaro, inclusive através de seus sucessivos ministros da Educação, tem rebaixado a educação, ofendido os profissionais do setor e desqualificado o ensino público. Atua pela mercantilização e militarização do ensino e esposa a tese da chamada escola sem partido, que objetiva impedir a liberdade de ensinar e de aprender nas escolas.
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