terça-feira, 3 de agosto de 2021

CPI pede afastamento da "Capitã Cloroquina"

Por Altamiro Borges

A "Capitã Cloroquina" está pagando por suas bravatas e mentiras. Ela voltou à berlinda na CPI do Genocídio nesta terça-feira (3). A CNN-Brasil informa que foi aprovado requerimento com “pedido de afastamento de Mayra Pinheiro do cargo de secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde”.

Outros dois requerimentos inflamáveis já aprovados – entre os 135 apresentados – foram o da reconvocação do coronel da reserva Elcio Franco, ex-secretário executivo do general Eduardo Pazuello; e o da quebra de sigilo de Ricardo Barros (PP-PR), líder do laranjal de Jair Bolsonaro na Câmara Federal, denunciado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) por corrupção na compra da vacina indiana Covaxin.

O pedido à Justiça de afastamento de Mayra Pinheiro foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, que argumentou que ela “mentiu ou entrou em contradição em ao menos 11 oportunidades” durante seu depoimento à comissão. Ele também sustentou que a permanência da médica bolsonarista no cargo pode atrapalhar as investigações em curso sobre os responsáveis por centenas de milhares de mortes na pandemia no Brasil.

Crime que "matou muitos amazonenses" 

Conforme explica o site G1, “o Código de Processo Penal prevê ‘suspensão do exercício de função pública quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais’”. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que Mayra não tem mais condições de continuar no Ministério da Saúde. "Depois do que o Brasil assistiu, sinceramente, não dá para o ministro Marcelo Queiroga manter na sua equipe uma pessoa que pensa totalmente diferente da ciência”.

Para o senador, Mayra Pinheiro possivelmente "cometeu crime contra a vida. Por prescrever medicação que não salvava ninguém, mas que matou muitos amazonenses". A “Capitã Cloroquina” já havia sido incluída pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) entre as 14 pessoas investigadas por defender o uso de medicamento ineficaz no tratamento da Covid-19 e por difusão de fake news sobre o pandemia.

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