Garimpo no meio da floresta amazônica no Alto Tapajós, Pará Foto: Gustavo Basso/National Geographic |
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados na semana passada apontam que os alertas de desmatamento na Amazônia Legal em abril atingiram 1.012,5 km² de floresta. É a primeira vez que o quadrimestre apresenta um desmate superior a 1.000 quilômetros quadrados. O cenário é gravíssimo, aterrorizador!
O dado representa um salto alarmante de 74% em relação aos alertas de desmatamento registrados em abril do ano passado, que foi de 580,5 km². Para o destruidor Jair Bolsonaro, porém, está tudo bem. Em vídeo divulgado nesta segunda-feira (9) – inclusive com legenda em inglês –, ele jurou que o meio ambiente é "extremamente preservado". A postagem deverá ser outro motivo de galhofa no mundo!
Até o general Hamilton Mourão, capacho do “capetão” na vice-presidência, classificou como “horríveis” os dados do Inpe, temendo pela repercussão internacional negativa. Segundo matéria publicada na Folha nesta segunda-feira (9), como presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, o milico até tentou fugir das suas responsabilidades.
O general culpou a falta de recursos para a fiscalização. “O vice-presidente citou a falta de dinheiro do Executivo para investir na preservação da Amazônia”, relata a Folha – o que deve ter desagradado o seu chefete neurótico no Palácio do Planalto. Ele também criticou os grileiros oportunistas em ano eleitoral. “É muita gente operando na ilegalidade”, declarou.
São esses desmatadores, que a mídia ruralista teima em tratar como modernos empresários do agronegócio – já que “o agro é pop”, segundo a TV Globo –, que estão em plena campanha pela reeleição do fascista Jair Bolsonaro. Eles vão “passando a boiada” e devastando as florestas e a Amazônia sem qualquer limite. Afinal, diz o presidente, tudo está “extremamente preservado”.
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