Ilustração: CrisVector |
Na sexta-feira (12), a Justiça do Paraná revogou a absurda prisão domiciliar do policial bolsonarista Jorge Guaranho, que assassinou a tiros o dirigente petista Marcelo Arruda na noite de 9 de julho, em Foz do Iguaçu (PR), em plena festa de seu aniversário. Por volta das 18 horas, o criminoso fanático foi removido de casa numa ambulância cedida pela prefeitura local e encaminhado ao Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
A revogação da prisão domiciliar se deu após várias contestações jurídicas e da sociedade. Segundo o site UOL, ela ocorreu depois do “governo do Paraná voltar atrás e informar ter condições para receber o atirador no presídio. A informação consta em documento assinado por Wagner Mesquita de Oliveira, secretário de Estado da Segurança Pública. Com isso, o secretário contestou o posicionamento anteriormente informado pela unidade prisional”.
Na sua justificativa, o juiz Gustavo Arguello citou a mudança de postura do governo: “O Complexo Médico Penal, a despeito do ofício anterior e da interdição ética, apresenta plenas condições estruturais e humanas para custodiar o réu”. Em nota, a família de Marcelo Arruda elogiou a revogação da prisão domiciliar, dizendo que ela é “fundamental à preservação do interesse público, ainda que a posição inicial do governo do Paraná seja inexplicável”.
A omissão do governador Ratinho Júnior
Quando o assassino bolsonarista voltou para a casa, familiares, amigos e lideranças políticas protestaram. “Teme a família que a localização do réu em município de fronteira, em casa, possa facilitar a sua evasão”, afirmaram os advogados da família. Eles também criticaram a postura do governador bolsonarista Ratinho Junior. “O governo tem obrigação legal de prestar o serviço de custódia dos presos que demandam cuidados médicos”.
Já o Ministério Público do Paraná criticou a prisão domiciliar e solicitou a transferência de Jorge Guaranho a uma das unidades do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) ou a outro estado como alternativa à impossibilidade de transferência para o presídio estadual. O MP também foi incisivo na crítica ao governo paranaense. “Lamentável que todos tenhamos que assistir, atônitos, por absoluta omissão e descaso do Estado do Paraná, a liberação [do assassino bolsonarista] pela porta da frente do hospital".
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