Por João Guilherme Vargas Netto
Durante a ditadura alguns sindicatos usavam essa palavra e mesmo um ícone para definir seu compromisso com os associados.
Esta é a palavra que hoje deve sintetizar as preocupações de todos os dirigentes sindicais dos comerciários em sua vasta e diversificada rede de entidades frente às ameaças e aos perigos enfrentados pelos empregados da Americanas.
Defender os direitos dos trabalhadores, principalmente os empregos, articular de maneira inteligente e afirmativa a unidade de ação solidária do movimento sindical e sensibilizar o governo, a opinião pública e os meios de comunicação, eis as tarefas.
Uma primeira reunião de entidades com o representante da empresa aumentou as preocupações de todos devido ao não comprometimento dele em preservar os empregos e garantir os direitos.
Pode-se aquilatar a alienação do dirigente empresarial quando se sabe que cada participante na cúpula da empresa ganhava, pelo menos, 400 vezes mais que o salário de cada um dos “colaboradores” (os 40 mil comerciários e outros empregados da Americanas).
E o bate cabeça generalizado (entre empresa, bancos, controladores, investidores, credores, Justiça e Bolsa), que é maior do que as “inconsistências contábeis” poderiam causar, tem passado ao largo da preservação dos empregos e de tranquilizar os comerciários.
Algo deve e pode ser feito e está sendo feito.
O deputado federal Luiz Calos Motta (PL-SP), que também é comerciário e preside a CNTC (confederação dos trabalhadores no comércio), redige um projeto de lei para garantir a ação sindical nas recuperações judicias e falências e apoia a criação de uma CPI da Americanas.
Ricardo Patah, presidente do sindicato dos comerciários de São Paulo e da UGT, juntamente com outros dirigentes de centrais, de federações e de sindicatos solidários na luta, pretendem realizar um ato na sede da empresa, no Rio de Janeiro e em algumas grandes lojas para demonstrar a vontade unitária do movimento sindical de defender os comerciários que não devem pagar o pato pela crise.
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